Viveremos sempre
Neio Lúcio
Filho, não
humilhes os
ignorantes e os
fracos.
Todos somos
viajores da vida
eterna.
Do berço ao
túmulo
atravessamos
apenas um ato do
imenso drama de
nossa evolução
para Deus.
Por vezes, o
senhor veste o
traje pobre do
operário humilde
para
conhecer-lhe as
duras
necessidades, e
o operário
humilde veste o
suntuoso traje
do senhor para
conhecer-lhe as
duras obrigações
na tarefa
administrativa.
Quando um homem
menospreza as
oportunidades de
tempo e dinheiro
que o Céu lhe
confia, volta ao
mundo em outro
corpo,
experimentando a
escassez de
tudo.
Não escarneças
do aleijado. Tua
boca poderá
cobrir-se de
cicatrizes.
Não recolhas os
bens que te não
pertencem. Teus
braços são
suscetíveis de
caírem
paralíticos, sem
que possas
acariciar o que
é teu,
provisoriamente.
Não caminhes ao
encontro do mal,
porque o mal
dispõe de
recursos para
surpreender-te,
talvez, com a
perturbação e
com a morte.
Ajuda e passa
adiante,
expandindo um
coração
compassivo para
com todas as
dores e cheio de
amor e perdão
para todas as
ofensas.
Quando não
puderes louvar,
cala-te e
espera, porque a
língua viciada
na definição dos
defeitos alheios
regressa ao
mundo em plena
mudez.
Quem chega
através de um
berço risonho,
na maioria dos
casos é alguém
que torna ao
campo da carne,
a fim de
restaurar-se e
aprender.
Assim como a
flor se destina
ao fruto que
alimenta, o teu
conhecimento
deve produzir a
bondade que
constrói e
santifica.
Lembra-te de que
longo é o
caminho e que
necessitaremos
trocar de corpo,
na direção da
vitória final,
tantas vezes
quantas forem
precisas, até
que a
indispensabilidade
da vestimenta
física se
desvaneça com as
encarnações
sucessivas...
Colheremos da
sementeira que
fizermos.
Não desprezes,
assim, os menos
felizes.
O malfeitor e o
vagabundo que se
deixaram
escravizar pelos
demônios da
preguiça são
igualmente
nossos irmãos.
Ajudemo-los,
através de todos
os meios ao
nosso alcance.
Nem sempre o
verdadeiro
infortunado é
aquele que se
debate num leito
de sofrimento.
Não olvides o
infeliz bem
trajado que
cruza as
avenidas da
ignorância, sem
paz e sem luz.
Filho meu,
voltaremos ainda
à Terra,
provavelmente,
muitas vezes...
O serviço de
redenção assim o
exige.
Ama a todos.
Auxilia
indistintamente.
Semeia o bem, à
margem de todas
as estradas.
Recorreremos ao
amparo de
muitos. É da Lei
do Senhor que
não avancemos
sem os braços
fraternos uns
dos outros.
Prepara, desde
agora, a
colaboração de
que
necessitarás, a
fim de
prosseguirmos,
em paz, montanha
acima! Sê irmão
de todos, para
que te sintas,
desde hoje, no
centro da grande
família humana,
e o Senhor
Supremo te
abençoará.
Do cap. 33 do
livro
Alvorada Cristã,
de Neio Lúcio,
obra
psicografada
pelo médium
Francisco
Cândido Xavier.