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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 273 - 12 de Agosto de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 37)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. Que Espíritos constituíram na Terra a chamada raça adâmica?

Ela foi constituída de grande número de Espíritos ilustrados, mas decaídos de outro sistema cósmico. Embora seu exílio na Terra representasse para eles amarga penitência expiatória, o fato representou para o mundo em que vivemos um enxerto revitalizador, de importância enorme para a evolução do nosso orbe e dos que aqui habitavam. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XX, pp. 157 e 158.) 

B. Dos povos resultantes da raça adâmica, qual o mais desenvolvido?

Foi o que constituiu o antigo Egito, ao qual foi deferida uma missão especial e onde se organizaram escolas de iniciação religiosa mais profunda. A unidade de Deus era o alicerce de toda a religião egipciana, em sua feição superior. (Obra citada, 1a  Parte, cap. XX, pp. 158 e 159.)

C. De que modo podemos resumir a missão de Moisés?

Moisés reencarnou na Terra como o missionário da renovação, para dar à mente do povo a concepção de Deus Único, transferindo-a dos recintos iniciáticos para a praça pública. Contudo, porque a evolução dos princípios religiosos implica sempre o levantamento dos costumes, com a elevação da alma, teve de enfrentar batalhas terríveis do pensamento acomodado aos circuitos da tradição em que as classes se exploram mutuamente, agravando assim os próprios compromissos, para afinal receber os fundamentos da Lei, no Sinai. Desde essa hora, o conhecimento religioso, baseado na Justiça Cósmica, generalizou-se no âmago das nações. (Obra citada, 1a  Parte, cap. XX, pp. 159 e 160.) 

Texto para leitura 

145. Enxerto revitalizador - A Espiritualidade Sublime, amparando o homem, jamais lhe menosprezou a sede de consolo e esclarecimento. Quando mais angustiosos se lhe esboçavam os problemas da dor, com a guerra íntima entre a razão e a animalidade, grande massa de Espíritos ilustrados, mas decaídos de outro sistema cósmico, renasceu no tronco genealógico das tribos terrestres, qual enxerto revitalizador, embora isso representasse para eles amarga penitência expiatória. Constituiu-se desse modo a raça adâmica, instilando no homem renovadas noções de Deus e da vida. Levantaram-se então organizações religiosas primordiais. Povos nômades e agrupamentos escravizados ao solo por extremado gregarismo adotaram as mais estranhas formas de fé, a se emoldurarem por barbárie natural, através de intercâmbio fragmentário com o plano extrafísico. Os Espíritos exilados, presos à rede organogênica em que se lhes tecia o cárcere, no carro biológico, ainda profundamente primitivista, muita vez revoltados e endurecidos, aliavam-se às tabas selvagens, em cultos sanguinários e indescritíveis, desvairando-se nos mais aviltantes espetáculos de crueldade, em nome dos deuses com que fantasiavam as entidades inferiores do seu convívio doméstico. Alguns deles, no entanto, movidos de compunção, entraram em fervoroso arrependimento das culpas contraídas no mundo aprimorado de que provinham e, não obstante os embaraços que se lhes antepunham aos sonhos de recuperação, começaram instintivamente a formar núcleos isolados para o cultivo de meditações superiores, em sagrados tentames de elevação. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XX, pp. 157 e 158.)

146. Religião egipciana - Depois de longos e porfiados milênios de luta espiritual, surgem no mundo, como grupos por eles organizados, a China pré-histórica e a Índia védica, o antigo Egito e civilizações outras que se perderam no abismo das eras, nos quais a religião assume aspecto enobrecido como ciência moral de aperfeiçoamento, para mais alta ascensão da mente humana à Consciência Cósmica. Dentre todos, desempenha o Egito missão especial, organizando escolas de iniciação mais profunda. Em obediência aos requisitos da crença popular, herdeira intransigente das fixações mitológicas, mantém o sacerdócio cultos diversos a deuses vários, nas manifestações exotéricas dos templos descerrados ao povo. O lar e a escola, a agricultura e o comércio, as indústrias e as artes possuem gênios especiais que os presidem, em nome da convicção vulgar, mas, na intimidade do santuário, o monoteísmo dirige a implantação da fé. A unidade de Deus é o alicerce de toda a religião egipciana, em sua feição superior. Para ela, os atributos divinos são a vontade sábia e poderosa, a liberdade, a grandeza, a magnanimidade incansável, o amor infinito e a imortalidade. Em síntese, acredita que Deus plasmou os seus próprios membros, que são os deuses conhecidos. Cada um desses deuses secundários pode ser tomado como sendo análogo ao Deus Único, e cada um deles pode formar um tipo novo do qual se irradiam por sua vez, e pelo mesmo processo, outros tipos de deuses inferiores. Claro está que essa argumentação teológica, distanciada de mais altos roteiros da evolução, imaginava erroneamente potências espirituais centralizadas no Criador Excelso, quando só Deus tem a faculdade de verdadeiramente criar, mas o conceito expressa, em sentido lato, a solidariedade constante e inevitável que existe em todas as vidas de que se constitui a família do Supremo Senhor em todo o Universo. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XX, pp. 158 e 159.)

147. Missão de Moisés - Os padres tebanos conheciam, de maneira precisa, a evidência do corpo espiritual que pode exteriorizar-se de cada criatura para ações úteis ou criminosas. Cultivam a mediunidade em grau avançado, atendem a complexas aplicações do magnetismo, traçam disciplinas à vida íntima e comunicam-se com os desencarnados de modo iniludível, consagrando-lhes reverência especial. Nesse campo de conhecimento mais nobre, reencarna-se Moisés como missionário da renovação, para dar à mente do povo a concepção de Deus Único, transferindo-a dos recintos iniciáticos para a praça pública. Entretanto, porque a evolução dos princípios religiosos implica sempre o levantamento dos costumes, com a elevação da alma, o desbravador enfrenta batalhas terríveis do pensamento acomodado aos circuitos da tradição em que as classes se exploram mutuamente, agravando assim os próprios compromissos, para afinal receber os fundamentos da Lei, no Sinai. Desde essa hora, o conhecimento religioso, baseado na Justiça Cósmica, generaliza-se no âmago das nações, porquanto, através da mensagem de Moisés, informa-se o homem comum de que, perante Deus, o Senhor do Universo e da Vida, é obrigado a respeitar o direito dos semelhantes para que seja igualmente respeitado, reconhecendo que ele e o próximo são irmãos entre si, filhos de um Pai Único. A religião passa, desse modo, a atuar, em sentido direto, no acrisolamento do corpo espiritual para a Vida Maior, através da educação dos hábitos humanos a se depurarem no cadinho dos séculos, preparando a chegada do Cristo, o Governador Espiritual da Terra. As ideias da justiça e da solidariedade, dos deveres coletivos e individuais com a higiene do corpo e da mente atingem ampla divulgação. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XX, pp. 159 e 160.)

148. Os dez mandamentos - Os dez mandamentos, recebidos mediunicamente pelo profeta, brilham ainda hoje por alicerce de luz na edificação do direito, dentro da ordem social. A palavra da Esfera Superior gravava a lei de causa e efeito para o homem, advertindo-o solenemente: “Consagra amor supremo ao Pai de Bondade Eterna, n’Ele reconhecendo a tua divina origem. Precata-te contra os enganos do antropomorfismo, porque padronizar os atributos divinos absolutos pelos acanhados atributos humanos é cair em perigosas armadilhas da vaidade e do orgulho. Abstém-te de envolver o Julgamento Divino na estreiteza de teus julgamentos. Recorda o impositivo da meditação em teu favor e em benefício daqueles que te atendem na esfera de trabalho, para que possas assimilar com segurança os valores da experiência. Lembra-te de que a dívida para com teus pais terrestres é sempre insolvável por sua natureza sublime. Responsabilizar-te-ás pelas vidas que deliberadamente extinguires. Foge de obscurecer ou conturbar o sentimento alheio, porque o cálculo delituoso emite ondas de força desorientada que voltarão sobre ti mesmo. Evita a apropriação indébita para que não agraves as próprias dívidas. Desterra de teus lábios toda palavra dolosa a fim de que se não transforme, um dia, em tropeço para os teus pés. Acautela-te contra a inveja e o despeito, a inconformação e o ciúme, aprendendo a conquistar alegria e tranquilidade, ao preço do esforço próprio, porque os teus pensamentos te precedem os passos, plasmando-te, hoje, o caminho de amanhã”. (Evolução em dois Mundos, 1a  Parte, cap. XX, pp. 160 e 161.)


Glossário:

Acrisolamento: ato ou efeito de acrisolar, isto é, purificar, aperfeiçoar, sublimar, submetendo-se a provas.

Antropomorfismo: crença ou doutrina que atribui a Deus forma ou atributo humano.

Barbárie: estado de extremo primitivismo, com alto grau de incivilidade.

Cadinho: vaso metálico ou de material refratário, usado em operações químicas a temperaturas elevadas.

Compunção: pesar profundo, resultante da consciência de ter cometido má ação.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Cósmico: relativo ao Cosmo (Universo) e suas propriedades. Nos meios espiritualistas, a concepção de Cosmo abrange todo o Universal, por admitir a inter-relação de tudo o que existe, com o sentido espiritual de integração, independentemente de espaço e tempo.

Doloso: em que há dolo, erro praticado conscientemente, de má fé.

Eflúvio: emanação de energia.

Eletromagnético: que apresenta o efeito da interação entre carga elétrica e campo magnético.

Excelsitude: sublimidade, elevação.

Exotérico: diz-se do ensinamento que era transmitido ao público sem restrição, ao contrário de esotérico, ensinamento reservado a poucos iniciados.

Fragmentário: descontínuo, intermitente.

Fulgir: sobressair; brilhar, resplandecer.

Genealógico: relativo à genealogia, a qual trata da origem e linhagem dos seres.

Gregário: que faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando.

Gregarismo: instinto gregário.

Iniciação: ensinamento pelo qual se transmitiam, na Antiguidade, os conhecimentos relativos aos mistérios de uma religião.

Lato: amplo.

Mitológico: referente à mitologia, conjunto de mitos que fundamentaram as religiões politeístas.

Nômade: que pratica o nomadismo, vida errante, em que há constantes deslocamentos de uma região para outra.

Onda: forma de propagação de uma energia.

Organogênico: relativo à organogênese, a qual trata do aparecimento e do desenvolvimento dos órgãos no ser vivo.

Plasmar: dar forma a algo.

Primordial: que é dos primeiros tempos.

Raça Adâmica: segundo Emmanuel, no livro “A Caminho da Luz”, a raça adâmica foi formada com a encarnação de muitos milênios, de espíritos degredados de um dos orbes do sistema de Capela, estrela da constelação do Cocheiro. Essa raça deu origem às raças brancas, formando o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia, e lançando as bases de toda a organização necessária ao progresso das civilizações, com influência no seio das raças amarela e negra, que já existiam.

Reflexo: manifestação daquilo que encerra um sentimento, uma ideia.

Tebano: habitante de Tebas, cidade egípcia, capital do Alto Egito no segundo milênio a.C., situada à direita do rio Nilo, junto as atuais cidades de Lúxor e Carnaque.

Tentame: tentativa, ensaio.

Teológico: referente à teologia, estudo das questões pertinentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens.

Védico: relativo ao conjunto de textos sagrados que constituem a mais antiga literatura religiosa da Índia, bem como o fundamento da sua tradição religiosa (bramanismo e hinduísmo) e filosófica, conjunto esse conhecido como Vedas, que em sânscrito significa Saber.

 

Nota:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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