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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 281 - 7 de Outubro de 2012

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)
 

Amar e instruir 


...“Dai delicadamente, acrescentai ao benefício o mais precioso de todos os benefícios: uma palavra, uma carícia, um sorriso amigo...” (O Evangelho segundo o Espiritismo – Os órfãos.)

Estávamos conversando com uma mãe que nos trouxe seu filho de onze anos, pedindo orientação e auxílio psicológico para o menino, que tinha medo de qualquer situação em que se notasse agressividade verbal ou física. Qualquer coisa que ele pressentisse, vinha para a mãe querendo protegê-la! Por trás dessa atitude, o trauma emocional de ter visto o pai, alcoólatra, agredindo a mãe, muitas vezes, antes que dele ela se separasse.

Conversamos um tempo com ela e o menino, e a mãe, abrindo-se, contou-nos algo muito mais grave: a filha de 14 anos, quatro dias antes, havia tentado suicídio! Ela estava trabalhando quando recebeu uma ligação do hospital chamando-a, porque a filha ali estava sendo atendida por haver ingerido vários comprimidos de uma certa medicação. A menina justificou-se com a mãe dizendo que pensava em morrer para que a mãe parasse de sofrer. O pai havia estado com os filhos dias antes e, num ato de agressão verbal, havia dito a eles que ele e a mãe se separaram por culpa deles.

Vemos o drama familiar da história. Quantas dores ocultas e superlativas caminham neste planeta Terra! O conhecimento espírita nos permite ter uma vaga visão do passado refletindo-se no presente! Espíritos em grandes dificuldades reunidos pela reencarnação... Vemos então numa história dessas a quantidade de órfãos de pais vivos que existem por aí, soltos nas ruas, abandonados dentro de suas casas ou sem o pai ou a mãe, que trabalham fora e só vêem os filhos à noite.

A sociedade brasileira de hoje é fruto disso. Volta e meia vemos na imprensa notícias de jovens da classe média ou alta que estão fazendo coisas que chocam os homens de bem. Tiveram recursos, boas escolas, mas provavelmente faltou-lhes o sorriso amigo, a carícia, a atenção, o “podar das ervas daninhas”, ou seja, a correção dos defeitos, substituindo-os pelas virtudes. Somente conhecendo muito bem um filho é que se pode ajudá-lo a tornar-se alguém melhor. E hoje os pais quase não os encontram... E quando encontram, ocorre muitas vezes o que aconteceu na história que contamos, uma reunião familiar dolorosa, repleta de agressividade verbal ou física, que marcou de angústias e aflições as duas crianças, a ponto de uma delas tentar o suicídio, por desespero e por completo desconhecimento da vida espiritual.

Se tivesse o conhecimento da imortalidade e do que sucede no Além, principalmente com os que se suicidam, por menor que fosse a idade física, teria condições morais de suportar e entender. Há aqueles que talvez discordem, mas já tivemos oportunidade de conversar com jovens bem mais novos que, munidos do conhecimento espírita, quando diante de um pai ou uma mãe agressivos, tiveram maturidade de analisar a própria vida e, não encontrando motivos para seu sofrimento nesta existência, com o conhecimento da reencarnação, pensaram no passado oculto e se resignaram dizendo para si mesmos: “Deus é justo; se não é de agora, é de antes; eu mereço!” Ficam resignados sem revolta, sem desespero, compreendendo as coisas.

É preciso, sim, que vejamos o Espírito milenar num corpo infantil e que lhe passemos informações que o auxiliem nas horas difíceis, porque a dor bate às portas de todos. Nada de pensar: Coitadinho, é só uma criança! Tem só que brincar! É essa visão que está prejudicando em muito a educação. É uma criança, brincar é bom, sim, mas trata-se de um Espírito imortal reencarnado e que talvez entenda muito melhor do que nós a vida, se for bem orientado.

A mãe dessa menina de 14 anos é evangélica, mas, quando conversamos gentilmente com ela dizendo que a menina estava em situação de risco e que ela precisava conhecer o que realmente pode acontecer com um suicida, perguntamos se ela aceitava procurar um centro espírita onde pudesse ser esclarecida e não tentasse repetir a história. A mãe, que ama sua filha, imediatamente aceitou. A menina e o irmão foram encaminhados para tratamento psicológico, mas também para o centro espírita.

Pais e mães, amemos nossos filhos! Não os deixemos órfãos de nossa presença e, se temos o conhecimento espírita, vivamo-lo no dia-a-dia, por meio da exemplificação e passemos esse conhecimento aos nossos filhos para que suportem com dignidade as dificuldades que um dia certamente hão de enfrentar, neste planeta que ainda é de provas e expiações.

Ensinemo-los a amar e respeitar o próximo, para que também possamos estar em paz conosco, se um dia, no uso do livre-arbítrio, não souberem escolher a rota do Cristo... Um dia a Terra será melhor, mas fruto do que os homens fizerem dela, dado o livre-arbítrio que temos. Façamos o melhor que pudermos por nós, pelos nossos e por todos e estaremos em paz. Amar é dar a presença, dar afeto, dar limites, dar orientação, dar tudo de si pelo bem dos outros. É pensar primeiro nos outros, depois em si.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita