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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 258 - 29 de Abril de 2012

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal
 

SIT - nova doença social?


Numa breve viagem efetuada em serviço profissional, não pude deixar de constatar o mundo que me rodeia, desde o embarque no avião, a viagem, o desembarque, enfim, as múltiplas ações e reações das pessoas na sua interação social.

Confesso que fiquei preocupado ao aperceber-me de uma nova doença que afeta a sociedade ocidental: chama-se SIT.

Curiosamente, ao ler "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, verdadeira pérola da literatura mundial, onde está confinada a parte filosófica da Doutrina Espírita (que não é mais uma religião nem mais uma seita, mas sim ciência, filosofia e moral), no seu capítulo VII, intitulado "Lei de Sociedade", podemos encontrar questões interessantes:

766. A vida social está na Natureza?

“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.”

767. É contrário à lei da Natureza o isolamento absoluto?

“Sem dúvida, pois que por instinto os homens buscam a sociedade e todos devem concorrer para o progresso, auxiliando-se mutuamente.”

768. Procurando a sociedade, não fará o homem mais do que obedecer a um sentimento pessoal, ou há nesse sentimento algum providencial objetivo de ordem mais geral?

“O homem tem que progredir. Isolado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contato com os outros homens. No isolamento, ele se embrutece e estiola.”

“Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem-estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não isolados."

O ser humano, estimulando a sua inteligência, vai criando e modificando a matéria e o mundo material, tornando-o mais agradável para a sua vida no quotidiano, que, por sua vez, se torna mais confortável e mais feliz.

“O homem tem que progredir. Isolado, não lhe é isso possível, por não dispor de todas as faculdades. Falta-lhe o contacto com os outros homens. No isolamento, ele se embrutece e estiola.” (Allan Kardec)

Vemos, ao longo destes últimos 100 anos, um incremento fantástico ao nível tecnológico, contribuindo sobremaneira para uma maior e melhor qualidade de vida do ser humano. Curiosamente, esta tecnologia, ao invés de contribuir para uma partilha saudável de vivências entre os seres humanos, tem contribuído para um uso desajustado, levando-o ao isolamento.

Paradoxalmente, nestes tempos que deveriam ser de alegria, face ao incremento da tecnologia, a sociedade sofre de grave doença mortal, a solidão, mesmo quando rodeados de uma imensidão de pessoas.

Naquele avião potente, com 200 pessoas a bordo, meditava fascinado no avanço da tecnologia, naquele grande pássaro de ferro rasgando o ar, tranquilamente, e verificava com alguma tristeza que, naquela hora e meia de viagem, as 200 pessoas iam, cada uma delas, imersas no seu mundo (com auriculares ouvindo música ou outra coisa qualquer, com computadores trabalhando ou jogando, agarrados interminavelmente aos seus telemóveis e/ou agendas eletrônicas, dormindo ou descansando de olhos fechados), ao invés de aproveitarem o tempo para conversarem, fazer novos conhecimentos, trocar ideias, partilhar opiniões, enfim, sociabilizarem-se.

Foi aí que me apercebi da grave doença, que se vai instalando silenciosamente, que nos afeta nos dias de hoje: a "SIT" (Solidão, Isolamento e Tecnologia).

Se as novas tecnologias são uma bênção para a humanidade, o seu uso deve ser efetuado com parcimônia, de modo a que o rumo orientador de sociabilização apontado em "O Livro dos Espíritos", nos itens acima referidos, não venha a ser posto em causa por este flagelo que associa a tecnologia ao isolamento e à solidão do ser humano. 



 


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