ALTAMIRANDO
CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP
(Brasil)
Os
verdadeiros seguidores
de Jesus
Quando Jesus disse:
“Quem é minha mãe e quem
são meus irmãos?” e
"todo aquele que fizer a
vontade de Deus, esse
é meu irmão, minha irmã
e minha mãe” (Marcos,
3: 20-21 e 31 a 35;
Mateus, 12:46 a 50), é
evidente que ele não
renegou a sua mãe e seus
familiares, mas mostrou
que quem tiver afinidade
com os seus
ensinamentos, sejam seus
familiares ou não, são
seu irmão, sua
irmã e sua mãe.
Essa afinidade que o
discípulo precisa ter,
Jesus deixou claro
àquele que lhe pediu
licença para enterrar o
pai, que havia morrido,
quando lhe respondeu:
“Deixa aos
mortos o cuidado de
enterrar seus mortos:
quanto a ti, vai
anunciar o Reino de
Deus.” (Lucas, 9:59 a
60).
Em outras oportunidades,
Jesus deixa claro quem
pode, efetivamente, ser
seu discípulo:
“Se alguém vem a mim e
não odeia a seu pai e a
sua mãe,
a sua mulher e a seus filhos,
irmãos e irmãs,
mesmo a sua própria
vida, não pode ser meu
discípulo. – E quem não
carregue a sua cruz e me
siga, não
pode ser meu discípulo.
- Assim,
aquele dentre vós que
não renunciar a tudo o
que tem não pode ser meu
discípulo.” (Lucas, 14:
26 a 27 e 33).
“Aquele que ama a seu
pai ou a sua mãe, mais
do que a mim, de mim não
é digno: aquele
que ama a seu filho ou a
sua filha, mais do que a
mim, de mim não é
digno.” (Mateus, 10:37).
Ou seja, para ser
verdadeiramente
discípulo de Jesus e
seguir as suas pegadas,
há que ter
desprendimento total das
coisas materiais. No
entanto, não se atinge
este estágio da noite
para o dia, ou de uma
hora para a outra. O
item 8 do capítulo XI:
Amar ao próximo como a
si mesmo – de O
Evangelho Segundo o
Espiritismo (A
Lei de Amor), diz: “Em
sua origem, o homem só
tem instintos; quando
mais avançado e
corrompido, só tem
sensações; quando
instruído e depurado,
tem sentimentos”.
Esse é o estágio em que
estamos. Cabe-nos,
portanto, sermos como o
trigo da Parábola do
Joio e do Trigo.
(Mateus, 13:24 a 30). Na
vida, estamos em meio às
pessoas boas, que
representam o trigo e em
meio aos maus, que
representam o joio. Não
há como vivermos
separados. O que vai
distinguir uns dos
outros é o comportamento
e as ações de cada um.
Lembremo-nos do
ensinamento de Jesus:
“A lâmpada do corpo é o
teu olho. Se teu olho
estiver são, todo o teu
corpo também ficará
iluminado; mas se ele
for mau, teu corpo
também ficará escuro”.
(Lucas, 11: 34); ou: “A
lâmpada do corpo é o
olho. Portanto, se teu
olho estiver são, todo
teu corpo ficará
iluminado; mas se teu
olho estiver doente,
todo teu corpo ficará
escuro. Pois se a luz
que há em ti são trevas,
quão grandes serão as
trevas!” (Mateus, 6:22 a
23).
E ainda: “Vós sois o sal
da terra...” “Vós sois a
luz do mundo...”
(Mateus, 5:13 a 14).
Como o sal, que é
importantíssimo no
tempero dos alimentos e
é também incorruptível
(misturado a outras
substâncias, o gosto que
fica é o do sal), não
devemos nos corromper,
ante as facilidades do
mundo. E temos uma luz
dentro de nós, que não
deve ficar escondida,
mas dever ser levada a
todos os semelhantes.
Os bem-aventurados
entram sempre pela porta
estreita, que conduz aos
bons caminhos. Outros
tantos entram pela porta
larga, que conduz aos
caminhos maus,
insípidos, ruins. Ela é
larga porque são
inúmeras as paixões más.
A porta da salvação é
estreita porque ao
transpô-la, o homem está
sempre fazendo esforços
para vencer as más
tendências.
Como se vê na Parábola
do Festim das Bodas
(Mateus, 22:1 a 14);
(Lucas, 14: 15 a 24), os
que não reformularem sua
conduta e não se
esforçarem para vencer
os vícios e defeitos,
substituindo-os por
virtudes, terão
reencarnações dolorosas.
É o que se entende do
ensinamento de Jesus,
quando disse que “muitos
serão lançados nas
trevas exteriores, onde
haverá choro e ranger de
dentes.”