“Ni semas
kaj semas” – Já escreveu
em versos Zamenhof
O leitor observará que a
seção desta semana trata
de semeadores e
semeaduras. Infelizmente
cometendo sérias
injustiças; muitas, por
ser impossível comportar
todo tema em sua
abrangência (se
considerados tantos
esperantistas cujo
desvelo e dedicação à
causa do idioma
internacional têm
rendido bons
sacrifícios), e outras
tantas injustiças, por
não poder se dedicar com
profundidade aos tópicos
escolhidos para ilustrar
o caminho do Esperanto
de ontem e hoje. Faltam
linhas, falta fôlego.
Mas adiante, “antaŭen
senfine” !
Vitória
atual
Não há dúvidas, a vida
do esperantista convicto
é uma eterna semeadura,
assim como é a vida de
todos aqueles que têm um
ideal. Em O Consolador
de número 260, nesta
seção, noticiamos sobre
um importante exame
internacional de
proficiência no “idioma
da paz”. Para lembrar
nossos leitores,
transcrevemos um trecho
relevante:
“Está para se realizar
em
Curitiba,
no dia 9 de junho, um
exame de proficiência em
Esperanto, segundo o
QECR (Quadro Europeu de
Referências para
Línguas).”
Nesta semana,
gostaríamos de fazer jus
aos bastidores da
notícia, pois o exame só
acontecerá graças a uma
negociação entre a
Associação Paranaense de
Esperanto e o Centro de
Línguas e Intercultura (CELIN)
da UFPR. O exame
ocorrerá, inclusive, no
próprio campus da
universidade.
O verso de Zamenhof
“semeamos e semeamos”
ecoa há 125 anos, e a
este eco juntam-se
sempre novas vozes –
seja no Paraná ou na
cidade de Busan, na
Coreia do Sul.
Para ler mais sobre o
exame:
http://londrinaesperantogrupo.blogspot.com.br/2012/05/ker-ekzameno.html
Zamenhof,
o Doutor Esperanto
A vida do criador do
Esperanto é um exemplo
de abnegação e
idealismo, de espírito
de luta e resiliência,
de amor e perseverança,
de ciência e
espirituosidade, de
senso de dever e de fé
no futuro. A vida de
Zamenhof é por si só uma
inspiração digna das
almas que procuram por
horizontes mais vastos,
sintonizados com os
ideais de tolerância e
fraternidade.
Sua memória precisa ser
conhecida, cultivada,
contada às novas
gerações, para que o
brilho verde da
esperança renove-se e
intensifique-se, e para
que o sentimento de
alteridade firme-se nos
corações desejosos de
paz e respeito entre as
nações.
O livro Doutor
Esperanto, de Walter
Francini, editado pela
FEB, apresenta com
lirismo e maestria a
biografia do médico
polonês que não somente
criou o língua
internacional neutra,
como também dedicou sua
vida para que ela
transcendesse seu tempo.
Infelizmente a FEB não
dispõe atualmente do
livro para venda, mas
quem encontrá-lo não
deve perder a chance de
ler essa história real e
comovente.
Uberaba,
2 de janeiro de 1976
Nessa data, Emmanuel,
por meio das mãos de
Chico Xavier, escrevia:
“Aqueles que
atingiram a
Espiritualidade Superior
não cessam de criar
alegria e cultura,
elevação e beleza”.
O querido guia de Chico
e, por que não dizer, de
todos os espíritas,
referia-se ao espírito
Francisco Valdomiro
Lorenz, que trazia dos
escaninhos da
Espiritualidade uma
história belíssima a
respeito do Esperanto.
Antes de mencioná-la, no
entanto, ressaltamos que
a Língua Internacional
não pertence a nenhuma
religião, doutrina ou
filosofia, e tem por
única diretriz a chamada
“ideia interna”,
ensinada por Zamenhof
como um ideal de
respeito mútuo entre os
povos. Os espíritas,
portanto, estão entre
muitos outros cuja
religião, e ponto de
vista doutrinário e
filosófico, afiniza-se
com esse ideal, que em
essência pode ser
chamado cristão.
Feitas as ressalvas,
voltemos a Lorenz, que
nos elucida acerca das
atividades de Zamenhof
antes de encarnar-se na
Polônia, e de sua função
missionária em relação
ao Esperanto, cujas
bases já haviam sido
formuladas na
espiritualidade.
Lorenz trouxe à luz,
graças também a Chico
Xavier, o livro
Esperanto como Revelação
(Esperanto kiel
Revelacio), que a FEB
publicou em edição
bilíngue, português -
esperanto.
Hoje é possível baixar a
obra em português
(infelizmente não tão
completa quanto a edição
da FEB).
Confira:
https://docs.google.com/file/
Francisco
Valdomiro Lorenz: o
espírito comunicante?
Em 1872, nascia onde
hoje é a República
Checa, aquele que seria
um grande conhecedor de
inúmeras línguas,
Francisco Valdomiro
Lorenz. Isso porque, aos
17 anos, segundo o que
se conta em sua
biografia, dominava
todas as línguas
eslavas, além do latim,
do hebraico e do grego.
Como se não bastasse,
estudava o chinês,
idioma do qual foi o
tradutor oficial na
Checoslováquia.
Dedicou-se também ao
inglês, francês,
italiano, árabe, e às
línguas planejadas,
volapuque e esperanto.
Graças a esta última,
manteve contato com
Lázaro Luís Zamenhof,
seu criador.
Ainda muito jovem,
convidado por um amigo e
movido pela curiosidade,
Lorenz foi a uma sessão
espírita na qual, para
sua surpresa, uma
Entidade lhe revelou:
“Atravessarás os mares,
separar-te-ão dos teus,
e a ti milhares deverão
suas luzes espirituais”.
Anos depois, por motivos
políticos, foge ele para
a Pátria do Evangelho,
da qual não mais saiu e
onde, por fim,
fixar-se-á no Rio Grande
do Sul.
Como médium espírita,
como esperantista e
espiritualista, profícua
foi sua participação
nesses diferentes meios
do qual fez parte,
legando ao Esperanto
suas obras: Plena
Lernolibro de Esperanto
por Ĉeĥoj, de 1890 (obra
dedicada ao ensino de
esperanto aos falantes
da língua checa);
Esperanto sem Mestre, de
1938 (um livro
valiosíssimo ao estudo
do idioma neutro);
Diverskolora Bukedeto,
de 1941 (com poemas de
100 línguas diferentes
vertidas ao esperanto);
Bhagavad-gita, tio
estas, sublima kanto pri
la senmorteco (tradução
feita ao esperanto
diretamente do
sânscrito, de
Bhagavad-gita – a
sublime canção) –, isso
considerando somente as
obras publicadas. Além
destas, aos espíritas
esperantistas deve ser
cara a obra Voĉoj de
Poetoj el la Spirita
Mondo (Vozes dos Poetas
do Mundo Espiritual), de
1944. Este livro,
dividido em duas partes,
apresenta entre poemas
de 6 autores
espirituais, poemas de
Zamenhof, recebidos em
esperanto pelo próprio
Lorenz. O prefácio foi
escrito por Ismael Gomes
Braga, de quem já
tratamos em outra
edição.
Tendo escrito mais de 50
obras, em 1957, o grande
semeador de exemplos e
esperança retorna a
pátria espiritual para,
poucos anos depois,
presentear-nos com o
Esperanto como
Revelação.
Fonte: Esperanto como
Revelação / Esperanto
kiel Revelacio –
Espírito Francisco
Valdomiro Lorenz,
psicografado por Chico
Xavier. Editora: FEB,
1976.
O conteúdo da 1a
edição apresenta um
prefácio de Emmanuel,
biografias de Chico e
Lorenz, e algumas
considerações sobre o
Esperanto no Brasil e no
mundo, bem como noções
de sua gramática.
BAES ou
ABEE – e os Espíritas
Esperantistas
A Brazila Asocio de
Esperantistoj-Spiritistoj
ou Associação Brasileira
de Esperantistas
Espíritas, além de um
site, possui um grupo de
discussões por meio do
qual é possível
inteirar-se melhor sobre
o movimento espírita no
que concerne ao
esperanto.
Alertamos, no entanto,
(e somos firmes ao
afirmar) que a
participação nesse grupo
não isenta o caro leitor
da necessidade de
acompanhar nossa seção.
Site da BAES:
http://esperanto-spiritismo.org/baes.htm
Grupo de discussão:
http://br.groups.yahoo.com/group/esperanto
André Luiz e mais um
conselho para você!
A cada semana, propomos
uma frase de André Luiz,
do livro Sinal Verde,
psicografado por Chico
Xavier, vertida ao
esperanto por Allan
Kardec Afonso Costa.
Nesta, apresentamos a
tradução da frase
proposta na semana
passada:
“Antaŭ ol foriri por
plenumado de viaj taskoj,
rememoru, ke estas
necese beni la vivon,
por ke la vivo nin benu.”
“Antes de sair para
execução de suas
tarefas, lembre-se de
que é preciso abençoar a
vida para que a vida nos
abençoe.”
E agora um pensamento
singelo:
“Ĉiu saluto devas bazi
sin sur pensoj de paco
kaj ĝojo.”
Até a próxima!