Dinheiro e amor
É Meimei quem nos traz
algumas reflexões
interessantes e
pertinentes sobre o
dinheiro e o amor.
Meimei foi uma jovem
professora que, após
alguns meses de casada,
teve terrível
complicação renal e
faleceu, ou melhor, na
terminologia espírita,
desencarnou, ou seja,
seu Espírito eterno
deixou o corpo físico
perecível.
Em verdade, seu
verdadeiro nome era Irma
de Castro e o apelido
Meimei advém da forma
carinhosa como ela e seu
esposo, Arnaldo Rocha,
se tratavam. É expressão
da língua chinesa que
significa querido
ou querida.
Certo dia, Arnaldo Rocha
descia por uma rua de
Belo Horizonte quando,
subitamente, esbarra em
outro transeunte que vai
ao chão.
Desculpando-se pelo
ocorrido, estende as
mãos para socorrer o
abalroado. Este se
levanta e agradece a
ajuda.
Começam um diálogo
rápido que uma situação
como esta enseja.
Subitamente o
interlocutor diz para
Arnaldo:
– Vejo uma bela moça ao
seu lado e ela inicia o
recado chamando-o de
Naldinho.
Arnaldo, à época
materialista e muito
revoltado com a
prematura morte da jovem
esposa, vai bebendo as
palavras que Meimei lhe
dirige através das
mediunidades de vidência
e audição de Francisco
Cândido Xavier.
Iniciava-se, assim, uma
longa amizade entre
Arnaldo Rocha e
Francisco Cândido
Xavier, e a continuidade
das manifestações
espirituais de Meimei,
demonstrando de maneira
irretorquível a sua
imortalidade e como o
amor ultrapassa a
barreira do fenômeno
biológico que rotulamos
como morte.
Segundo Arnaldo, Meimei
era uma jovem muito
sensível, sempre
interessada em ajudar ao
próximo.
No decorrer de vasta
correspondência entre as
duas dimensões, a
espiritual e a material,
pelo canal mediúnico,
Meimei foi
intensificando a
necessidade de amparar
os desvalidos, as
crianças carentes e os
idosos abandonados.
Inspirou a criação de
muitas obras de
assistência e promoção
social.
Aqui lembramos os seus
pensamentos sobre
dinheiro e amor.
“Diante do bem, não
pronuncies a palavra
‘impossível’.
Certamente, sofres a
dificuldade dos que
herdaram a luta por
preço das menores
aquisições. Ainda assim,
lembra-te de que a
virtude não reside no
cofre.
Onde encontrarias ouro
puro a fazer-se pão na
caçarola dos infelizes?
Em que lugar
surpreenderias frágil
cobertor tecido de
apólices para agasalhar
a criança largada ao
colo da noite?
Entretanto, se o amor te
faz lume no pensamento,
arrebatarás à imundície
a derradeira sobra da
mesa, convertendo-a no
caldo reconfortante para
o enfermo esquecido, e
farás do pano pobre o
abrigo providencial em
favor de quem passa
relegado à intempérie.
Uma garganta de pérola
não emite pequenina
frase consoladora e um
crânio esculpido de
pedras raras não deixa
passar leve fio de
ideação.
Todavia, se o amor te
palpita na alma, pode
falar a palavra
renovadora que exclui o
poder das trevas e
inspirar o trabalho que
expresse o apoio e a
esperança de muita
gente.
Respeita a moeda capaz
de fazer o caminho das
boas obras, mas não
esperes pelo dinheiro a
fim de ajudar.
Hoje mesmo, em casa,
alguém te pede
entendimento e carinho
e, além do reduto
doméstico, legiões de
pessoas aguardam-te os
gestos de fraternidade e
compreensão.
Recorda que a fonte da
caridade tem nascedouro
em ti mesmo e não
descreias da
possibilidade de
auxiliar.
Para transmitir-nos
semelhante verdade,
Jesus, a sós, sem
finanças terrestres,
usou as margens de um
lago simples, ofertou
simpatia aos que lhe
buscavam a convivência,
confortou os enfermos da
estrada, falou do Reino
de Deus a alguns
pescadores de vida
singela e transformou o
mundo inteiro,
revelando-se, assim, que
a caridade tem o tamanho
do coração.”
Quanta coisa a pensar...
Quanta coisa a fazer!
Todos temos amor a
distribuir.