Melhor assim
Terá
soado o momento de tua
cooperação, no amparo a
outrem, e efetivamente
estimarias entregar o
máximo de ti, segundo as
circunstâncias, mas se
não podes dar, na medida
dos teus desejos, cede a
migalha que possuis, de
vez que será melhor
ofertar o mínimo de que
dispões que te recusares
ao benefício, cerrando
as portas do amor aos
semelhantes.
O desafio
à humildade terá surgido
à frente e decerto
surpreenderias razão
para grande prazer com a
capacidade de revelar
compreensão angélica,
diante daqueles que te
examinam a evolução
espiritual; no entanto,
se não consegues fazer
isso, não escondas esse
ou aquele pequenino
gesto de tolerância,
porque será mais justo
articular apagado
impulso de entendimento
que desertar do concurso
fraterno, dando pasto à
agressividade exagerada,
perante ofensas e
pedradas que, no fundo,
não passam de
manifestações de
enfermidade ou
desequilíbrio no
comportamento alheio.
Caso não
desfrutes a oportunidade
de empenhar um dia de
serviço aos irmãos mais
necessitados do que nós
mesmos, quando se te
faça possível, oferece
uma hora em favor deles,
porquanto será mais
proveitoso mobilizar
alguns minutos na
execução das boas obras
que te omitires, junto
delas, gelando a
confiança e o ideal do
bem nos irmãos de
experiência e caminho.
Na
ocasião em que não te
vejas capaz de
testemunhar alegria, nos
instantes de crise, sem
outro recurso senão
aquele de exteriorizar
um sorriso pobre, em
auxílio de teu ambiente
pessoal, será mais
valioso esse pobre
sorriso que qualquer
palavra menos feliz
tendente ao mergulho no
desespero, agravando os
problemas dos que te
cercam, a esmolarem
apoio e compreensão.
Ampara o
bem dos outros, na
garantia do teu próprio
bem.
E quando
não possas entregar o
máximo qual desejas e
tanto quanto se espera
de ti, oferece o mínimo
ao teu alcance,
porquanto a ausência do
melhor que se possa
realizar é uma brecha ao
pior talvez por surgir;
e, por isto mesmo, o
mínimo de bem será
sempre uma luz
dissipando as trevas que
se adensam
constantemente onde não
há bem nenhum.
Do cap. 10 do livro
Diálogo dos Vivos,
obra de autoria de
Francisco Cândido
Xavier, J. Herculano
Pires e Espíritos
Diversos.
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