ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)
Demoniomania,
obsessões &
loucura
Amiúde se
confunde
obsessão com
loucura
“(...) Em toda
obsessão,
simples ou
subjugadora,
como quer que se
apresente, a
trama dos
destinos se
situa no passado
espiritual dos
litigantes
em forma de
fatores
causais.”
- Manoel
Philomeno de
Miranda
Em todas as
épocas e em
todos os
lugares,
existiram loucos
e obsidiados...
No tempo em que
Jesus aqui
esteve, Ele fez
inúmeras curas
de casos de
loucura e/ou
obsessão na
Judeia. Sua
influência sobre
os obsessores
era tão
exuberante, tão
ostensiva quão
incoercível que
os fariseus,
Seus ferrenhos
inimigos,
chegaram a
afirmar que Ele
tinha parte com
“Belzebu”.
Todas essas
demoniomanias,
obsessões e
loucuras de hoje
e de todos os
tempos foram
exaustivamente
estudadas por
Allan Kardec e,
em consequência
disso, os meios
ensinados pelo
Espiritismo
(quando bem e
devidamente
aplicados),
bastam para
conhecer e fazer
cessar esses
fenômenos
anômalos.
Segundo o
ínclito Mestre
Lionês,
“(...) Está
provado pela
experiência que
os Espíritos
malévolos agem
não só sobre o
pensamento, mas
também sobre o
corpo, com o
qual se
identificam, e
do qual se
servem como se
fosse o seu; que
provocam atos
ridículos,
gritos,
movimentos
desordenados,
tendo todas as
aparências da
loucura ou da
monomania.
Encontrar-se-á
a explicação no
nosso O
Livro dos
Médiuns, no
capítulo da
Obsessão. É bem,
com efeito, uma
espécie de
loucura, uma vez
que pode se dar
esse nome a todo
estado anormal
em quem o
Espírito não age
livremente;
neste ponto de
vista, a
embriaguez é uma
verdadeira
loucura
acidental.
É preciso, pois,
distinguir a
loucura
patológica
da loucura
obsessional.
A primeira é
produzida por
uma desordem nos
órgãos da
manifestação do
pensamento.
Notemos que,
nesse estado de
coisas, não é o
Espírito que
está louco; ele
conserva a
plenitude das
suas faculdades,
assim como a
observação o
demonstra;
somente, o
instrumento de
que se serve
para se
manifestar,
estando
desorganizado, o
pensamento, ou
antes, a
expressão do
pensamento é
incoerente.
Na loucura
obsessional, não
há lesão
orgânica; é o
próprio Espírito
que está afetado
pela subjugação
de um Espírito
estranho, que o
domina e o
dirige. No
primeiro caso, é
preciso tentar
curar o órgão
enfermo; no
segundo, basta
livrar o
Espírito
enfermo de um
hóspede
importuno, a fim
de lhe devolver
a liberdade. Os
casos
semelhantes são
muito
frequentes, e,
amiúde, se toma
pela loucura o
que não era em
realidade senão
uma obsessão,
para a qual
seria preciso
empregar meios
morais e não
duchas. Para os
tratamentos
físicos, e,
sobretudo para
o contato dos
verdadeiros
alienados,
frequentemente,
tem sido
determinada uma
verdadeira
loucura ali onde
ela não existia.
O Espiritismo,
que abre
horizontes novos
a todas as
ciências, vem,
pois, também
clarear a
questão tão
obscura das
enfermidades
mentais,
assinalando-lhe
uma causa a
qual, até este
dia, não se teve
em conta; causa
real, evidente,
provada pela
experiência, e
da qual se
reconhecerá mais
tarde a
verdade. Mas
como fazer
admitir essa
causa por
aqueles que são
muito prontos a
enviarem aos
hospícios quem
tenha a
fraqueza de
crer que temos
uma alma, que
essa alma
desempenha um
papel nas
funções vitais,
que ela
sobrevive ao
corpo e pode
agir sobre os
vivos?! Para o
bem da
Humanidade, as
ideias espíritas
fazem mais
progressos entre
os médicos do
que se poderia
esperar, e tudo
faz prever que,
em futuro pouco
distante, a
medicina sairá,
enfim, da rotina
materialista.
Os casos
isolados de
obsessão física
ou de
subjugação,
estando
averiguados,
compreende-se
que, semelhante
a uma nuvem de
gafanhotos, um
bando de maus
Espíritos pode
se abater sobre
certo número de
indivíduos,
apoderar-se
deles e
produzir uma
espécie de
epidemia
moral... A
ignorância, a
fraqueza das
faculdades, a
falta de cultura
intelectual lhes
dão
naturalmente
mais ação; por
isso maltratam,
de preferência,
certas classes,
embora as
pessoas
inteligentes e
instruídas deles
não estejam
isentas.
Provavelmente,
como disse
Erasto, é uma
epidemia desse
gênero que
reinava no tempo
do Cristo, e da
qual
frequentemente
se falou no
Evangelho. Mas
por que só a Sua
palavra bastava
para expulsar o
que eram
chamados então
de demônios?
Isso prova que o
mal não podia
ser curado senão
por uma
influência
moral; ora, quem
pode negar a
influência moral
do Cristo?!
Entretanto,
dir-se-á,
empregou-se o
exorcismo, que é
um remédio
moral, e nada
produziu. Se
nada produziu, é
que o remédio
nada vale, e que
é preciso
procurar um
outro; isto é
evidente.
Estudai o
Espiritismo, e
compreender-lhes-eis
a razão. Só o
Espiritismo,
assinalando a
verdadeira
causa do mal,
pode dar os
meios de
combater os
flagelos dessa
natureza. Mas,
quando dissemos
para estudá-lo,
entendemos que
é preciso
fazê-lo
seriamente, e
não na esperança
de aí encontrar
uma receita
banal para o uso
do primeiro que
chegue”.
Segundo o nobre
Espírito Manoel
P. de Miranda,
“(...)
Auto-obsessões,
obsessões e
subjugações são
capítulos que
merecem da
patologia médica
estudo
simultâneo, à
base dos
postulados do
Espiritismo. A
reencarnação é a
chave para a
explicação dos
seus enigmas.
Ao lado das
terapêuticas
valiosas, ora
aplicadas nos
obsessos de
vário porte,
impõem-se os
recursos
valiosos e
salutares da
fluidoterapia e
das expressivas
contribuições
doutrinárias da
Terceira
Revelação, que
traz de volta os
insuperáveis
métodos
evangélicos de
que se fez
expoente máximo
Jesus, o Divino
Médico de todos
nós.
O amor e a
prece, o perdão
e a caridade, a
tolerância e a
confiança, a fé
e a esperança
não são apenas
virtudes
vinculadas às
religiões
passadas, porém,
insubstituíveis
valores de
higiene mental,
de psicoterapia,
de laborterapia,
que se fazem de
urgência para
neutralizar as
ondas
crescentes do
ódio e da
revolta, da
vingança e da
mágoa, da
intolerância e
da suspeita, da
descrença e da
desesperança,
que irrompem e
se instalam no
homem, tudo
avassalando
intempestivamente.
A Doutrina
Espírita dispõe
de valiosos
tesouros para a
aquisição da
felicidade na
Terra e depois
da
desencarnação.
Conhecê-la e
praticar-lhe os
ensinos
representa uma
ensancha ditosa
para aqueles que
aspiram a
melhores dias,
anelam por paz e
laboram pelo
bem”.