DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP
(Brasil)
Esquizofrenia,
estado
vibratório
perturbado da
Alma
Chamamos apenas
de estado
vibratório de
uma mente
desequilibrada
o que a Medicina
chama de
esquizofrenia...
Já dissera o
vetusto Platão:
“O grande erro
de nossa época
[da época dele,
e por que não da
nossa?] no
tratamento do
corpo humano é
os médicos
separarem a alma
do corpo”.
Psiquiatras
declaram saber
muito pouco
sobre essa
“doença”, vendo
nos medicamentos
pesados a única
saída para, no
máximo, um
controle de
sintomas.
Iniciemos nossas
considerações
sobre a mente e
o processo
mental. Antes,
mente é a
própria Alma, ou
Espírito
encarnado, ou
psique,
pensamento,
entendimento
etc. A mente
opera o ato de
formar ou
combinar
pensamentos,
ideias,
refletindo,
raciocinando e
abrangendo tudo
quanto vemos,
sentimos ou
alcançamos com a
inteligência.
Asseveramos de
novo a respeito
de mente (ou
nous,
physis, por
oposição a corpo
físico, segundo
antigos gregos):
é o efeito da
própria
sequência de
estados mentais
por meio dos
quais ela, ao
residir no
princípio de
suas demarcações
cognitivas,
manifesta seus
pendores.
Essa energia de
grande efeito dá
lugar aos
anseios que
exterioriza e às
diretrizes que
admite. Possui
uma força que
dela provém com
imensa aptidão
de produzir
admiráveis
reações
químicas, e das
mais variadas,
fragmentando ou
restabelecendo
os elementos de
um todo
matério-espiritual.
Nesse passo,
pensar é criar,
e
certas ideias
originam-se do
âmbito da razão
inerente a toda
criatura humana,
sob determinados
aspectos, em
geral,
subjetivos.
Falamos dessa
disposição
inata, adquirida
à força das
circunstâncias,
inseparável da
marcha
evolutiva: a
faculdade de
avaliar, julgar,
ponderar ideias
e estabelecer
relações
lógicas. Essa
capacidade pode
acolher um
conteúdo
luminoso, das
coisas santas,
ou encerrar em
si laivos de
sombra. A mente
ensombrecida
pela
intransigência
arrimada ao
orgulho e ao
egoísmo
certamente que
sofrerá as
injunções do
açoite da Dor
sem perceber
quanto seria
feliz pelos
recursos morais
que possui...
Obsessões
espirituais — A
Alma sob efeito
de refluídas
repulsas não
conseguirá mesmo
atinar para os
benefícios
salutares da
prece, da
meditação, da
vigilância e da
ação edificante
com o propósito
de exercer a
amizade fraterna
pura e
verdadeira, daí,
as obsessões
espirituais. De
desencarnado
para encarnado,
sucedem
perseguições
crônicas,
odientas,
vexatórias,
causadoras de
enormes danos ao
objeto do
rancor.
1
Por sinal,
escreveu Joanna
de Ângelis:
Vinganças
pessoais são
patenteadas por
temperamentos
empedernidos no
mal que se
resolveram
retardar a
marcha
ascensional, a
fim de
promoverem a
desdita dos seus
adversários,
apesar de também
pagando o preço
do sofrimento.
2
Nisso, a série
de casos entre
duas mentes
vencidas pela
amargura a que
se fixaram,
acaba criando
lamentável
seguimento de
alienação
obsessiva. Por
conseguinte, a
intensidade do
grau de débitos
morais de uma
para com a
outra, consoante
exigências da
Lei de Causa e
Efeito, dá
continuidade a
uma ordem de
fatos que
retornam ao fato
inicial, na
entrada e saída
de corpos em
trânsito pela
via do reparo.
Só assim, as
doenças
orgânicas e
mentais ensejam
à Alma
debilitada, pelo
ato de sofrer, a
responsabilidade
do seu inferno
particular,
motivado pelo
orgulho, pelo
melindre e a
antipatia. É o
que a lógica
espírita
explica, e
justifica!,
cujas provas
chovem aos
borbotões para
quem tem
olhos de ver e
ouvidos de ouvir.
Além de tais
argumentos,
dizemos de
passagem que, em
matéria de
assunto
patogenético, o
Espiritismo de
há muito
descortinou um
novo horizonte,
e “eles” não
viram... Tendo
em vista
diminuir as
misérias
humanas, no
campo sutil das
perturbações
traduzidas no
organismo
físico, o
Espiritismo
tornou manifesto
o que ficou
obscuro acerca
do assunto
espírito-matéria.
Só ele foi capaz
de demonstrar
singular
diferença entre
a cultura
terrestre e a
espiritual,
esclarecendo que
o corpo dos
homens não passa
de produto de
uma condensação
fluídica,
designado por
lei de
hereditariedade,
obedecendo
exclusivamente
aos imperativos
da existência
terrestre.
O brilho da luz
espírita, essa
luz viva,
intensa, vai ao
longe da simples
convicção de que
a Alma é
imortal, ao
estender mão
fraterna e
cooperante,
especialmente à
Psiquiatria e à
Psicologia.
Objetivando
tornar bem mais
inteligível o
sentido da zona
oculta do
complexo núcleo
das atividades
da mente, o
Espiritismo
realça ainda
mais a
inteligência
divina. Somente
na sabedoria
divina, dá ele a
saber, que
encontraremos as
cabíveis
respostas de
toda
coordenação, de
toda boa
proporção e
harmonia
universais em
seus pontos mais
entranháveis, do
contrário, a
soma dos
conhecimentos
científicos de
contínuo
gravitará em
torno do
acanhado círculo
das próprias
observações,
sobretudo no que
tange a doenças
do campo mental.
Em outras
palavras
tornamos a
referir: toda
enfermidade diz
respeito a
estados
vibratórios
perturbados da
Alma. Mas uma
grande parcela
de médicos e
suas
considerações
situadas de um
único lado acham
meras respostas
orgânicas.
Demoram-se em
hipóteses, por
vezes, obscuras,
ambíguas,
declaradas em
artigos, em
palestras para
no fim dizerem
que lhe
desconhecem a
causa.
Contradições
médicas — A
despeito de a
Organização
Mundial de Saúde
(OMS) admitir o
fator “humano
integral”,
relativo à
saúde, isto é,
ao estado de
bem-estar
completo da
criatura humana,
uma grande
parcela de
médicos prefere
ignorar esse
reconhecimento
em ordem. Saúde,
mais
explicitamente,
segundo conceito
da OMS, quer
dizer bem-estar
biológico,
social,
ecológico e
espiritual da
criatura humana.
Contrariamente a
esse claríssimo
enunciado, as
escolas de
medicina seguem
à margem dos
problemas
psicológicos
humanos.
Que
surpreendente
incoerência! O
Código
Internacional de
Doenças (CID)
reconhece o
estado de transe
medianímico como
algo congênito
ao homem e
inseparável
dele,
distinguindo-o
do estado de
transe mórbido.
Quem quiser
conferir, basta
verificar o
parágrafo 10 do
item F 44.3 do
referido código
em que se
destaca o
fenômeno
mediúnico de
incorporação,
considerando-o
perfeitamente
normal, pois,
ainda de acordo
com o CID, a
influência dos
Espíritos
através de
pessoas
(médiuns)
nada tem a ver
com doenças
psicóticas.
Mas os elementos
da classe médica
teimam em tatear
a matéria qual
se a causa dos
transtornos
psicóticos como
a esquizofrenia
se restringisse
à porção do
encéfalo que
ocupa, na caixa
craniana, toda a
parte superior e
anterior. Ora! A
mente é para o
cérebro o que as
ondas hertzianas
são para o
rádio!
Por exemplo:
Emmanuel disse
que a psicologia
e a psiquiatria,
entre homens
atuais, conhecem
tanto do
espírito quanto
um botânico que,
restrito ao
movimento do
círculo de
observações do
solo, tentasse
julgar um
continente vasto
e inexplorado
por alguns talos
de erva,
crescidos ao
alcance de suas
mãos...
O ideal seria o
médico procurar
saber até que
ponto a obsessão
espiritual
exerce
influência no
conjunto de
dados, em que se
baseia o gênero
da doença,
conforme
sintomas
oferecidos pelo
paciente.
Portanto, não vá
na conversa de
quem rotule de
psicóticas, de
esquizofrênicas
as pessoas que
dizem ouvir
vozes ou ver
vultos,
principalmente
na conversa
daqueles que
podem
empanturrá-las
de
antipsicóticos
fortes.
Se o prezado
leitor ou a
prezada leitora
souberem de
alguém próximo
ou distante que
ouve vozes ou vê
imagens
estranhas, não
significa que
ele seja uma
aberração da
Natureza. Tudo é
muito relativo.
A esquizofrenia
origina-se na
obsessão
espiritual que
pode se tornar
em lamentável
quadro de
imprevistas
consequências.
Enfim,
esquizofrenia,
no fundo, não
passa, algumas
vezes, de certo
grau de
mediunidade
latente, a
reclamar pra
ontem
reforma íntima e
serviço devotado
ao próximo com
Jesus por amor a
Deus.
Notas:
1 - Allan
Kardec, O
Evangelho
segundo o
Espiritismo,
62. ed. São
Paulo, Lake
— Livraria
Allan Kardec 2 -
Editora, 2001,
capítulo 10ọ,
item 6, p. 134.
2 - Divaldo P.
Franco, No
Limiar do
Infinito
(pelo Espírito
Joanna de
Ângelis), 1. ed.
Livraria
Espírita
Alvorada —
Editora, 1977,
tema 17, p. 129.
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