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O Espiritismo responde
Ano 6 - N° 264 - 10 de Junho de 2012
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI


 
 
Ester Rodrigues, do Rio de Janeiro-RJ, em carta publicada na edição passada, apresentou-nos as seguintes perguntas:

1) No culto do Evangelho no Lar, leio e peço em voz alta para as pessoas com doenças graves que conheço ou não. Faz mal pedir por eles no culto do lar e manter estes nomes em casa?

2) Frequento reuniões há 3 anos e observei que existem médiuns incorporados que dão passe mas não falam. Por que não falam se incorporam há tanto tempo?

3) Por que existem médiuns de incorporação que prestam caridade vestidos de branco e outros de roupas escuras ou cores fortes? Para mim, a cor da roupa não tem influência sobre o médium e sim sua conduta. Estou certa?

Segundo o que aprendemos na doutrina espírita, eis o que pensamos a respeito das questões propostas:

1) Orar pelas pessoas enfermas é um ato de caridade e nada há que se possa opor a ele. O que devemos evitar no culto do Evangelho no Lar é sua transformação em sessão de atendimento a desencarnados, porque tal tarefa, como sabemos, é realizada com maior proveito no ambiente de uma instituição espírita.

2) O médium passista – nome com que no Brasil designamos os tarefeiros do passe – pode ministrar o passe sem necessidade de incorporação. Divaldo Franco, no livro Diretrizes de Segurança, questão 69, afirma que o passe deve ser dado em estado de lucidez e absoluta tranquilidade, no qual o passista se encontre com saúde e com perfeito tirocínio, a fim de que possa atuar na condição de agente, não como paciente.

Segundo ele, os passes ministrados sob a ação de uma incorporação propiciam resultados menos valiosos, porque enquanto o médium está em transe ele sofre um desgaste, e aplicando o passe, ele sofre outro desgaste, o que significa um duplo dispêndio de forças. Por fim, explica Divaldo: “Os Espíritos, para ajudarem, principalmente no socorro pelo passe, não necessitam, compulsoriamente, de retirar o fluido do médium, nele incorporando. Podem manipular, extrair energia, sem o desgastar, não sendo, pois, necessário o transe”. 

Quanto a falar, a dizer alguma coisa, a dar alguma orientação aos que recebem o passe, eis procedimentos que não se coadunam com a tarefa. O passe deve ser ministrado em silêncio, sem comentário de nenhuma espécie. O atendimento fraterno e as orientações prestadas aos pacientes devem ser dados em outra oportunidade e não no momento do passe.

3) A leitora está certa: a cor da roupa não tem influência nenhuma sobre o resultado da atividade mediúnica. O que se recomenda, no tocante ao vestuário, é que ele seja simples e confortável, nada mais. A propósito do assunto, no cap. 25 do livro Desobsessão, André Luiz recomenda aos médiuns o uso do vestuário que lhes seja mais cômodo para a tarefa, alijando, contudo, os objetos que as pessoas costumam trazer jungidos ao corpo, como sejam relógios, canetas, óculos e joias.

 


 
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