DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP
(Brasil)
Diferença entre
ectoplasmia e
materialização
de Espíritos
Para quem gosta
de ler, de
pesquisar, de
ouvir falar
sobre
Materialização
de Espíritos,
Ectoplasmia,
o certo é:
assisti a uma
sessão de
Materialização
ou assisti a uma
sessão de
Ectoplasmia?
Essas duas
expressões têm o
mesmo sentido?
Pesquisadores
denominam
médiuns de
ectoplasmia, ou
médiuns
ectoplastas, os
que produzem
ectoplasma. Há
nos meios pelos
quais se obtém
os fenômenos
físicos de
características
peculiares.
Ectoplasmia e
materialização
não denotam a
mesma coisa.
Ectoplasmia, ou
processo
ectoplasmático,
entende-se por
produto
temporário de
formações
estruturais,
mais ou menos
metódico. Por se
unir ao estudo
do
desprendimento
ectoplasmático,
esse termo
também é
empregado para
designar
“ciência do
ectoplasma”, por
causa da
faculdade que
alguns
raríssimos
médiuns possuem
para fazer
aparecerem
formas
materializadas
perto ou longe
deles.
Entende-se por
ectoplasma uma
substância
plástica de
natureza
híbrida,
possuidora de
alto poder de
dissolução,
sensível à
luminosidade do
Sol ou da
lâmpada
elétrica, afora
da lâmpada de
irradiação
avermelhada
feito a de
laboratórios
fotográficos.
(1) O ectoplasma
se dispersa com
a luz viva ou
retorna ao
organismo do
médium. Em plena
obscuridade, o
ectoplasma pode
se expor à vista
em diversas e
distintas fases,
a
modificar-se-lhe
as formas em
modelagem de
bastões,
alavancas,
espirais, fios,
cordas, teias
etc. e alguns
efeitos
apreciáveis. Em
contato com a
luz, a sua
estrutura
molecular
amolece,
interrompendo
assim o
seguimento
ectoplasmático
que, não raro,
assume
caracteres
anatômicos de
vegetais,
animais e até de
seres humanos,
total ou
parcialmente.
Ectoplasmia e
Materialização
— A ectoplasmia
não se resume na
produção
ectoplasmática
de Espíritos
materializados e
seus
correspondentes:
desmaterialização
e
rematerialização.
Já a
materialização
propriamente
dita de pessoas
desencarnadas e
até mesmo
encarnadas
(muitíssimo
rara) tem as
suas
particularidades.
A materialização
é termo
empregado para
designar
corporificação
não só de seres
humanos assim
como de objetos,
de plantas, de
flores, de
animais etc.
Trata-se de um
fenômeno
complexo e
observável sob
diferentes
pontos de vista,
a respeito do
qual ainda não
se pode inferir
uma categórica
enunciação.
A materialização
só pode se
processar
através da
emissão do
ectoplasma cujo
ponto culminante
resulta na sua
consistência.
Segundo um bem
conceituado
médico francês,
Gustave Geley
(1868/1924),
autor de
interessantíssimas
obras a esse
respeito, (1) o
ectoplasma,
quando emitido,
logo de início,
apresenta-se com
uma aparência
amorfa, ora
sólida, ora
vaporosa.
Acabamos de
dizer que o
processo
ectoplasmático
está ligado à
materialização —
talvez, por
isso, diversos
pesquisadores
entenderam-no
por sinônimo de
materialização,
perfeitamente
compreensível,
levando-se em
conta os
primeiros passos
metodológicos
investigativos e
a época em que
principiara o
interesse pelos
fenômenos
espirituais.
Eis sucintamente
o que
acrescentou
Geley acerca da
materialização:
Aí está a
ectoplasmia, um
fato simples
considerado em
si mesmo,
desprendido de
algumas
complicações que
deverão ser
estudadas mais
adiante, o fato
nu dissecado, se
assim podemos
dizer, na sua
estrutura
anátomo-fisiológica.
Não forma
agêneres
— Para certos
autores
hodiernos,
ectoplasmia não
se restringe à
formação de
agêneres
(figuras
humanas). A
diferença entre
ectoplasma e
materialização
acha-se mesmo no
modo pelo qual
se lhes
verificam os
fenômenos,
embora os fins
se equivalham. A
materialização
origina-se no
ato de um corpo
orgânico ou
inorgânico
tornar-se denso
ou mais ou menos
transparente
visto por todos
que o observem.
O termo
ectoplasmia foi
criado pelo
médico e
pesquisador
francês, Charles
Richet
(1850/1935),
duas vezes
vencedor do
prêmio Nobel de
Fisiologia.
Quanto à
pergunta de
início, você
pode dizer que
foi a uma sessão
de
materialização
assistir aos
fenômenos de
corporificação
parcial ou total
de Espíritos;
pode dizer que
foi a uma sessão
de ectoplasmia a
fim de apreciar
apenas efeitos
telecinéticos,
pancadas (raps),
o fenômeno de
pneumatofonia,
ou voz direta, o
de formas e
efeitos
luminosos, o de
suspensão e de
transporte de
objetos e até
mesmo a própria
materialização;
veja, você pode
ainda
simplesmente
dizer que foi
assistir a uma
sessão de
Efeitos Físicos.
Eu, por exemplo,
prefiro
denominar
“reunião de
efeitos
físicos”, em vez
de “sessão de
efeitos físicos”
ou de
“ectoplasmia”,
ou de
“materialização”.
O termo sessão
remete-se aos
exaustivos
ensaios
científicos de
antigamente os
quais tinham em
vista a prova
dos fenômenos;
sessão lembra as
lamentáveis
demonstrações em
casa de
espetáculos onde
falsos médiuns
cobravam
ingresso do
público para ver
supostos
Espíritos
materializados.
Acho melhor
reunião de
efeitos físicos.
Sabe por quê?
Porque os
fenômenos podem
até acontecer
num mesmo
instante,
dependendo
apenas do
emprego das
forças e
faculdades
humanas,
principalmente,
da competência
medianímica do
grupo de suporte
ao médium
físico, aquele
que é o
principal
emissor do
ectoplasma.
Notas :
1 - GELEY,
Gustave. L’Ectoplasmie
et la
clairvoyance,
observations et
expériences
personnelles
(A
ectoplasmia e a
clarividência).
S/ed. Paris: F.
Alcan, 1924. p.
190.
2 -
ANDRADE, Hernani
Guimarães. A
teoria
corpuscular do
espírito: uma
extensão dos
conceitos
quânticos e
atômicos à Ideia
do espírito.
São Paulo:
edição do
próprio autor,
1958, p. 207.
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