Já faz muitos
anos que os
seres humanos se
perguntam se há
algo além da
vida. Muitas
culturas,
religiões e
doutrinas têm
sido baseadas na
crença de que os
mortos vão viver
em outros
mundos, vão ao
paraíso ou
reencarnam. Mas
o que
aconteceria se a
ciência nos
desse evidências
de que há vida
depois da morte?
Nas últimas
décadas, vários
cientistas e
médicos
pesquisadores de
várias
universidades do
mundo estão
revolucionando o
paradigma do
século XXI
mostrando
evidências de
que a
consciência de
fato sobrevive à
morte física.
Mediunidade no
laboratório
No Instituto
Windbridge no
Arizona, USA, a
Dra. Julie
Beischel está
conduzindo uma
pesquisa
importante para
demonstrar que
há vida após a
morte.
Basicamente,
utiliza três
métodos para
estudar o
fenômeno da
mediunidade:
proof-focused -
são testes
para verificar
que os médiuns
estão dando a
informação
correta;
process-focused
- estuda a
experiência dos
médiuns durante
as comunicações
espirituais;
applied-research
- examina
como a
informação dos
médiuns pode
beneficiar a
sociedade em
geral. Os
resultados da
Dra. Beischel
confirmaram a
hipótese de que
o espírito
sobrevive à
morte. Entramos
em contato com a
Dra. Julie
Beischel para
perguntar mais
sobre o método
científico que
aplica em suas
pesquisas. Ela
disse que
utiliza
controles muito
estritos para
pesquisar o
fenômeno de
mediunidade
através de um
programa
científico que
contém uma
quantidade
grande de dados:
”No Instituto
Windbridge,
estamos
interessados
principalmente
no estudo da
mediunidade.
Utilizamos o
método
científico e
controles
estritos para
pesquisar estes
fenômenos e o
programa de
pesquisa de
mediunidade
abrange uma
quantidade
enorme de dados.
Através de nosso
método
científico do
quíntuplo-cego
(protocolo
científico
realizado para
evitar
resultados
tendenciosos,
onde nem o
examinado
(objeto de
estudo) nem o
examinador
(pesquisador)
sabem das
variáveis do
estudo. No caso
do
quíntuplo-cego
são usadas 5
pessoas
diferentes para
ajudar na
analise dos
dados sem que
nenhuma delas
saiba do que se
trata o estudo).
Com médiuns
certificados
pelo Instituto
Windbridge,
podemos
demonstrar que
as informações
dos médiuns
sobre familiares
já mortos são
exatas, e, além
do mais, os
médiuns não têm
nenhum
conhecimento
prévio sobre a
família ou o
desencarnado”.
Além disso,
Beischel disse:
"Este
paradigma de
pesquisa é ideal
porque o
fenômeno da
mediunidade é
facilmente
replicável e
podemos trazer o
fenômeno da
mediunidade ao
laboratório”.
A pesquisa da
Dra. Beischel
certamente
demonstra que o
fenômeno da
mediunidade é de
fato autêntico.
No Brasil, a
mediunidade de
Chico Xavier foi
estudada pelo
Dr. Paulo Rossi
em 1991. Chico
Xavier ficou
conhecido pelo
seu trabalho
gratuito, pelo
qual publicou
mais de 400
livros recebidos
de mais de 600
autores
espirituais, e
também recebia
cartas de
pessoas já
falecidas. O
estudo do Dr.
Paulo Rossi
confirmou que
93,3% das
pessoas que
visitavam Chico
Xavier não o
conheciam; 62,2%
das mensagens
mostraram mais
de seis fatos
reais cada uma e
71,1% continham
informações
detalhadas sobre
pessoas
falecidas, que
foram
posteriormente
confirmadas como
verdadeiras por
suas famílias.
Rossi concluiu
que as
informações
reveladas por
Chico Xavier de
fato provêm de
espíritos de
pessoas mortas e
não são
resultado de
qualquer classe
de fraude.
Em 2004,
Alexander
Moreira de
Almeida concluiu
sua tese de
doutorado pela
USP, na área de
experiências
mediúnicas.
Almeida estudou
115 médiuns
espíritas que
seguem a
doutrina
codificada por
Allan Kardec,
com o objetivo
de construir seu
perfil
sociodemográfico
e para comprovar
sua saúde
mental. Os
pesquisadores
concluíram que a
maioria dos
médiuns
desenvolveu sua
mediunidade
durante a
infância e
mostraram altos
níveis
socioeducativos.
Além disso, os
resultados
mostraram um
nível muito
baixo de
desordens
psiquiátricas
entre os
médiuns. Esse
estudo mostra
que os médiuns
que com
frequência são
tachados como
“loucos” são, na
verdade, pessoas
sem quaisquer
problemas
psicológicos e
apresentam um
nível muito alto
de escolaridade.
O Dr. Sérgio
Felipe de
Oliveira, da USP
de São Paulo,
usa técnicas de
difração de
raios X,
tomografia
computadorizada
e ressonância
magnética para
explicar a
relação entre a
glândula pineal
e a mediunidade.
Dr. Sérgio
demonstrou que
médiuns de
incorporação
possuem mais
cristais de
apatita na
glândula pineal
e que durante o
momento de
comunicação
espiritual os
médiuns possuem
alta atividade
cerebral e
aumento de fluxo
sanguíneo na
região da
glândula pineal.
A hipótese do
Dr. Oliveira é
que a glândula
pineal é o órgão
sensorial da
mediunidade.
Pesquisas sobre
experiências de
quase-morte
No King´s
College de
Londres está
acontecendo uma
revolução no
mundo da
tanatologia, o
estudo
científico sobre
a morte. O
pesquisador e
médico Peter
Fenwick está
fazendo
experimentos
detalhados sobre
um fenômeno que
acontece entre
as 24 e 48 horas
antes e depois
da morte e
também no
momento da
morte. As
experiências de
quase-morte se
referem ao
conjunto de
visões ou
sensações
frequentemente
associadas a
situações de
morte iminente.
Essas sensações
incluem:
experiência fora
do corpo;
levitação; medo
extremo;
serenidade
total,
segurança, calor
e a presença de
uma luz. Esses
fenômenos são
normalmente
informados após
uma pessoa ter
sido considerada
clinicamente
morta e que
depois volta à
vida. Dr.
Fenwick estuda
as visões de
pessoas que
estão internadas
e que falam com
parentes já
mortos. Também
pesquisa
coincidências de
desencarnados
que contactaram
alguém somente
para dizer que
ela/ele havia
morrido. “Esses
acontecimentos
ocorrem com
muita frequência
e em grande
porcentagem dos
casos e afirmam
que a
consciência é
diferente do
cérebro”,
conclui Dr.
Fenwick.
O Dr. Kenneth
Ring, da
Universidade de
Connecticut e
Sharon Cooper,
da Universidade
de Nova York,
fizeram um
estudo de dois
anos sobre as
experiências de
quase-morte em
deficientes
visuais, com
resultados
espantosos. Os
resultados foram
publicados no
livro
Mindsight
(1999), o qual
comprovou que 31
pessoas cegas
que passaram
pela experiência
de quase-morte
descreveram a
experiência de
terem podido ver
pela primeira
vez em suas
vidas, dando
detalhes de
procedimentos
médicos na mesa
cirúrgica.
O médico
oncologista
Jeffrey Long,
que dirige a
fundação de
pesquisa sobre
experiência de
quase-morte
(http://www.nderf.org),
tem recolhido
mais de 2.500
estudos de casos
em todo o mundo
de pessoas que
tiveram esse
tipo de
experiência. Por
usar o método
científico em
sua pesquisa,
decidimos
contatar Dr.
Long para
descobrir mais
sobre seu
trabalho. Em
nossa
entrevista,
feita por
e-mail, ele nos
declarou:
“Minha área
profissional
está baseada em
pesquisas sobre
experiências de
quase-morte. Em
minha opinião,
as experiências
de quase-morte
proporcionam uma
das maiores
evidências
científicas da
vida após a
morte”.
Em seu livro
Evidence of the
Afterlife
(Evidências da
vida após a
morte), Dr. Long
faz um resumo
das linhas de
evidência que
apontam a
veracidade das
experiências de
quase-morte: os
pacientes
clinicamente
mortos
experienciam: 1)
consciência
clara; 2)
experiências
reais fora do
corpo; 3)
sentidos
aguçados; 4)
consciência
durante a
anestesia; 5)
lembranças
claras de
reencontros com
familiares
falecidos. Além
disso, Dr. Long
confirma que as
experiências de
quase-morte em
crianças são as
mesmas que em
adultos, que
experiências de
quase-morte
ocorrem no mundo
todo e que as
pessoas que
passam por
experiências de
quase-morte
geralmente
promovem uma
mudança de vida
significativa.
Terapia de
Regressão de
Vidas Passadas e
Reencarnação
As pesquisas em
regressão de
vidas passadas
constam de
práticas
baseadas em
evidências. Os
resultados
provêm de
questionários
que são
preenchidos
antes e depois
da terapia com
um número grande
de participantes
com um tipo
específico de
problema e
inclui um grupo
de controle para
demonstrar sua
efetividade (o
duplo-método
científico
cego). Entre
1985 e 1992,
Hazel Denning,
fundador da
Associação
Internacional
para Pesquisa de
Regressão e
Terapias
(http://www.iarrt.org),
estudou os
resultados de
oito terapeutas
de regressão com
aproximadamente
1.000 pacientes.
Os resultados
foram medidos
imediatamente
após a terapia,
com
acompanhamento
de seis meses,
um ano, dois
anos e cinco
anos após a
terapia. Dos 450
pacientes que
puderam ser
localizados após
cinco anos, 24%
informaram que
seus sintomas
tinham
desaparecido
completamente,
23% confirmaram
uma grande
melhora, 17%
confirmaram uma
melhora, e 36%
não obtiveram
nenhuma melhora.
Em geral, isto
faz um saldo
positivo de 64%.
O psicoterapeuta
Dr. Brian Weiss,
do Centro Mount
Sinai em Miami,
USA, que se
declarava
cético, mudou de
opinião e
decidiu
pesquisar o
fenômeno da
reencarnação e
espiritualidade
ao constatar que
uma de suas
pacientes, após
recordar uma
vida passada,
podia dar
detalhes
impressionantes
sobre seu filho
já morto. Ele
também constatou
que durante a
sessão de
hipnose seus
pacientes diziam
ver professores
(Espíritos). Dr.
Weiss teve a
oportunidade de
conversar com
tais
professores, que
lhe deram
informações
detalhadas sobre
assuntos que a
paciente
desconhecia.
Depois de muita
investigação,
Dr. Weiss
escreveu vários
livros, entre
eles Many
Lives, Many
Masters (Muitas
vidas, muitos
mestres),
Messages from
the Masters
(Mensagens dos
mestres), Only
love is real,
(Somente o amor
é real), entre
outros, nos
quais explica a
realidade da
reencarnação e
do mundo
espiritual numa
perspectiva
psiquiátrica.
Dr. Ian
Stevenson,
falecido em
2007, era um dos
pesquisadores
mais conhecidos
na área da
reencarnação.
Ele atuava na
Universidade da
Virgínia.
Stevenson não
utilizava o
método de
hipnose para
verificar se uma
pessoa teve uma
lembrança de uma
vida anterior.
Ao contrário,
ele estudou
milhares de
casos em
crianças nos
Estados Unidos,
na Inglaterra,
Tailândia,
Birmânia,
Turquia, Líbano,
Canadá, Índia
etc. Primeiro,
ele verificava
toda a
informação sobre
a vida anterior
da criança.
Depois,
identificava o
desencarnado que
a criança dizia
ter sido na vida
anterior. Mais
tarde,
confirmava os
fatos da vida
passada do
desencarnado que
coincidiam com
as lembranças
das crianças.
Ele também
comparava marcas
no corpo e
defeitos de
nascimento das
crianças com
feridas e
cicatrizes que
os desencarnados
possuíam quando
vivos, tudo isso
confirmados por
registros
médicos.
Dr. Jim Tucker,
diretor médico
da Clínica
Psiquiátrica
Child and Family,
da Universidade
da Virgínia, é o
atual sucessor
do Dr. Stevenson.
Nós entramos em
contato com Dr.
Tucker para
saber um pouco
mais sobre as
provas da vida
após a morte.
Ele respondeu: "As
provas mais
importantes da
vida após a
morte, além das
experiências de
quase-morte, são
as pesquisas com
médiuns,
relatórios
detalhadamente
estudados de
aparições e
lembranças de
vidas passadas
em crianças. Ian
Stevenson passou
40 anos
estudando tais
casos, onde a
maioria deles
vinha de
culturas com uma
crença em
reencarnação. Eu
agora estudo os
casos
ocidentais, e os
resultados são
praticamente os
mesmos”.
A ciência da
vida após a
morte
A ciência do
pós-morte foi
investigada do
ponto de vista
judicial pelo
advogado
australiano e
escritor Victor
Zammit. Ele
afirma que todas
as provas que
ele reuniu sobre
a vida após a
morte são
bastante fortes
para serem
aceitas em
qualquer
tribunal
(http://www.victorzammit.com).
Em seu livro
A Lawyer
Presents the
Case for the
Afterlife
(2006, 4ª ed.)
Zammit mostrou
23 áreas
diferentes que
demonstram a
existência de
vida após a
morte. Ele
propôs um
desafio para os
cientistas, pelo
qual pagaria U$
1.000.000 para
que alguém
provasse que não
há vida após a
morte!
Atualmente, há
numerosos
estudos sendo
conduzidos na
área de
espiritualidade
e vida após a
morte, em que os
cientistas estão
utilizando
tecnologias de
ponta e métodos
científicos. A
pesquisa
pioneira de
Raymond Moody e
Elisabeth
Kübler-Ross tem
contribuído para
o
desenvolvimento
dessa área.
Podemos citar
vários outros
nomes, como, por
exemplo,
Erlendur
Haraldsson, da
Universidade de
Islândia, Morris
Netherton,
terapeuta de
vida passada, o
psicólogo Peter
Ramster, o
psicoterapeuta
Andy Tomlinson,
o cardiologista
Pim Van Lommel e
muitos outros.
Embora vários
pesquisadores
estejam
encontrando
evidências
impressionantes
que sugerem que
há vida após a
morte, ou pelo
menos a
sobrevivência da
consciência,
eles ainda não
sabem como
explicar como
tudo funciona...
É, às vezes a
ciência funciona
desta maneira.
Um exemplo
clássico são os
astrônomos e os
astrofísicos que
podem
identificar uma
relação entre os
ciclos de
atividade do Sol
e o clima na
Terra, assumindo
que esta relação
existe, apesar
de não saberem
como funciona,
como explica o
professor Sami
Solanki, do
Instituto Max
Planck, do
Departamento de
Pesquisa do
Sistema Solar na
Alemanha(http://tinyurl.com/77taz9c):
“A correlação
entre os ciclos
solares e o
clima terrestre
não tem sido
demonstrada”.
Então, por que
estudam esta
correlação se
ainda não sabem
que isto
realmente
existe? A
resposta é
simples: é
porque eles têm
observado
evidências que
sugerem que isso
pode ser desta
maneira. Pois
bem, parece que
estamos em uma
situação muito
similar com os
estudos sobre a
vida após a
morte. Os
pesquisadores
têm observado
evidências que
sugerem que a
consciência
sobrevive à
morte física,
mas ainda não
conseguem
entender bem
como isso
funciona. Se nos
dois casos a
ciência ainda
não foi capaz de
demonstrá-los,
então, nós ainda
não podemos
rechaçar a
possibilidade de
uma possível
existência da
vida após a
morte!
(*)
Participou na
elaboração deste
artigo Mado
Martínez,
também radicada
na Espanha.
Elaine Cristina
Vieira é
fisiologista e
pesquisadora PhD
na área de
doenças
metabólicas em
Barcelona,
Espanha.
Mado Martínez é
filóloga e está
concluindo
pós-graduação em
estudos de
culturas e
tradições na
Universidade de
Alicante,
Espanha. Ela
mantém na
internet o
website http://www.madomartinez.com.