WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 262 - 27 de Maio de 2012

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal
 

Vale a pena viver


Vivemos tempos difíceis, ouve-se um pouco por todo o lado.

Vivemos uma crise financeira mundial, onde as economias vacilam ao sabor do egoísmo humano que tudo quer para si sem cogitar do bem-estar alheio. Falta trabalho, falta pão, falta paz, falta solidariedade, falta bom senso, falta amizade, falta solidariedade, falta, falta...

O espectro social parece negro, irremediável, situação esta derivada também da capacidade manipuladora dos órgãos de comunicação social que apenas destacam o mal, o erro, o crime, raramente dando espaço aos aspectos mais positivos que, por não serem escandalosos, deixam de ser notícia, nos seus conceitos primitivos de "notícia", neste mundo ainda essencialmente materialista.

Os mais distraídos deixam-se levar na onda do pessimismo, sintonizam com essas ondas mentais destrutivas, inquietantes, paralisantes, que conduzem à revolta, ao ódio, à inquietação, à morte, muitas vezes ao suicídio.

O homem, perdida a noção de Deus, nesta sociedade materialista que nos consome, onde valorizamos mais o ter do que o ser pessoa, estertora, agonizando lentamente os mais nobres ideais, deixando-se corromper, partindo para excessos de toda a ordem, e acabando finalmente por se sentir insatisfeito, não realizado, frustrado, enrolando-se em última instância nos liames do suicídio.

No ano passado  - em julho -  encontrei pessoa conhecida que não via há anos. Pessoa culta, conhecedora de múltiplos afazeres, já foi muito rica num país estrangeiro, tendo regressado a Portugal e tendo aos poucos perdido toda a sua riqueza, ao ponto de agora sobreviver com 300 € pagando 200 € por um quarto. Todos os dias vai comer, pela Misericórdia local.

Sensibilizei-me com a sua situação, procurando vê-la como normal, mas o que mais me desconcertou foi a serenidade dessa pessoa, que, com um olhar lúcido e penetrante, me dizia: «Sabes, já tentei o suicídio uma vez. Felizmente, não o consegui. Somente agora, conhecendo a Doutrina Espírita, vejo o enorme disparate que ia cometer, pois agora sei que a vida continua. Sabes, apesar de viver com muito pouco, hoje sou feliz, tenho um quarto, tenho comida, tenho apoio social, que mais quero?».

Confesso que engoli em seco, eu que estou habituado a reclamar de injustiças que julgo serem grandes ou de situações com as quais não concordo.

Acabara de receber a maior e mais nobre lição de simplicidade, de humildade lúcida de que me lembro na minha vida.

Ainda hoje a estou a mastigar lentamente, para que ela fique bem presente em mim, para que aprenda que a Vida é muito mais do que ter casas, carros, dinheiro no banco, ter coisas. Viver bem, afinal, ensinou-me aquele conhecido, o que não via há muito. Viver bem é, afinal, um estado de alma, de alguém que está de bem com a vida, procurando lutar, estar sempre melhor, mas sem se embrenhar nos campos lodosos da revolta, da passividade.

Comecei a relembrar os conceitos vertidos em "O Livro dos Espíritos", "O Evangelho segundo o Espiritismo", "A Gênese", "O Céu e o Inferno" e "O Livro dos Médiuns", todos eles de Allan Kardec, e que formam a base da Doutrina Espírita (que não é mais uma seita nem mais uma religião, mas sim uma doutrina de tríplice aspecto: ciência, filosofia, moral).

Ah, quando todos souberem que afinal a vida é apenas uma, a desdobrar-se em infinitas oportunidades existenciais, neste e noutros planetas, bem como em diversos planos existenciais no mundo espiritual, as pessoas jamais se suicidarão por terem problemas, pois saberão que a morte do corpo de carne será apenas uma mudança brusca de "casa", com consequências terríveis para quem o faz, muitas vezes a repercutirem em vidas posteriores.

O estudo da doutrina espírita (poderá fazê-lo gratuitamente em qualquer centro espírita idôneo ou em www.adeportugal.org) é o melhor preservativo contra o suicídio, pois explica ao homem o porquê das suas dores e alegrias, a dissemelhança de oportunidades, quem somos, de onde viemos e para onde vamos.

Com o Espiritismo aprendi que vale a pena viver, custe o que custar, mas mais aprendi com a força notável do meu conhecido, que desceu do "muito rico" ao "paupérrimo", e que graças ao conhecimento espírita mantém uma serenidade e um bem-estar contagiantes, baseados na fé raciocinada que move montanhas...

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita