Embora difícil de
ser entendida por
nós, simples
usuários do idioma,
a explicação que nos
dá a Gramática no
tocante à pergunta
do leitor é
conhecida dos que
estudam a língua
portuguesa.
Os substantivos
normalmente se
flexionam quanto ao
gênero. No caso dos
nomes dos seres
vivos, o gênero
corresponde, em
geral, ao sexo do
indivíduo. No caso
dos nomes dos seres
inanimados, o gênero
é tão-somente
gramatical, sem
qualquer ideia
relacionada com
sexo.
Exemplos:
Menino, menina;
filho, filha;
cantor, cantora;
ator, atriz; duque,
duquesa, etc.
Existem, contudo,
dois grupos de
substantivos que não
obedecem a essa
regra:
1. Comuns-de-dois,
que apresentam a
mesma forma, seja
para o masculino,
seja para o
feminino,
alterando-se apenas
o artigo ou o
adjetivo
pertinentes.
Exemplos:
O artista, a
artista; o viajante,
a viajante; o
intérprete, a
intérprete; o
mártir, a mártir;
belo artista, bela
artista; bom
intérprete, boa
intérprete.
2. Sobrecomuns,
que também
apresentam a mesma
forma no masculino e
no feminino, não
variando nem o
artigo nem o
adjetivo
pertinentes.
Exemplos:
O algoz, o carrasco,
a criança, a
testemunha, o
verdugo, a vítima.
Este é o caso da
palavra cônjuge. Eis
por que dizemos “o
cônjuge”,
referindo-nos ao
homem ou à mulher.
*
Muito utilizado na
linguagem dos
médicos, o adjetivo
sedentário
[do latim sedentariu],
quando aplicado à
espécie humana,
designa a pessoa que
é inativa e, ainda,
a que comumente vive
sentada ou anda e se
exercita pouco.
Sedentário designa
também aquele que
tem habitação fixa.