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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 262 - 27 de Maio de 2012

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)
   
 

Como os animais dizem
“te amo”

         
Matéria de minha autoria publicada no Jornal Espírita de julho de 1989, intitulada “Veja como os animais dizem ‘te amo’”, recorre a um dos números da revista Superinteressante, da Editora Abril, onde encontrei a matéria “Assim os animais dizem “‘te amo’”, que mostra que eles costumam misturar ternura e agressividade em seu relacionamento amoroso, pois a Natureza os faz assim, para garantir que as espécies se reproduzam e sobrevivam. São fantásticos os truques de sedução entre eles, que os obrigam a estranhos rituais, marcados por lutas de vida e morte.

Nessa luta, o amor e o ódio se tocam. No jogo amoroso de um casal de rinocerontes, por exemplo,  machos e fêmeas dão-se encontrões violentos, como se estivessem fazendo guerra e não um simples momento de amor. Já os tigres, para chegarem ao acasalamento, o macho precisa de grande paciência para  acalmar a fêmea, que rosna, negaceia e dá-lhe patadas. Uma vez consumada a fecundação, ele precisará fugir rapidamente, pois a companheira tem uma única vontade: matá-lo.

Com as aranhas o romance pode ter um final trágico se o macho, geralmente menor e mais fraco, não tomar cuidado de se apresentar à sua escolhida com um  presente, um petisco, para saciar-lhe a fome. Os pica-paus machos também dão presentes às fêmeas para apaziguarem possíveis desentendimentos. Já as rãs são românticas e sexualmente liberadas, bastando ao macho manifestar seu desejo, coaxando de forma especial. Se a resposta vier no mesmo tom, é sinal verde para ele, que precisará arranjar um companheiro, pois os encontros amorosos da espécie são sempre coletivos, isto é: são necessários dois machos para pressionar o ventre da fêmea e ajudá-la a expulsar os ovos que serão fecundados. O leão disputa a namorada com  outros machos, a mordidas e patadas.

Como os humanos – Como acontece com a espécie humana, não é fácil a vida de um  macho conquistador, na espécie animal. Ele tem que ser corajoso fisicamente e dono de grande imaginação. Para chegar ao acasalamento, precisa passar por provas complicadas. É obrigado a cantar de forma especial, exibir plumagens elegantes, perfumes sedutores e praticar uma série de gestos que pareceriam ridículos em outras situações.

Além disso, precisa enfrentar batalhas de vida ou morte com outros machos interessados na mesma namorada, naquela que se constitui a sua paixão, que é a sua eleita. Em resumo: o traço característico do amor entre os animais é a agressividade, que tem profunda significação, pois se destina a proteger um território onde apenas um macho deve reinar. Um macho forte, para que se reproduzam  filhos igualmente fortes.

É também preciso ser forte para proteger as fêmeas e as crias, que não podem ser confundidas com as crias de outro casal. Os leões são assim; são bravos e mal-humorados com os estranhos e fazem tudo para defender o seu território. Essa agressividade tem que ter um controle, para que não leve a espécie ao extermínio. Assim, a Natureza dota os animais de bloqueios, para evitar que sua disposição para a luta não ultrapasse os limites da conveniência. Finalmente, a forma de vida das espécies está relacionada com a agressividade de seus membros: se os machos são pacíficos, formarão colônias; se é agressivo, forma um harém.  E se a agressividade parte de ambos, formarão um par capaz de manter longa união monogâmica.

A evolução do sentimento – No poema A Criação Divina, ditado por Castro Alves e recebido pelo médium Jorge Rizzini, há uma estrofe onde o poeta diz: “... E nele estava presente / O Princípio Inteligente, / - E a Vida, em forma latente, / Esperava atividade!.”

Nas  estrofes seguintes,  Castro Alves diz  que esse Princípio ativo,  com o fluido universal, gera o simples vegetal e a vida explode nos  mundos. E diz Deus onipresente  ao Princípio da matéria: “- Evoluir! És bactéria no charco e mares profundos!”

O ser unicelular desenvolve seu psiquismo e, nos ambientes vários, já não são protozoários, mas ativos operários com diferente organismo.  O Princípio Inteligente, com a Lei da Reencarnação, sofre mutação. Cresce nas águas, no solo, evolui nos campos, erra, é animal feroz na guerra. E sob o influxo das Leis Divinas, surge o homem da Caverna. Ilumina-se a Razão!

A evolução se faz lentamente, através dos milênios. No capítulo “Palavra e responsabilidade”,  do livro Evolução em dois Mundos, psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira,  André Luiz diz: “... Contudo, à medida que se lhe acentuava a evolução, a consciência fragmentária investia-se na posse de mais amplos recursos. O lobo grita pelos companheiros na sombra noturna; o gato encolerizado mostra fúria característica, miando raivosamente; o cavalo relincha de maneira particular, expressando alegria ou contrariedade; a galinha emite interjeições adequadas para anunciar a postura, acomodar a prole, alimentar os pintinhos ou rogar socorro quando assustada, e o cão é quase humano, em seus gestos de contentamento e em seus gemidos de dor. Assim, a evolução atinge os alicerces da Humanidade”.

O mesmo André Luiz, no livro No Mundo Maior, psicografado por Chico Xavier, diz: “... Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio e milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito. A crisálida da consciência, que reside no cristal e rola na corrente do rio, aí se encontra em processo liberatório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a suportar os golpes do Inverno e acalentadas pelas carícias da Primavera, estão conquistando a memória; a fêmea do tigre lambendo os filhinhos recém-natos aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra”. 

Na senda da ascensão (Emmanuel, psicografia de Chico Xavier):  O animal caminha para a condição do homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo. No reino animal, a consciência, à feição da crisálida, movimenta-se em todos os tons do instinto, no rumo da inteligência.

No reino hominal, a consciência nascida avança em todos os aspectos da inteligência, objetivando a conquista da razão sublimada pelo discernimento.

E no reino angélico essa mesma consciência, em múltiplas expressões de sabedoria e de amor, segue, vitoriosa, para a perfeita santificação, comungando a Perfeita Felicidade do Pai Celestial.

No campo das formas efêmeras, cada ser, portanto, pode residir à parte, na elaboração dos próprios valores que o erguerão aos níveis mais altos da vida, entretanto, no mundo das essências, as irmanará com o Todo da Criação, crescendo para a Unidade Cósmica – porto divino a esperar-nos sem distinção – de modo a investir-nos, um dia, na posse da celeste herança que nos é reservada.



 


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