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Estudando a série André Luiz
Ano 6 - N° 275 - 26 de Agosto de 2012

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

Evolução em Dois Mundos

André Luiz

(Parte 39)

Damos continuidade ao estudo da obra Evolução em Dois Mundos, de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1959 pela Federação Espírita Brasileira.

Antes de ler as questões e o texto indicado para leitura, sugerimos ao leitor que veja, primeiro, as notas constantes do glossário pertinente ao estudo desta semana.

Questões preliminares 

A. A linguagem articulada, qual a conhecemos, é praticada no plano espiritual imediato?

Embora a imagem esteja na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum será transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. II, pp. 171 e 172.)

B. Quando se extirpa um órgão no corpo carnal – como o baço, por exemplo – o fato se dá também no corpo espiritual?

Não. Reportando-se ao centro esplênico, André diz que a extirpação do baço no corpo carnal não significa a anulação desse órgão no corpo espiritual, porquanto, interligado a outras fontes de formação sanguínea no sistema hematopoético, prossegue ele funcionando, embora imperfeitamente, no campo somático, atento às articulações do binário mente-corpo. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. III, pp. 174 e 175.)

C. As entidades desencarnadas mantêm as linhas morfológicas da última existência corpórea?

Sim. As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social a que se integram, são comumente aquelas que trouxeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados. A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. Em vista disso, a desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica, porquanto, fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem.  (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. IV, pp. 176 e 177.)

Texto para leitura 

153. Linguagem dos desencarnados - A linguagem dos Espíritos é, acima de tudo, a imagem que exterioriza de si próprio. Isso ocorre até mesmo no Plano Físico, em que alguém, sabendo refletir-se, necessita de poucas palavras para definir a largueza de seus planos e sentimentos, acomodando-se à síntese que lhe angaria maior cabedal de tempo e influência. Círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação, nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela grandeza moral, conseguem plasmar com as próprias ideias quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o ensinamento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de suprimento verbal, em livres circuitos mentais de arte e beleza, tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos mentais fechados e obsessivos, sobre as mentes que magneticamente jugulam. De acordo com o mesmo princípio, Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes oferecem sintonia, operam sobre elas à base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expedir os conceitos. Nessas circunstâncias, a mensagem expressa-se pelo sistema de reflexão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico anestesiado por ação magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias. Porém, embora reconheçamos que a imagem está na base de todo intercâmbio entre as criaturas encarnadas ou não, é forçoso observar que a linguagem articulada, no chamado espaço das nações, ainda possui fundamental importância nas regiões a que o homem comum será transferido imediatamente após desligar-se do corpo físico. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. II, pp. 171 e 172.) 

154. Corpo espiritual e volitação - Na metamorfose dos insetos, a histólise alcança notadamente os músculos e a máquina digestiva, atingindo apenas de leve o sistema nervoso e o sistema circulatório. Efetuado o processo histolítico, os órgãos diferenciados voltam à posição embrionária que lhes era característica e só então as células entram em segmentação, formando na histogênese os órgãos definitivos do inseto adulto, armado de recursos para librar na atmosfera. Do mesmo modo, após a transfiguração ocorrida na morte, a individualidade ressurge com naturais alterações na massa muscular e no sistema digestivo, mas sem maiores inovações na constituição geral, munindo-se de aquisições diferentes para o novo campo de equilíbrio a que se transfere, com possibilidades de condução e movimento efetivamente não sonhados, já que o pensamento contínuo e a atração, nessas circunstâncias, não mais encontram certas resistências peculiares ao envoltório físico. Ao homem comum, na encarnação, não é fácil a articulação de uma ideia segura com respeito às condições de seu próprio corpo espiritual, além-túmulo, porque a mente, no plano físico, está inteiramente condicionada ao trabalho específico que lhe compete realizar, inelutavelmente circunscrita aos problemas de estrutura, e, por isso mesmo, incapacitada de identificar o reino inteligente de raios e ondas, fluidos e energias turbilhonantes em que vive. Em que condições o corpo espiritual de um desencarnado sofrerá escoriações ou ferimentos?  “Dentro do conceito de relatividade - explica André Luiz -, isso se verifica nas mesmas condições em que o corpo físico é injuriado dessa ou daquela forma na Terra.” Falta, porém, terminologia adequada na linguagem terrestre para mais amplas definições do assunto. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. III, pp. 173 e 174.) 

155. Centros vitais e os “ovoides” - Como entender a mente em si, individualizada e operante, se as células do corpo espiritual têm vida própria como as do corpo físico? “O problema - assevera André - é de simples orientação, qual acontece numa fábrica de largas proporções em que a gerência, unificada em seus programas de ação, supervisiona e comanda centenas de máquinas com diversos implementos cada uma, convergindo todas as peças do serviço para fins determinados.” Na sequência, falando sobre a ordem de formação dos centros vitais no corpo espiritual, André disse que a formação dos centros vitais começou com as primeiras manifestações da plasmocinese nas células, sob a orientação das Inteligências Superiores, acentuando, porém, que ele não dispunha de particularidades técnicas para penetrar nesse domínio da ciência ontogenética. Depois, em se reportando ao centro esplênico, André informou que a extirpação do baço no corpo carnal não significa a anulação desse órgão no corpo espiritual, porquanto, interligado a outras fontes de formação sanguínea no sistema hematopoético, prossegue ele funcionando, embora imperfeitamente, no campo somático, atento às articulações do binário mente-corpo. Dito isto, André esclareceu uma dúvida pertinente à situação dos centros vitais nos “ovoides”. Eis o que ele então escreveu sobre o assunto: “Entendereis facilmente a posição dos centros vitais do corpo espiritual, restritos na ovoidização – apesar de não terdes elementos terminológicos que a exprimam –, pensando na semente minúscula que encerra dentro dela os princípios organogênicos da árvore em que se converterá de futuro”. (Evolução em dois Mundos, 2a  Parte, cap. III, pp. 174 e 175.) 

156. Linhas morfológicas dos desencarnados - As linhas morfológicas das entidades desencarnadas, no conjunto social a que se integram, são comumente aquelas que trouxeram do mundo, a evoluírem, contudo, constantemente para melhor apresentação, toda vez que esse conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados. A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica, porquanto, fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem. (N.R.: Em nota posta ao pé da página, André Luiz explica que essas ocorrências, para efeito de responsabilidade cármica e identificação pessoal, respeitam, via de regra, a ficha individual da existência última vivida pela pessoa na Terra, situação que perdura até novo estágio evolutivo, que se processa, seja na reencarnação, seja na promoção a mais alto nível de sublimação e serviço.)  Se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém o Espírito, nos planos inferiores, por tempo indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens, sendo certo que, nos planos relativamente superiores, sofre processos de metamorfose, mais lentos ou mais rápidos, conforme suas disposições íntimas. (Evolução em dois Mundos, 2a Parte, cap. IV, pp. 176 e 177.)

 

Glossário:

Arcabouço: estrutura que sustenta a forma de um corpo.

Baço: glândula vascular sanguínea situada no hipocôndrio esquerdo (parte lateral do abdome), que tem por função armazenar o excesso de glóbulos vermelhos produzidos pela medula óssea (tutano), desintegrar os glóbulos vermelhos velhos e liberar hemoglobina (substância proteica dos glóbulos vermelhos, a qual contém ferro, e é o elemento que leva o oxigênio aos tecidos, deles trazendo o gás carbônico).

Binário: o que é constituído de dois elementos, de duas unidades.

Célula: a menor unidade de função e de organização, nos seres vivos, que apresenta todas as características de vida.

Centro Esplênico: centro de força vital, no perispírito, relacionado com o plexo mesentérico e o baço, no corpo físico, que regula a distribuição e a circulação dos recursos vitais, e a formação e reposição das defesas orgânicas através do sangue. O plexo mesentérico é o entrelaçamento de ramificações nervosas localizadas na região do baço.

Centro Vital: designação comum de cada um dos centros de força existentes no perispírito, cuja função é a de assimilar energias cósmicas e espirituais.

Circuito: sucessão de fenômenos periódicos.

Condição Inversiva: inversão psicológica de um indivíduo, em relação às suas características sexuais físicas.

Corpo Espiritual: o perispírito, psicossoma.

Córtex Encefálico: camada externa do encéfalo (parte do sistema nervoso central contida na cavidade do crânio, onde estão centralizados os nervos que percorrem o corpo).

Espaço das Nações: zona do plano espiritual que se relaciona a cada nação no plano físico.

Expedir: transmitir.

Hematopoético: relativo a hematopoese, processo orgânico de formação dos glóbulos sanguíneos.

Histogênese: formação e desenvolvimento dos tecidos orgânicos.

Histólise: destruição ou dissolução de tecidos orgânicos.

Ideograma: símbolo que representa diretamente uma ideia.

Injuriar: ferir, causar dano.

Jugular: subjugar, oprimir, manter sob o jugo.

Librar: sustentar-se no ar.

Linguagem Articulada: linguagem mediante articulações dos órgãos fonadores, resultando na pronunciação das palavras.

Metamorfose: mudança de forma ou de estrutura, como o que ocorre durante fases da vida de alguns animais, como os insetos e anfíbios.

Morfológico: referente às características da forma.

Ontogenético: referente à ontogênese, que é o desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até a maturidade para reprodução.

Organogenético: relativo a organogênese, estudo do aparecimento e do desenvolvimento dos órgãos no ser vivo.

Ovoide: em morfologia, ovoide é a qualificação de órgão ou parte maciça em forma de ovo, a que se assemelha o “ovoide” resultante da deformação perispiritual causada por uma ideia fixa (monoideísmo).

Ovoidização: transformar-se em “ovoide”.

Pensamento Contínuo: pensamento constante, ininterrupto, que caracteriza a capacidade mental do homem, em oposição ao pensamento fragmentário (descontínuo), próprio dos animais irracionais.

Plasmar: dar forma a algo.

Plasmocinese: movimento do protoplasma (massa) da célula, que contribui para dar a esta as características de vida.

Plástico: relativo à modelagem de um corpo.

Psicosfera: halo formado em torno do corpo pela atmosfera psíquica individual.

Psicossomático: relativo ao psicossoma (corpo espiritual ou perispírito).

Reflexão: ação de retratar, espalhar; de reproduzir, traduzir; de exprimir, transmitir.

Regressão de Memória: processo de provocar em um paciente, através da hipnose, um retorno às condições ou estados por ele vivenciados no passado, de modo a fazê-lo reproduzir com certa fidelidade tais condições ou estados, que de outra forma seriam impossíveis de ser reproduzidos pelo paciente.

Segmentação: divisão celular do óvulo fecundado, primeira fase do desenvolvimento ontogenético dos metazoários (animais pluricelulares), que costuma verificar-se simetricamente.

Senectude: decrepitude, senilidade, velhice.

Sintonia: reciprocidade de influência determinando uma ação perfeitamente coordenada entre duas partes. O termo está relacionado com frequência vibratória, em que a sintonia é definida como a igualdade de frequência entre duas fontes de vibração; frequência é o número de vibrações por unidade de tempo, e vibração é o movimento periódico de um corpo que passa pelas mesmas posições em iguais intervalos de tempo (períodos).

Sistema Nervoso: sistema que constitui o mecanismo que permite ao animal um contato permanente com o meio onde se situa, determinando mudanças e atitudes úteis ao seu organismo. No homem,, como nos animais vertebrados, compreende o sistema central e o sistema periférico.

Somático: relativo ao corpo físico. 


Nota
:

Muitos termos técnicos usados na obra em estudo não se encontram nos dicionários que comumente consultamos. Clicando no link abaixo, o leitor terá acesso ao texto integral do livro Elucidário de Evolução em Dois Mundos, elaborado e publicado com esse propósito:
http://www.OCONSOLADOR\linkfixo\estudosespiritas\andreluiz\Elucidario.pdf



 


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