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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 262 - 27 de Maio de 2012

AYLTON GUIDO COIMBRA PAIVA
paiva.aylton@terra.com.br
Lins, São Paulo (Brasil)
 

Dieta física e dieta espiritual


Mudei o canal da televisão e um especialista em dieta prescrevia sua orientação para algumas jovens que, a bem da verdade, deveriam estar muito bem alimentadas.

Durante algum tempo ele discorreu sobre: como se alimentar e do que se alimentar. Ao término da entrevista, vários livros de especialistas sobre o assunto foram indicados.

Isso é muito bom, alimentar o corpo de forma adequada com as informações que a ciência, na atualidade, pode orientar.

Então pensei: se devemos cuidar com tanta atenção do corpo físico, que é perecível, deveremos com mais atenção cuidar de nós mesmos, como Espíritos imortais, com a nossa alimentação espiritual.

E, se devemos ter uma dieta material adequada, também carecemos de uma dieta espiritual eficiente.

O bom livro traz-nos esse alimento para a mente e para o sentimento.

A boa música sublima os nossos sentimentos e harmoniza as nossas almas.

As boas ideias, os bons sentimentos que emergem das artes: pintura, escultura, dança, teatro, cinema e, até mesmo, da televisão, em poucos programas, alimentam as nossas almas.

Infelizmente, hoje, a mídia quase só apresenta fatos sensacionalistas e questões da violência, com toda a sua degradação e, geralmente, sem a preocupação de oferecer uma contribuição válida para uma cultura de Paz e entendimento, visando apenas, pelo estardalhaço, aumentar o seu índice no IBOPE.

Assim, ao lado da intoxicação do corpo pelos alimentos com excesso de agrotóxicos, visando puramente ao “lucro”, temos a intoxicação da alma ou da mente pelos venenos destilados pela imprensa, rádio e televisão com interesses escusos e egoísticos.

Concluí, então, esta reflexão: é preciso selecionar as informações, as notícias para que elas não envenenem os adultos, os jovens e as crianças.

Quem se alimenta das ideias negativas e pessimistas termina por se intoxicar e se contorcer na revolta descontrolada, na raiva explosiva ou na depressão aniquiladora.

É preciso cultivar, desse modo, as boas ideias, os bons sentimentos, as boas emoções colhidas no livro, na música, na dança, escultura, esporte,

Como é bom “curtir” a boa música, o bom filme, o bom teatro, o bom programa de televisão e a boa conversa.

É preciso desfrutar os bons momentos, falar deles, comentá-los com as outras pessoas.

Relembrá-los equivale a gerar “memória” positiva e antidepressiva.

Também o ideal é que, quanto aos sofrimentos e problemas ou dificuldades não se encarcerar neles, tanto quanto não amarrá-los em nós.

É preciso resolvê-los da melhor maneira, e não permitir que eles se atrelem em nós.

É preciso viver a realidade, identificar o mal e isolá-lo e também enxergar o bem, nele confiando; sorrir e passar para os outros uma vibração otimista para que eles se contagiem e nos devolvam tal energia, ajudando-nos a manter um estado de espírito realista, confiante e positivo.

É a dieta do bem promovendo o Bem.

Pense nisso! Pense já!



 


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