JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
O
purgatório e o
pecado original
são outros nomes
para o carma
A palavra
carma
significa ação,
ação como causa
e como efeito,
que se torna
outra causa para
outro efeito, e,
assim,
sucessivamente.
No século
dezenove, quase
não se falava em
carma no
Ocidente. Daí
que Kardec usava
mais a expressão
“lei de causa e
efeito”. E
lembro o dito
latino “Lux ex
Oriente” (A luz
vem do Oriente).
Os cristãos
gnósticos foram
exterminados
pela ala
ortodoxa do
Cristianismo,
porque eles
pregavam a
chegada a Deus
pela gnose
(conhecimento,
luz), doutrina
ligada às
verdades
filosófico-religiosas
do Oriente, mas
que está
presente também
no ensino do
Nazareno:
“Conhecereis a
verdade e a
verdade vos
libertará”. De
fato, se Deus é
sabedoria, nós,
como seus filhos
criados à sua
imagem e
semelhança,
temos que fazer
do conhecimento
uma busca
constante em
nossa vida, pois
é com ele que
nós nos vamos
tornando, cada
vez mais, mais
semelhantes a
Deus.
Se nós somos
Espíritos
imortais, seria
estranho Deus
nos ter dado
apenas uma vida
terrena para a
nossa evolução,
pois uma vida só
não dá nem para
começarmos a
nossa evolução
em busca da
sabedoria e da
perfeição
semelhantes às
de Deus. E, se
Deus é a
Inteligência
Suprema, que é
uma das grandes
verdades que nos
ensina a
Doutrina dos
Espíritos, por
que Ele nos
criaria
imortais, mas
como que
amarrados, nos
obrigando a
permanecer no
erro pelas
eternidades
afora? À
proporção em que
as pessoas vão
evoluindo nos
seus
conhecimentos,
elas vão
acatando a
reencarnação,
naturalmente. Um
exemplo: na
década de 1940,
apenas 2 % da
população
brasileira a
aceitava. Hoje,
são cerca de 90
%. E ela já é
crença de quase
¾ da população
mundial,
independente de
religião. É
interessante
lembrar aqui que
ela tem o
respaldo de
vários segmentos
da ciência e que
ela tem tirado
muitas pessoas
do materialismo.
Os líderes
religiosos
rejeitam-na,
porque eles
pregam que, para
o fiel ganhar o
céu, ele tem que
passar por eles.
É fácil, pois,
entender a sua
reação pertinaz
contrária à
reencarnação, já
que eles não são
nada bobos e
sabem que ela
desclassifica,
em parte, as
suas ações
profissionais.
Se houvesse só
uma vida
terrena, sem
novas chances de
regeneração do
Espírito, seria
papo furado a
misericórdia
infinita de
Deus! Se a
reencarnação
dependesse dos
pais biológicos,
nenhum pai, por
menos bondoso
que fosse,
bloquearia nova
vida para um
filho seu,
deixando-o para
sempre no erro e
na condenação.
E, até parece
que é, porque os
teólogos que,
geralmente, não
têm filhos,
imaginaram essa
ideia excêntrica
atribuída por
eles a Deus
contra a
reencarnação, a
qual é uma das
maiores verdades
bíblicas.
Negá-la é
praticamente
negar também a
outra grande
verdade de todas
as religiões: a
da lei de causa
e efeito, pois o
Espírito imortal
ficaria
praticamente sem
condições de
colher os frutos
da sua
semeadura.
A colheita do
sofrimento
atribuído pelos
teólogos ao
pecado original
é um efeito de
uma causa do
passado. Também
o Purgatório é
outro efeito de
dor de causas
anteriores. E,
igualmente, o
carma é efeito
de causas
passadas. E os
teólogos de hoje
ensinam que não
se sabe onde é o
Purgatório, o
que nos deixa
uma brecha para
dizer que ele é
aqui mesmo na
Terra, pois aqui
se faz e aqui se
repara. E o mais
antigo é o
carma, e que,
por se ligar à
reencarnação e
às religiões
orientais, os
teólogos, em
vão, tentaram
anulá-lo,
substituindo-o
pelo pecado
original e o
Purgatório.
Pode-se dizer,
pois, que o
pecado original,
o Purgatório e o
carma são
sinônimos!