Em que perseveras?
"E
perseveravam na doutrina
dos apóstolos e na
comunhão e no
partir do pão e nas
orações." - Atos, 2:42.
Observadores menos
avisados pretendem
encontrar inteira
negação de
espiritualidade nos
acontecimentos atuais do
Planeta.
Acreditam
que a época das
revelações sublimes
esteja morta, que as
portas celestiais
permaneçam cerradas para
sempre.
E
comentam entusiasmados,
como se divisassem um
paraíso perdido, os
resplendores dos tempos
apostólicos, quando um
pugilo de cristãos
renovou os princípios
seculares do mais
poderoso império do
mundo.
Asseveram
muitos que o Céu
estancou a fonte das
dádivas, esquecendo-se
de que a generalidade
dos crentes entorpeceu a
capacidade de receber.
Onde a
coragem que revestia
corações humildes, à
frente dos leões do
circo? onde a fé que
punha afirmações
imortais na boca ferida
dos mártires anônimos?
onde os sinais públicos
das vozes celestiais?
onde os leprosos limpos
e os cegos curados?
As
oportunidades do Senhor
continuam fluindo,
incessantes, sobre a
Terra.
A
misericórdia do Pai não
mudou.
A
Providência Divina é
invariável em todos os
tempos.
A atitude
dos cristãos, na
atualidade, porém, é
muito diferente.
Raríssimos perseveram na
doutrina dos apóstolos,
na comunhão com o
Evangelho, no espírito
de fraternidade, nos
serviços da fé viva. A
maioria prefere os
chamados "pontos de
vista", comunga com o
personalismo destruidor,
fortalece a raiz do
egoísmo e raciocina sem
iluminação espiritual.
A Bondade
do Senhor é constante e
imperecível. Reparemos,
pois, em que direção
somos perseverantes.
Antes de
aplaudir os mais
afoitos, procuremos
saber se estamos com a
volubilidade dos homens
ou com a imutabilidade
do Cristo.
Do cap. 39 do livro
Vinha de Luz, de
Emmanuel, obra
psicografada pelo médium
Francisco Cândido
Xavier.
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