Exercício de Futurologia
É incrível constatar,
principalmente por meio
da internet, a
quantidade de grupos,
clubes e associações
dedicadas à cultura
esperantista. Vez ou
outra, ganham certa
notoriedade na mídia,
como foi o caso da
Associação de Educação e
Cultura Lázaro Luís
Zamenhof, de Pouso
Alegre – MG, que foi
pauta de uma matéria na
TV local.
No entanto, via de
regra, o movimento
esperantista segue
“silencioso”,
perpetuando-se através
das gerações; pois, só
para citar novamente o
exemplo dessa
associação, uma
reportagem, com não mais
do que 3 minutos, jamais
existiria, não fossem 10
anos de serviço de seus
abnegados trabalhadores,
dedicados à disseminação
da cultura e do idioma
criado por Zamenhof.
Não se pode ignorar,
porém, que 125 anos
atrás, essa cultura
surgia com um só homem,
incontestavelmente
animado de maneira
fervorosa por um ideal,
que hoje é compartilhado
por milhares de pessoas,
talvez mais de um
milhão. E não fossem as
duas grandes guerras do
século passado,
provavelmente esse
número seria muito
maior. Contudo, apesar
das adversidades, ele
não deixa de crescer,
porque todo grupo é um
multiplicador.
É, portanto, com base
nessa perspectiva que
nos permitimos fazer um
exercício de
futurologia, mesmo
porque o próprio
Zamenhof um dia afirmou
que no futuro as
crianças perguntariam
por que razão a
humanidade demoraria a
aceitar uma língua
neutra simples e
planejada para resolver
de vez os entraves das
fronteiras linguísticas
que teimam em dividir o
mundo. De certa forma,
cremos que isso de fato
ocorrerá, como aconteceu
um dia com os números
que utilizamos hoje e
são utilizados
internacionalmente como
patrimônio de todas as
nações.
Nesse exercício vemos
crianças tornadas
bilíngues após pouco
tempo de vida escolar.
Elas fazem pesquisas
sobre outros países por
meio de entrevistas com
crianças de várias
outras nações. E como se
comunicam? Esperanto, é
claro.
Elas se alegram ao
perceber que não há
grandes impedimentos
para viajar pelo mundo e
entender o que o mundo
pode lhes oferecer. Elas
são compreendidas e
compreendem, desfrutando
de um patrimônio
imaterial que um dia
começou com um sonho,
que, segundo o próprio
mundo de então, não
passava de um devaneio
louco, uma extravagância
da própria loucura,
tachado de idealismo e,
na melhor das hipóteses,
utopia. Um sonho que
hoje vai sendo regado
nesses pequenos grupos
de nobres sonhadores e
cultivadores do amanhã,
dando frutos pequenos e
doces, mas reais e
potencialmente
poderosos.
E de nossa parte,
felizes ao
experimentá-los, vamos
trabalhando e aguardando
o amanhã.
Confira a matéria sobre
a Associação Zamenhof:
http://www.youtube.com/watch?v=pHN3Hw-4ilw
Resolução
do 97º Congresso Mundial
de Esperanto
No site da Universala
Esperanto-Asocio, é
possível ler a Resolução
do 97º Congresso
ocorrido no Vietnã neste
ano. A seguir o
publicamos na íntegra
conforme tradução de
Ivan E. Colling,
presidente da Associação
Paranaense de Esperanto.
Com 125 anos, o
esperanto constrói
pontes para um mundo
mais justo e pacífico.
Reunindo-se em Hanói,
Vietnã, de 28 de julho a
04 de agosto de 2012, os
mais de 800
participantes do 97º
Congresso Mundial de
Esperanto reafirmam a
importância de uma
língua construída sobre
os ideais de paz,
amizade e respeito
mútuo.
Para pessoas de todos os
países e com diferentes
alicerces culturais, o
esperanto propõe um meio
prático e poderoso para
o contato direto, para o
conhecimento recíproco e
para a amizade profunda.
Para um mundo em que
ainda existem muitos
conflitos e injustiças,
o esperanto propõe uma
cultura de paz, a qual é
construída conjuntamente
por pessoas de todos os
continentes em um
ambiente igualitário.
Para uma comunidade
internacional que se
esforça para realizar os
Objetivos de
Desenvolvimento do
Milênio das Nações
Unidas, o esperanto
propõe um caminho
complementar de evolução
para uma parceria
mundial na qual
colaborem não apenas
estados com estados, mas
homens com homens.
125 anos após seu
surgimento, o esperanto
é cada vez mais usado
como ponte para a
amizade, para a paz e
para o desenvolvimento –
evolução acelerada pela
divulgação de outro
instrumento de
comunicação mundial, a
internet. Um entre
vários exemplos disso é
a inclusão, neste ano,
do esperanto como 64a
língua no sistema de
tradução em rede do
Google.
Convidamos homens de
todos os países a
utilizar esta ponte e a
colaborar em sua
construção, objetivando
um mundo mais justo e
pacífico, no qual
floresçam todas as
línguas e culturas.
Os bons ares do
Esperanto
É logo ali!
Em Buenos Aires, nos
dias 6 e 7 de outubro,
será realizado o 54º
Congresso Argentino de
Esperanto. O tema que
regerá o encontro é “O
Esperanto como ponte
para a Paz, Amizade e
Desenvolvimento”, além
da discussão em torno
dos temas: integração
regional, turismo e
economia.
Também nessa cidade, em
2014 ocorrerá o 99º
Congresso Mundial de
Esperanto, que
certamente contará com a
participação de muitos
esperantistas
brasileiros.
Para mais informações:
http://www.retkompaso.com.ar/
2013 terá
filme sobre a vida de
Zamenhof
O cineasta Joe Bazilio,
que já fez filmes como
Gerda Malaperis e La
Patro, ambos baseados em
livros esperantistas,
tinha a intenção de
lançar no congresso
mundial deste ano, em
Hanói, um documentário
sobre a vida do criador
do esperanto.
Infelizmente, o projeto
ainda não foi concluído,
mas, segundo informações
em seu site, no ano que
vem talvez o filme
esteja pronto,
tornando-se mais uma
valiosa contribuição
deste esperantista de
Formiga – MG para a
cultura esperantista,
assim como para sua
divulgação.
Convidamos os leitores
desta seção a conhecer
mais sobre o projeto de
Joe, que está bem
detalhado e ilustrado no
site:
http://imagufilmoj.wordpress.com/la-vivo-de-zamenhof/
André Luiz: diante
daqueles que nos
compartilham o caminho
A cada semana, propomos
uma frase de André Luiz,
do livro Sinal Verde,
psicografado por Chico
Xavier, vertida ao
esperanto por Allan
Kardec Afonso Costa.
Nesta, apresentamos a
tradução da frase
proposta na semana
passada:
“Serĉu iun hejman
detalon por laŭdi la
laboron kaj kareson de
tiuj, kiuj partoprenas
en via ekzistado.”
“Procure algum detalhe
caseiro para louvar o
trabalho e o carinho
daqueles que lhe
compartilham a
existência.”
Eis a mais nova:
“Estas necese rekoni la
diversecon de ŝatoj kaj
inklinoj de tiu, kiu
partoprenas nian vivon.”
Até a próxima!