LEONARDO
CASSANHO FORSTER
leo.cassanho@yahoo.com.br
Cuiabá, MT (Brasil)
Personalidades e o
Esperanto
Em materiais escritos
tanto em esperanto
quanto destinados a sua
divulgação, é comum
encontrar frases de
apologia ao idioma,
proferidas por
personalidades como
Gandhi, Einstein e
outras pessoas de vulto.
Muitos, famosos ou não,
foram aqueles que se
entusiasmaram com as
novas perspectivas de
comunicação oferecidas
por essa língua de apelo
extremamente democrático
e humanista.
Antes da crescente
hegemonia da língua
inglesa, principalmente
durante a chamada Guerra
Fria, compreendendo
sobretudo a segunda
metade do século XX, o
Esperanto atraiu
diversas pessoas em todo
mundo que estavam
sensíveis aos problemas
impostos pelo babelismo
e pela divisão do globo
em blocos marcados cada
um pela influência que
determinadas línguas
exerciam sobre outras, e
em muitos casos ainda
exercem.
Como, até meados do
século passado, a língua
inglesa, apesar do
lastro conseguido com as
conquistas do império
britânico, “onde o sol
jamais se punha”, ainda
não contava com uma
espécie de cega
unanimidade como idioma
econômico internacional,
era mais fácil que o
esperanto repercutisse
entre pensadores e
intelectuais como uma
solução para simplificar
a comunicação
transnacional.
Infelizmente, durante os
anos que se seguiram, a
humanidade testemunhou a
disseminação e
supervalorização da
língua inglesa como meio
de comunicação
internacional,
assalariada não por
interesses humanistas,
filosóficos,
científicos,
democráticos ou
facilitadores do
intercâmbio entre os
povos, mas, sim, dos
interesses do mais puro
e evidente capitalismo,
e do plano de poder
mundial protagonizado
pelos EUA e mascarado
pelo “american way of
life”.
Contudo, hoje o mundo
volta cada vez mais a
sofrer com um processo
de multipolarização, em
que o inglês vai
perdendo sua força para
o Chinês, e onde até a
língua portuguesa falada
no Brasil vai ganhando
expressividade na
comunidade
internacional, ao atrair
para seu aprendizado
pessoas ainda motivadas
pelo uso da língua
relacionado ao aumento
de oportunidades no
campo econômico.
Por esse motivo, até
quando a utilização do
esperanto como idioma
internacional neutro
será postergado ainda é
uma incógnita, no
entanto, enquanto isso
ocorrer, mais uma vez a
humanidade será obrigada
a improvisar nas
relações internacionais
com o emprego de idiomas
nacionais, cujo
aprendizado demanda
enorme dedicação de
tempo e dinheiro se
comparado ao idioma de
Zamenhof.
Júlio
Verne e o entusiasmo
pelo Esperanto
O renomado escritor
francês Júlio Verne,
conhecido sobretudo por
seus romances de ficção
científica, teve, em
seus últimos anos de
vida, contato com o
idioma criado por
Zamenhof. Tinha,
inclusive, o intuito de
mencionar a língua
internacional em um
romance que,
infelizmente, não chegou
a concluir.
Aos esperantistas que
desejarem saber mais,
indicamos o link a
seguir:
http://www.esperanto-panorama.net/dosierujo/eo/verne.htm
Olavo
Bilac e as estrelas
verdes
O também chamado
“Príncipe dos Poetas”,
Olavo Bilac, embora não
fosse esperantista,
encantou-se com a ideia
da existência de um
idioma internacional
neutro, tratando de
apoiá-lo no início do
século XX. Tornou-se
conhecida sua frase: “O
Esperanto é uma língua
simples, harmoniosa e
dúctil”.
Em 1907, no terceiro
número da Brazila Revuo
Esperantista (Revista
Esperantista
Brasileira), foi
publicada a versão em
esperanto do soneto
Ouvir Estrelas (Aŭdi
Stelojn), produzida por
Daltro Santos.
Para ler a versão em
esperanto:
http://eo.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac
Guimarães Rosa e o
Esperanto
No site Almanaque
Brasil, encontramos
interessante texto cujo
conteúdo, em parte,
entendemos por bem aqui
reproduzir. Ele trata de
um grande nome da
Literatura Brasileira do
séc. XX, conhecido por
ser poliglota e
esperantista.
“Em 1929, o escritor
Guimarães Rosa, já um
jovem poliglota, é
convocado para resolver
um problema linguístico.
Com apenas 21 anos,
trabalhava na Secção de
Estatística do Estado,
em Belo Horizonte. O
chefe, Teixeira de
Freitas, andava às
voltas com a tradução
das correspondências do
exterior que chegavam
diariamente, escritas
nos mais diversos
idiomas.
Estudante de Medicina, o
jovem cordisburguense
resolve padronizar a
emissão das cartas.
Seria feita somente em
esperanto, idioma
universal. Só o que
precisava para isso era
aprender a língua de
Zamenhof, o que fez em
apenas 27 dias. Virou “o
esperantista do
serviço”, segundo seu
tio Vicente Guimarães.
Para o caso de o
destinatário desconhecer
a língua, as cartas
recomendavam procurar o
delegado local da
Universala
Esperanto-Asocio,
instituição que difunde
o idioma pelo mundo. Ele
se encarregaria da
tradução.
Guimarães Rosa
considerava o esperanto
a solução para a
comunicação
internacional. No Estado
de Minas, escreve
artigos sobre a língua.
Em 1950, participa do
35º Congresso Mundial de
Esperanto.”
Fonte: http://www.almanaquebrasil.com.br/personalidades-literatura/5542-guimaraes-rosa-aprendeu-lingua-universal-em-27-dias.html
André
Luiz: Coragem e
Persistência
A cada semana, propomos
uma frase de André Luiz,
do livro Sinal Verde,
psicografado por Chico
Xavier, vertida ao
esperanto por Allan
Kardec Afonso Costa.
Nesta, apresentamos a
tradução da frase
proposta na semana
passada:
“Benatoj tiuj, kiuj sin
dediĉas vivi ne ĝenante
tiujn, kiuj partoprenas
en ilia vivado.”
“Benditos quantos se
dedicam a viver sem
incomodar os que lhes
compartilham a
experiência.”
Eis a mais nova:
“Vivi estas kuraĝa ago.
Estu kuraĝa kaj persista
homo: Tiu kiu persistas
ĝis la fino estas sana,
li trovas la solvon de
ĉiuj problemojn kiuj
turmentas lin.”
Até a próxima!
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