Considere as frases
abaixo e veja se
estão corretas:
Quando você vir o
dignitário, saúde-o
em meu nome.
João
nada ouvia, como se
houvessem várias
paredes
envolvendo-o.
Bastante perfumada,
a casa de Maria
rescendia a jasmins.
As
crianças logo se
entreteram com os
brinquedos da prima.
José,
ponha teu livro a
serviço da equipe.
Quando tu vires o
dignatário, saúda-o
por mim.
O leitor atento verá
que apenas a
primeira frase está
correta: Quando você
vir o dignitário,
saúde-o em meu nome.
Dignitário é assim
mesmo que se
escreve. A palavra
designa aquele que
exerce cargo
elevado, que tem
alta graduação
honorífica, que foi
elevado a alguma
dignidade.
Eis as demais
frases, devidamente
corrigidas:
João nada ouvia,
como se houvesse
várias paredes
envolvendo-o. (O
verbo haver com esse
sentido não se
flexiona quanto ao
número.)
Bastante perfumada,
a casa de Maria
recendia a
jasmins.
(Recender, que
significa cheirar
agradavelmente,
exalar, trescalar,
escreve-se assim,
sem “s” antes de “cender”.)
As crianças logo se
entretiveram
com os brinquedos da
prima. (Não
existe a forma
verbal “entreteram”.)
José, ponha seu
livro a serviço da
equipe. Ou então:
José, põe teu
livro a serviço da
equipe. (O
imperativo tem de
concordar com a
pessoa a que se
refere.)
Quando tu vires o
dignitário,
saúda-o por mim.
(Não existe a
palavra dignatário:
o correto é
“dignitário”, como
explicado logo
acima.)
*
Dois leitores
estranharam a frase
“entre mim e o
leitor” constante de
um texto publicado
no Blog Espiritismo
Século XXI.
Não seria melhor –
ambos perguntaram -
“entre eu e o
leitor”?
A dúvida levantada é
muito comum, mas a
frase "entre mim e o
leitor" está
correta.
Depois das
preposições “entre”
e “para” não se usa
o pronome “eu”, mas
sim o pronome
oblíquo “mim”,
assunto tratado
na edição n. 3 de "O
Consolador" nesta
mesma seção. Eis o
link:
http://www.oconsolador.com.br/3/questoesvernaculas.html