Trabalhemos
enquanto
há
tempo
Cairbar Schutel
(Espírito)
Irmãos e Amigos
no ideal do bem!
Que o Senhor nos
guie e proteja!
Não poderia
deixar de
agradecer-lhes a
lembrança
carinhosa que me
dispensaram por
ocasião do
evento que
comemorou minha
entrada na
existência
terrena nessa
última
encarnação.
Todavia,
sentir-me-ia
constrangido de
manifestar-me
pessoalmente
diante de tantas
homenagens,
quando apenas
cumpri meu
dever, conquanto
tenha sido
representado por
amigos muito
queridos,
Wallace e
Urbano.
Para o
verdadeiro
cristão e
espírita, o
maior laurel é o
trabalho
realizado em
prol de sua
própria elevação
moral e do amor
dispensado aos
mais
necessitados. Em
virtude disso,
permitam-me, com
o carinho de
irmão, externar
meu pensamento.
Confesso-lhes
que vejo, com
alguma
preocupação, o
destino dos
irmãos de ideal
espírita
encarnados no
planeta. Percebo
que o entusiasmo
com o
conhecimento,
aliado ao
trabalho
prático, dos
iniciadores do
movimento
espírita nos
seus primórdios,
não se reflete
nos
continuadores
atuais da grande
obra iniciada
pelo grande
Codificador,
Allan Kardec.
Com muitas e
louváveis
exceções, grande
parte dos
espíritas
mantêm-se
amodorrados em
relação à
verdadeira
vivência cristã.
Nunca houve
tanta facilidade
de adquirir
conhecimento
através da
literatura
espírita, que
convida à
renovação, ao
estudo, à
análise da
ciência, que
avança sempre.
Entretanto, todo
esse acervo
destina-se mais
às prateleiras
individuais,
enquanto o
discurso,
conquanto
baseado no
Evangelho de
Jesus ou em
outras fontes de
informação,
permanece no
reino da
palavra, sem a
consequente
aplicação
prática, apesar
dos grandes
exemplos que nos
foram
proporcionados
pela bondade de
Jesus, enviando
seus prepostos
às lides
terrenas.
No imenso teatro
do mundo,
campeia o
sofrimento e a
dor, a
ignorância e o
desinteresse, o
egoísmo e o
orgulho, a
vaidade e a
cobiça, os
vícios e o
prazer, entre
tantas outras
imperfeições
morais do gênero
humano. Debalde
o Alto tem
enviado seus
colaboradores
com a missão de
alertar aos
encarnados, que
ouvem, entendem,
mas prosseguem
insensíveis ao
chamado do Bem.
Tal se as lições
luminosas
trazidas pelo
Mestre nos
inolvidáveis e
alegres dias que
marcaram sua
passagem pelo
planeta, agora
aclarados pela
vinda do
Consolador ao
mundo —
mostrando a
realidade da
vida imortal, da
comunicação
entre as esferas
material e
espiritual, da
lei das vidas
sucessivas, que
permite ao
Espírito
aprender sempre
e ao mesmo tempo
reparar os erros
cometidos,
caminhando para
a perfeição —,
como se houvesse
proporcionado
certo comodismo
entre os
seguidores da
Terceira
Revelação, ao
considerar que
todos esses
conhecimentos
lhes permitissem
utilizar o tempo
— esse auxiliar
valioso — como
melhor lhes
aprouvesse,
visto que, se
estamos todos em
evolução e se
temos o tempo a
nosso favor, não
há motivos para
pressa.
Desse modo, uma
contradição se
estabelece entre
os espíritas.
Detentores de
informações
valiosíssimas,
permanecem
acomodados,
aproveitando a
existência e se
omitindo de
esforços para
vencer as más
inclinações e as
imperfeições
morais que ainda
lhes exornam o
caráter, sob o
pretexto de que
terão outras
encarnações para
tal mister.
Enquanto tal
estado de coisas
se processa,
queridos irmãos,
outros segmentos
da sociedade,
praticantes de
outras
denominações
religiosas,
ganham corpo e
energia,
procurando com
entusiasmo e
disposição
merecer o
propalado “Reino
dos Céus”.
Reconheço que no
movimento
espírita existe
muita gente que
trabalha com
vigor, buscando
a própria
iluminação e
estendendo seu
conhecimento aos
irmãos que tanto
necessitam de
orientação e
amparo.
Trago a
intenção, com
essas palavras,
talvez um tanto
duras mas
necessárias, de
acordá-los para
as realidades
maiores, visto
que nossa maior
vitória é a da
própria elevação
moral.
Irmãos de ideal
espírita! Não
nos esqueçamos
de que através
do advento do
Espírito de
Verdade somos os
herdeiros do
Consolador
Prometido,
recebendo
importantíssimos
esclarecimentos
para serem
repassados aos
demais
habitantes da
sociedade em que
estamos
inseridos, pois
a candeia não
pode ser
colocada sob o
candeeiro, mas
sobre o velador,
para iluminar a
todos.
Como seguidores
do Espiritismo,
a nova doutrina,
em “O Evangelho
segundo o
Espiritismo”
somos comparados
aos
trabalhadores da
última hora,
isto é, aqueles
que, chegando
por último, têm
pressa para
trabalhar,
demonstrando
maior
devotamento na
execução do
serviço. Esta é
uma realidade,
meus irmãos,
desde que
façamos jus ao
salário que
vamos receber ao
final da
jornada.
Deixo aqui,
portanto, meu
apelo:
Trabalhemos,
meus irmãos,
enquanto há
tempo, com
devotamento e
abnegação,
coragem e
alegria,
procurando
disseminar a paz
e a esperança em
todos os
momentos, no
aproveitamento
desse final de
ciclo.
Grandes
transformações
irão acontecer
nesse
encerramento de
uma Era e
consequente
início de outra,
a Era de
Regeneração, que
trará uma nova e
melhor vida para
quantos
conseguirem
permanecer aqui
no planeta
Terra. Para
isso, grandes
levas de
Espíritos
iluminados os
auxiliarão nessa
tarefa de
levarem o
conhecimento a
todos os
necessitados de
paz e luz.
Contem conosco.
Que o Senhor da
Vida e da Seara
nos ilumine cada
vez mais,
dando-nos forças
e coragem na
travessia das
provações, para
alcançarmos o
“Reino de Deus”
que, segundo o
Mestre, não está
aqui ou ali, mas
está dentro de
cada um de nós.
Recebam o abraço
amigo do
servidor
devotado,
Cairbar Schutel
(Mensagem
recebida por
Célia Xavier de
Camargo, em
Rolândia-PR, em
24/9/2012.)