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Um minuto com Chico Xavier

Ano 6 - N° 281 - 7 de Outubro de 2012

JOSÉ ANTÔNIO VIEIRA DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, Paraná (Brasil)

 
 

Certa vez, dialogando com fariseus e escribas, expressões do orgulho e da falsa sabedoria dos judeus daquela época, Jesus fez uma afirmação que até hoje poderia causar bastante estranheza para aqueles que compreenderam bem seu evangelho. Ele disse: “Pois eu lhes afirmo que publicanos (cobradores de impostos da época) e pecadores entrarão nos céus antes de vocês”.

A história apresentada nesta coluna, também retirada do excelente livro “Lindos Casos de Chico Xavier”, de Ramiro Gama (editora LAKE), nos dá um exemplo do que Jesus estaria querendo dizer.

Vejamos o texto:

– O Centro Espírita Luiz Gonzaga ia seguindo para frente...

Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.

O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros.

O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca.

Sozinho, sem ninguém...

Caridoso facultativo receitou, graciosamente. Mas o velhinho precisava de enfermagem.

O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender às próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.

Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo. E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite ele próprio se responsabilizaria pelo doente. Alguém que pudesse ajudar. Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus.

Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse.

Ao fim da semana, porém, duas meretrizes muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe:

– Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...

– Ah! Como não? – replicou o médium – Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.

Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico, ao pé do enfermo.

Decorrido um mês, quando o cego se restabeleceu, reuniram-se pela derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz.

Quando Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam. Então, uma delas disse ao médium:

– Chico, a prece modificou nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.

(E, segundo o autor, uma passou a servir numa tinturaria e a outra conquistou o título de enfermeira.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita