A. Que fato fez com que
os inimigos e
perturbadores de
Lisandra dela se
afastassem naturalmente
com o passar do tempo?
Foi a mudança de atitude
mental que se operara na
enferma. Em face disso,
seus inimigos e
perturbadores que
teimavam por manter a
constrição obsessiva
afastaram-se
naturalmente, na
sucessão do tempo. Além
disso, antes mesmo de
sua desencarnação,
Adelaide havia
providenciado a
colocação de dois
vigilantes que se
revezaram no apartamento
da enferma, logo que
esta se transferira para
o Leprocômio,
resguardando assim o
recinto dos malfeitores
desencarnados que ali
pululavam.
(Tramas do Destino, cap.
29, pp. 283 e 284.)
B. Nossa romagem
ascensional é cheia de
ocorrências imprevistas?
Não. Conforme as
palavras do Instrutor
Natércio, a roda das
vidas sucessivas
traz-nos de volta o que
ficou para trás, em
carência ou fartura,
como efeito natural da
marcha empreendida. Diz
Natércio: "Não sendo a
vida mais do que uma
sucessão de
experiências no corpo e
fora dele, formando um
todo harmônico a
impelir-nos para a
frente, é compreensível
que numa regularizemos o
que noutra defraudamos,
num ensejo recebamos o
reforço que acumulamos
no transato". Assim,
nenhuma ocorrência
imprevista sucede em
nossa romagem
ascensional e tudo se
encontra programado num
esquema de equilíbrio e
sabedoria
transcendentes, embora
nossas atitudes possam
alterar os quadros das
ocorrências a que
estamos submetidos,
apressando ou retardando
nossa marcha, consoante
a direção que
imprimimos ao
comportamento pessoal.
(Obra citada, cap. 30,
pp. 289 a 291.)
C. Há alguma relação
entre o fracasso ético
de uma Nação e os
desajustes familiares?
Sim. Pertence a todos
nós a responsabilidade
pelos problemas que
ocorrem no mundo, tais
como a miséria moral, os
governos despóticos, as
guerras, o desespero, a
opressão e as paixões
dissolventes. "O
fracasso ético de uma
Nação – diz Natércio –
decorre do desajuste
moral da sua família.
Quando alguém cai, a
Humanidade tomba com
ele; se se ergue, a
sociedade se levanta
nele... Por esta razão,
o esforço pessoal é
muito significativo, de
valor inapreciável a
benefício de todos."
Segundo o mencionado
Instrutor, todo
contributo de sacrifício
e abnegação, de que
possamos dispor, possui
significação
representativa e nesse
empreendimento ninguém
se pode escusar de
produzir e colaborar.
(Obra citada, cap. 30,
pp. 291 a 293.)
Texto para leitura
125. O caso
Lisandra concluía a sua
primeira etapa -
Como a humildade e a
resignação lhe
assinalassem os últimos
meses de existência,
Lisandra pôde
transubstanciar as
energias, o fluido vital
e receber dos operosos
benfeitores da técnica
de desencarnação
valioso concurso
espiritual. Ao se
operarem os mecanismos
de separação do
Espírito, com referência
aos despojos físicos,
cuidou-se de, nas zonas
ou centros da vida
vegetativa, que são os
últimos a serem
movimentados em qualquer
processo de
desencarnação,
extrair-se e
dispersar-se
convenientemente os
fluidos mais densos, que
poderiam servir de pasto
à vampirização dos
parasitas espirituais
que habitam as
necrópoles. Por outro
lado, graças à mudança
de atitude mental que se
operara na enferma, seus
inimigos e perturbadores
que teimavam por manter
a constrição obsessiva,
afastaram-se
naturalmente, na
sucessão do tempo.
Antes mesmo da
desencarnação, Adelaide
havia providenciado com
Natércio a colocação de
dois vigilantes que se
revezaram no apartamento
da enferma, logo que
esta se transferira para
o Leprocômio,
resguardando assim o
recinto dos malfeitores
desencarnados que ali
pululavam. Concluía-se,
pois, com êxito o caso
Rafael-Lisandra, na sua
primeira etapa. O porvir
se encarregaria de dar
curso ao programa
evolutivo de que ninguém
se poderá eximir,
porquanto é da Lei o
impositivo do
crescimento e da
felicidade. O radiograma
chegou à casa de Artêmis
e Rafael quando a
inumação já havia
ocorrido, estando o
Espírito de Lisandra em
repouso em local próprio
da esfera espiritual.
Epifânia, Dr. Armando e
Cândido, logo que
avisados, prestaram sua
solidariedade ao lar
amigo, visitado outra
vez por inevitável
provação. (Cap. 29, pp.
283 e 284)
126. O culto da
oração no lar dos
Fergusons - Em
casa de Artêmis, com a
presença do irmão Cássio
Martins, presidente do
"Francisco Xavier", e de
Epifânia, foi realizado
um culto de gratidão ao
Pai e de intercessão
pela filha. Martins fez
a oração inicial e
Hermelinda leu uma
página d' O Evangelho
segundo o Espiritismo
sorteada para o momento,
extraída do capítulo
XXIII, item 8: "Deixar
aos mortos o cuidado de
enterrar seus mortos".
"A vida espiritual é,
com efeito, a verdadeira
vida, é a vida normal do
Espírito, sendo-lhe
transitória e passageira
a existência terrestre,
espécie de morte, se
comparada ao esplendor
e à atividade da outra",
diz parte da mensagem,
que, uma vez lida, foi
objeto de formosos
comentários por parte de
Natércio, através da
mediunidade psicofônica
de Epifânia. O Mentor
Espiritual referiu-se,
então, com terna
alegria, ao primeiro
dia de Lisandra no
Grande Lar, após a
travessia difícil, de
que recolhia assim
abençoados resultados,
mediante o justo repouso
que desfrutava, após o
cansaço, as inquietações
e os acerbos
sofrimentos. O Instrutor
referiu também detalhes
quanto à desencarnação
de Lisandra e à
assistência prestada por
Adelaide, e solicitou a
todos que se mantivessem
em clima de confiança e
ternura, para auxiliar a
jovem em sua readaptação
à vida espiritual e no
seu posterior
despertamento, a fim de
que ela pudesse
prosseguir os
compromissos que ainda
lhe restavam. (Cap. 29,
pp. 285 a 287)
127. Um singular
encontro - O
tempo, em sua marcha
inexorável,
encarregou-se de
diminuir a dor da
saudade de Lisandra, e
seus familiares
prosseguiram na
obediente faina de
edificação do bem. Algum
tempo depois,
realizou-se no Centro
Espírita "Francisco
Xavier" uma reunião
muito importante, que
estabeleceria novos
rumos ao caso
Rafael-Lisandra.
Gilberto e Tamíris foram
levados em desdobramento
parcial pelo sono a esse
encontro, para tomarem
conhecimento das tarefas
futuras, comparecendo
também na mesma
oportunidade os pais de
Tamíris, os Fergusons,
Cândido, Dr. Armando e
Epifânia. Os convidados
conservavam ali regular
lucidez. Sabiam-se
reunidos por impositivo
de superior vontade, e,
diante do Mentor
Natércio, sentiam-se
custodiados por
verdadeiro anjo da
caridade. O Amorável
Instrutor, dando início
à reunião, explicou-lhes
desde logo o objetivo
daquele singular
encontro. "A roda das
vidas sucessivas
traz-nos de volta o que
ficou para trás, em
carência ou fartura,
como efeito natural da
marcha empreendida",
asseverou Natércio, que
elucidou: "Não sendo a
vida mais do que uma
sucessão de
experiências no corpo e
fora dele, formando um
todo harmônico a
impelir-nos para a
frente, é compreensível
que numa regularizemos o
que noutra defraudamos,
num ensejo recebamos o
reforço que acumulamos
no transato". O
Instrutor esclareceu,
então, que nenhuma
ocorrência imprevista
sucede em nossa romagem
ascensional e mencionou
um conhecido texto do
Evangelho de Mateus
(10:30), em que Jesus
afirma: "Quanto a vós
até os cabelos das
vossas cabeças estão
todos contados", para
demonstrar que tudo se
encontra programado num
esquema de equilíbrio e
sabedoria
transcendentes, embora
nossas atitudes possam
alterar os quadros das
ocorrências a que
estamos submetidos,
"apressando ou
retardando nossa marcha,
consoante a direção que
imprimimos ao
comportamento pessoal".
(Cap. 30, pp. 289 a
291)
128. Somos
responsáveis pelas
mazelas do mundo
- Em seguida, Natércio
aludiu aos problemas da
Terra, como a miséria
moral, os governos
despóticos, as guerras,
o desespero, a opressão,
as paixões dissolventes,
advertindo, contudo, que
a responsabilidade por
esse estado de coisas
pertence a todos nós.
"Todos somos
responsáveis por tudo,
possuindo valores
expressivos que devemos
investir no esforço
representativo de
modificar as atuais
estruturas, apressando a
técnica da vivência do
Cristianismo, ainda
intacta no Evangelho,
com que vitalizaremos as
aspirações e esforços de
enobrecimento para o
mundo melhor de amanhã",
asseverou o Dirigente
Espiritual. "Todo e
qualquer contributo de
sacrifício e abnegação,
quota mínima de que
possamos dispor, possui
significação
representativa",
acentuou Natércio. E
advertiu: "Nesse
empreendimento ninguém
se pode escusar de
produzir e colaborar".
Natércio lembrou então
aos irmãos que o ouviam
ser fundamental
resistir, erguendo
barreiras morais ante os
descalabros do momento:
"O fracasso ético de uma
Nação decorre do
desajuste moral da sua
família. Quando alguém
cai, a Humanidade tomba
com ele, se se ergue, a
sociedade se levanta
nele... Por esta razão,
o esforço pessoal é
muito significativo, de
valor inapreciável a
benefício de todos".
(Cap. 30, pp. 291 a 293)
(Continua no próximo
número.)