WELLINGTON BALBO
wellington_balbo@hotmail.com
Bauru, SP (Brasil)
A
decisão do STF
sobre os fetos
anencéfalos
A vida na Terra
é feita das mais
diversas
provações. São
testes que como
alunos da vida
temos de passar
para, enfim,
obtermos o
diploma e o
conhecimento
necessários para
irmos adiante,
avançando na
hierarquia dos
mundos e
podendo, então,
crescer como
Espíritos
imortais. A
Terra é apenas
uma escola, um
estágio
evolutivo e não
ficaremos nela
para sempre.
Portanto, as
provas podem ser
vistas como
desafios que são
necessários ao
nosso
aprimoramento.
Temos de passar
por elas, não
adianta adiar.
Esta introdução
é para mostrar
que por mais
complicados
sejam nossas
provas podemos
vencê-las
realizando
esforços. E que
esforço deve
realizar uma mãe
e toda família
ao decidir levar
adiante a
gravidez de um
feto anencéfalo!
Não queremos
aqui minimizar o
sofrimento de
quem quer que
seja, tampouco
sermos juízes
julgando
implacavelmente
o comportamento
alheio. Sabemos
das dores, ou
melhor,
imaginamos que
sejam dores
pungentes.
No entanto, o
que queremos
aqui é mostrar
um outro ponto
da questão, o
lado espiritual.
Alunos em
trânsito por
esta escola
temporária, é de
suma importância
que atentemos
para o fato de
que nossa
história não
começa aqui, ao
nascermos. Somos
Espíritos
milenares
carregando
bagagens e
necessidades
evolutivas das
mais diversas.
Somos seres bem
antigos, temos
biografia
espiritual,
temos
história...
O filho que
trazemos no
ventre, seja com
ou sem cérebro,
é acima de
qualquer coisa
um Espírito que
necessita passar
por essa prova.
Em face de tão
grave realidade,
fica o
questionamento:
Será útil para
aquela criatura
que abrigamos no
ventre
interromper a
gravidez? E a
sua realidade,
suas
necessidades
evolutivas? Será
justo pensarmos
apenas em nosso
sofrimento e
esquecermos que
ali está um
Espírito imortal
que precisa de
nosso amor e
carinho?
Lembro-me da
querida
educadora Maria
Montessori que
afirmava que a
educação começa
no ventre. Será
que poderíamos
praticar esta
educação da alma
com relação ao
filho que temos
em nosso seio?
Será que
poderíamos
dizer: Eu o amo,
você é amado e
poderá nesta
encarnação viver
poucas horas,
mas ainda assim
será amado e
retornará, quem
sabe, à nossa
família para
darmos
prosseguimento à
nossa história.
Ah, a
reencarnação! Só
mesmo a
reencarnação
para abrir as
chaves do
intrincado
labirinto dos
sentimentos
humanos,
explicando o que
é para muitos
inexplicável e
pode ser
resolvido com
uma simplista
votação sem os
aprofundamentos
adequados nas
questões do
Espírito
imortal.
Sem o
conhecimento da
reencarnação
qualquer tipo de
julgamento
acerca de temas
como, por
exemplo, a
interrupção da
gravidez em caso
de fetos
anencéfalos é
capenga.
Os ministros do
STF, sem o
conhecimento das
necessidades
evolutivas dos
Espíritos que
habitam a Terra,
optaram por
permitir que a
gravidez seja
interrompida.
Como espírita
discordo da
decisão dos
magistrados.
Repetimos que
não desprezamos
a dor e a
dificuldade da
mãe que se
depara com tão
complicada
provação,
todavia vale
lembrar que,
como dissemos
acima, este é um
planeta de
provas e,
indubitavelmente,
interromper a
gravidez
equivale a
entregar a prova
ao professor sem
responder as
questões mais
importantes.
Pensemos nisso!