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Elucidações de Emmanuel

Ano 6 - N° 257 - 22 de Abril de 2012

 

 

Vida afetiva
 

Todos os problemas da vida afetiva serão devidamente aclarados quando o conhecimento da reencarnação for concebido na base da regra áurea.

Faremos a outrem, nos domínios afetivos, aquilo que desejamos se nos faça. Isso porque de tudo o que doarmos ao coração alheio recolheremos de volta.

O amor em sua luminosa liberdade é independente em suas escolhas e manifestações; no entanto, obedece igualmente ao princípio: “Livre na sementeira e escravo na colheita”.

Ligeira recolta de observações nos fará pensar nisso.

Em muitas ocasiões, o rival que abatemos, de um modo ou de outro, induzindo-o à desencarnação, é o filho que a vida e o tempo nos colocam nos braços, a cobrar-nos em abnegação e renúncia a assistência e a proteção que lhe devemos;

o jovem ou a jovem que furtamos dos braços de nossos filhos, considerando-os indignos de nossa equipe doméstica, impondo-lhes, direta ou indiretamente, a morte do corpo físico, voltam na condição de netos, em muitas circunstâncias, compartilhando-nos o leito e a vida;

a criança nascitura que arrojamos à vala do aborto desnecessário e que deveria nascer e crescer para o desenvolvimento da afetividade pacífica, entre os nossos descendentes, costuma encontrar novo berço em nosso clima social, reaparecendo na condição do homem ou da mulher que, mais tarde, nos aborda a organização familiar exigindo-nos pesados tributos de aflição;

as criaturas que enganamos, no terreno do afeto, em outras estâncias, habitualmente retornam até nós por filhos-problema, reclamando-nos atenção e carinho constantes para o reajuste emocional que demandam.

Frustrações, conflitos, vinculações extremadas e aversões congênitas de hoje são frutos dos desequilíbrios afetivos de ontem a nos pedirem trabalho e restauração.

*

É possível haja longa demora na aceitação geral da verdade por parte dos agrupamentos humanos, em nos reportando ao mundo genésico.

Dia virá, porém, no qual todas as criaturas compreenderão que o Espírito, onde estiver, conforme aquilo que plante, em matéria de afetividade, isso também colherá.


Do cap. 27 do livro Na Era do Espírito, obra de Francisco Cândido Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos diversos.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita