O padre
François
Brune e
a
reencarnação
Para um
determinado
grupo de
católicos,
a
reencarnação
não
existe;
trata-se
de uma
farsa,
porquanto
Paulo
disse:
“Está
determinado
que os
homens
morram
uma só
vez e
logo em
seguida
o
juízo.” (Hebreus
9,27.)
Argumentos
como
esse
podem
ser
vistos
no blog:
http://fimdafarsa.blogspot.com.br,
o qual,
mantido
por um
defensor
radical
das
ideias
católicas,
tem
especial
prazer
em
denegrir
os
espíritas
e os
protestantes.
A
refutação
à
doutrina
da
reencarnação
não é,
porém,
compartilhada
por
todos os
pensadores
católicos.
Não nos
referimos
aos
simples
frequentadores
de
missas,
mas a
seus
autores
e
teólogos,
como,
por
exemplo,
o padre
François
Brune,
autor do
livro
“Os
Mortos
nos
Falam”,
publicado
no
Brasil
em 1991
pela
Edicel.
No cap.
VIII,
págs.
213 a
226, do
seu
livro,
Brune
tece
considerações
em torno
do
assunto.
Inicialmente,
ele cita
o
pensamento
do
Espírito
de
Pierre
Monnier,
astrônomo
francês,
que
faleceu
em 1799
e foi,
em vida,
membro
da Royal
Society
e também
da
Academia
de
Ciências
da
Prússia.
Segundo
Monnier,
Deus
concede
uma
segunda
oportunidade
aos que
se
recusam
a
praticar
o amor e
permite-lhes
voltar à
Terra. É
a
reencarnação.
Segundo
ele, a
reencarnação
ocorre,
às
vezes,
em
famílias
inteiras,
ou
quase.
Pais que
arrastaram
seus
filhos
em sua
infelicidade,
pedem
para
reparar
a falha
dando à
luz,
novamente,
os
mesmos
filhos.
Ela é
muitas
vezes
aconselhada
como
sendo o
meio
mais
rápido
de
realização
da
evolução
espiritual,
obrigatória
para que
se
atinja a
felicidade
para a
qual
tendemos
todos, e
que só
conheceremos
na fusão
com
Deus.
Além de
declarar-se
favorável
à
doutrina
da
reencarnação,
o padre
Brune
afirma
que no
tempo do
Cristo a
doutrina
começava
a
nascer,
porquanto,
segundo
Flávio
Josefo,
os
fariseus
acreditavam
em
suplícios
eternos,
destinados
aos
maus, e
na
reencarnação
destinada
aos
bons.
Além
disso,
mais
tarde,
na
Cabala
tal
doutrina
ocuparia
um lugar
importante.
Um
depoimento
que
abona o
pensamento
expresso
por
Pierre
Monnier
nos é
dado
pelo
poeta
Silva
Ramos no
soneto
intitulado
“Vinculação
redentora”,
psicografado
pelo
médium
Chico
Xavier e
publicado
do cap.
8 do
livro
“Astronautas
do
Além”,
no qual
o poeta
relata a
seguinte
história:
O
fidalgo,
ao
partir,
diz à
jovem
senhora:
“Eu sou
teu, tu
és
minha!…
Espera-me,
querida!…”
Longe,
ergue
outro
lar…
Vence,
altera-se,
olvida…
Ela
afoga em
suicídio
a mágoa
que a
devora.
Falece o
castelão…
Vê a
noiva
esquecida…
Desencarnada
e
aflita,
é uma
sombra
que
chora…
Ele pede
outro
berço e
quer
trazê-la
agora
Em
braços
paternais
ao campo
de outra
vida!…
O século
avançou…
Ei-los
de novo
em cena…
Ele o
progenitor;
ela, a
filha
pequena
A
crescer
retardada,
abatida,
insegura…
Hoje,
ele, em
tudo, é
sempre o
doce
pajem
dela
E a
noiva de
outro
tempo é
a filha
triste e
bela
Agarrando-se
ao pai
nos
traumas
da
loucura.
*
O
Espiritismo,
como já
dissemos
inúmeras
vezes,
baseia-se
em
fatos,
não nas
Escrituras.
Contudo,
para as
pessoas
que
gostam
de
encontrar
na
Bíblia o
fundamento
de suas
crenças,
eis o
que o
evangelista
Mateus
registrou
no cap.
17 de
suas
anotações:
“E os
seus
discípulos
o
interrogaram,
dizendo:
Por que
dizem
então os
escribas
que é
mister
que
Elias
venha
primeiro?
E Jesus,
respondendo,
disse-lhes:
Em
verdade
Elias
virá
primeiro,
e
restaurará
todas as
coisas;
mas
digo-vos
que
Elias já
veio, e
não o
conheceram,
mas
fizeram-lhe
tudo o
que
quiseram.
Assim
farão
eles
também
padecer
o Filho
do
homem.
Então
entenderam
os
discípulos
que lhes
falara
de João
o
Batista.”
(Mateus
17:10-13.)
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