ÉDO MARIANI
edo@edomariani.com.br
Matão, SP
(Brasil)
Nossos hábitos e
a lei de
progresso
Na introdução do
livro “Prontidão
para Mudanças”,
de autoria do
companheiro José
Lázaro Boberg, o
autor tece
várias
considerações
sobre o hábito,
cujo estudo vale
ser analisado.
Ele escreve:
“Muitas vezes,
buscamos
respostas para
identificar as
nossas
diferenças
comportamentais,
fazendo
retrospecto no
roteiro dessa
existência e
verificamos que,
ao lado da
aprendizagem
atual, existem
outras, em
eterno
continuum,
que foram
sedimentadas ao
longo de
experiências
anteriores, e
não foram
aprendidas só
neste espaço de
existência
terrena. Para a
Psicologia, os
hábitos são
construções a
partir do
nascimento. Vale
dizer,
tão-somente
nesta vida. Para
a Doutrina
Espírita, no
entanto, são
reflexos das
experiências
acumuladas ao
longo de
vivências
milenares, que
se perdem na
noite dos
tempos”.
Continua ele: “A
tendência do
homem, em
relação ao novo,
é se acomodar a
manter-se nos
velhos hábitos,
já que o
Espírito, tendo
sedimentado
através do
tempo, nas
múltiplas
encarnações,
seus
conhecimentos e
experiências,
sente-se mais
seguro em manter
o seu lado
conservador.
Esse arcabouço
mental reflete a
personalidade
permanente de
cada um,
constituindo,
assim, a
estrutura
psicológica do
ser em evolução.
Enfrentar as
mudanças,
transformando-se,
sem
desestruturar-se,
é algo
angustiante de
ser encarado, o
que leva as
pessoas a se
acomodarem
naquilo a que já
se acostumaram a
fazer sem muita
dificuldade.
E após discorrer
sobre o universo
psicológico dos
homens, Boberg
aponta: “Há uma
ansiedade
perturbadora
pelo medo da
transformação,
pois tudo estava
dando tão certo
até agora!”,
afirmam as
pessoas. E o
medo de errar:
“O que vão
pensar de mim?”.
Surge a
angústia.
Dúvidas
avassaladoras
povoam a mente.
A dúvida, o medo
de quebrar
tabus, de
contrariar a
família, o grupo
social etc.
levam a pessoa à
acomodação ou à
assimilação.
Acomodando-se,
estaciona por um
tempo. Mudando,
encara a
situação,
construindo uma
nova visão de
vida.
Mudar é encarar
o novo, com
coragem,
encontrando
novos caminhos,
novas soluções.
Acomodar-se é
permanecer como
está, desertando
da
transformação. O
processo de
aprendizagem
leva-nos a
mudanças
constantes. O
Espiritismo nos
conduz à ideia
de “progresso
permanente”.
Para que o homem
possa progredir
é necessário
pensar
corajosamente em
mudar para
melhor, buscar
constantemente
novos caminhos,
novos hábitos
que construirão
seu futuro de
alegria e
felicidade.
Pensemos nisso.
Mudamos agora, o
possível em nós
mesmos,
acompanhando o
progresso
contínuo que
palpita no
Universo
inteiro. Não
sejamos
retrógrados a
mudanças, pois a
negação de
progredirmos
causará o nosso
estacionamento
espiritual e o
atraso em nossa
caminhada para a
evolução.