Na
luz perene
Auta de Souza
Não te rendas aos golpes
da amargura,
Nem conserves a mágoa no
teu ninho;
A dor que atinge
extremos de tortura
É refúgio real no
torvelinho.
Colhe as flores da
estrada com brandura,
E planta novos sonhos de
carinho;
Socorre a inquietação
que te procura,
E eis que a paz te
enobrece no caminho.
Se te escasseia o amor à
própria vida,
Descerás para a sombra,
instante a instante,
Ao tributo fatal da
morte infrene.
Mas se buscas sorrir e
dar guarida
Ao cansado viajor de
passo errante,
Renascerás, feliz, na
Luz Perene!...
Do livro Auta de
Souza, psicografado
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
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