WALDENIR
APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil)
Evitemos guardar
mágoas e
ressentimentos
"Então, Pedro,
aproximando-se,
lhe perguntou: –
“Senhor, até
quantas vezes
meu irmão pecará
contra mim, que
eu lhe perdoe?
Até sete
vezes?”.
Respondeu-lhe
Jesus: – “Não te
digo que até
sete vezes, mas
até setenta
vezes sete".
(Jesus – Mateus,
18:21,22.)
Mágoas e
ressentimentos
guardados em
nosso âmago
atuam como
ácidos corroendo
a essência das
nossas emoções,
com graves
repercussões
também em nossa
constituição
física.
A ciência
médica, já há
muito detectou
que os
desequilíbrios
sentimentais,
que
descuidadamente
ainda carregamos
conosco,
somatizados em
nossa
constituição
orgânica, são
geradores de uma
infinidade de
distúrbios, nem
sempre de fácil
solução.
Na base dessas
doenças
emocionais quase
sempre estão a
raiva, o ódio, a
irritação, o
inconformismo, a
mágoa e o
ressentimento.
Defeitos que
ainda possuímos
e que precisam
ser erradicados
com urgência, se
desejamos
desfrutar de uma
vida de
equilíbrios e
saúde.
Jesus Cristo,
profundo
conhecedor da
natureza humana,
desejando nos
orientar, com
segurança,
apontou à
humanidade o
roteiro para uma
vida saudável
quando ensinou a
Pedro,
simbolicamente,
que será preciso
perdoar não sete
vezes, mas
setenta vezes
sete. Isto é,
perdoar sempre,
infinitamente.
É por demais
conhecida a
complexidade das
relações
humanas. Somos
criaturas
diferentes umas
das outras.
Segundo o
Espírito André
Luiz, no livro
“Libertação”, no
capítulo I,
psicografia de
Francisco
Cândido Xavier,
nós estamos
usando a razão
há quarenta mil
anos.
No percurso
desses milênios,
tivemos a
liberdade de
decidir,
deliberar,
escolher
caminhos, com
independência,
isso obviamente
permitiu que
cada um de nós
construísse o
seu patrimônio
de experiências,
obviamente, cada
um à sua
maneira, daí as
diferenças
pessoais
existentes.
Saber viver no
contexto dessas
diferenças, eis
o grande
desafio. E como
não existem
criaturas iguais
no Universo, com
urgência,
precisamos saber
compreender as
pessoas como
elas são, para
que elas também
nos compreendam
como somos.
Quando
conseguirmos tal
proeza, por
certo teremos
encontrado o
caminho da
serenidade.
Não será uma
tarefa fácil,
como não está
sendo, mas é
indispensável o
empreendimento
de grandes cotas
de esforços,
sacrifícios e
renúncias
pessoais, para
que os
sentimentos da
mágoa, do ódio e
outros,
definitivamente,
desapareçam do
nosso coração.
Sabendo disso,
nos empenhemos
ao máximo
visando
exercitar o
perdão, a
compreensão e a
tolerância para
com aqueles que,
possivelmente,
nos ofenderam ou
nos causaram
quaisquer
aborrecimentos
ou venham a
causar. Não vale
a pena abrigar,
no íntimo, tais
sentimentos
pestilentos. Em
realidade, os
maiores
prejudicados
somos nós
mesmos.
Se as criaturas
com quem nos
relacionamos,
desavisadas,
ainda pactuam
com a
inferioridade,
lançando dardos
ferinos, isso é
problema
exclusivamente
delas; de nossa
parte, façamos o
contrário,
emitamos
vibrações de
equilíbrio e de
serenidade,
mesmo sabendo
não ser nada
fácil, pois,
agindo assim,
sem dúvida,
neutralizaremos
os raios
desequilibrados
que poderiam nos
atingir.
Como podemos
concluir, ao
ensinar o uso
contínuo do
perdão, Jesus
Cristo, dentro
da sua imensa
sabedoria,
informou a todos
nós, através do
apóstolo Pedro,
a forma correta
e eficaz da
convivência
social, para que
tenhamos uma
vida saudável,
tanto emocional
como
fisicamente.
Portanto,
perdoar não se
trata
tão-somente de
um apontamento
especulativo,
religioso,
moral, mas de um
conselho
profundo que
assegura o nosso
bem-estar.
Reflitamos...