JOSÉ ANTÔNIO
VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, PR
(Brasil)
Histórias que
nos ensinam
No mundo em que
vivemos, muitas
vezes somos
obrigados a dar
testemunhos
difíceis, de
variadas ordens,
quer ligados à
nossa evolução,
redimindo-nos de
um passado
culposo, quer
ligado às
próprias
vicissitudes
causadas pela
condição moral
em que nosso
orbe se
encontra.
Nessas horas,
quando buscamos
a proteção
Divina para
melhor
suportarmos
esses momentos,
Deus, nosso
misericordioso
Pai, sempre
encontra uma boa
alma para,
através dela,
nos amparar.
Há
aproximadamente
uma década
passamos por um
momento bastante
delicado.
Tivemos que
redirecionar
drasticamente
nossa vida
profissional, em
virtude de
circunstâncias
delicadas,
surgidas de
forma
inesperada.
Fomos obrigados,
então, de forma
súbita, a
desfazer-nos de
nosso pequeno
patrimônio (um
apartamento e um
carro, já pagos)
e entrarmos na
ciranda dos
empréstimos.
Os anos foram se
passando, e um
veneno foi-se
instalando em
nossa alma: “Não
tenho nada! Que
será do futuro
para os meus?”.
Era um
pensamento que
me atormentava
diariamente. Só
me esquecia dele
quando estava
nas tarefas
espíritas, das
quais nunca me
permiti afastar,
embora, quando
diante das
adversidades da
vida, seja muito
comum
debandarmos.
Um dia, passou
por nossa região
o médium e
orador espírita
Divaldo Pereira
Franco e fui
convidado a
apresentá-lo
para o público
local. Assim que
terminou sua
conferência,
ficamos por um
instante à mesa,
aguardando se
formar a fila
para os
autógrafos dos
livros. E, nesse
pequeno momento
livre,
espontaneamente
ele se voltou
para mim e
começou a narrar
o seguinte fato:
“Sabe, um dia
Humberto de
Campos escreveu
por minha
mediunidade um
texto onde
descrevia uma
entrevista que
teria feito com
Francisco de
Assis, no mundo
espiritual.
Disse ter
perguntado a ele
se abraçaria
novamente a
pobreza caso
voltasse à
Terra, através
da reencarnação.
E Francisco
teria respondido
que não. Que
usaria tudo o
que o mundo tem
de moderno para
melhor divulgar
a mensagem do
Evangelho, mas
que não
precisaria
possuir aquilo
que usasse. Que
pregaria o
‘Despojamento’.
Usar, sem ser
dono”.
Divaldo olhou-me
quase
paternalmente e,
no mesmo
instante, a fila
começou a se
formar.
Senti um
profundo alívio
dentro de minha
alma. Trabalhava
em um
confortável
local que não me
pertencia, mas
onde estou há
quase vinte anos
pagando o
aluguel devido
pelo espaço.
Moro em uma casa
que facilita a
vida de todos de
minha família,
sem que ela seja
minha, mas que
nos proporciona
muito bem-estar.
Tenho um carro
muito seguro,
que pertence ao
banco, mas que
me possibilita e
aos meus a
facilidade da
locomoção.