Um leitor pergunta-nos, com
relação ao tema
reencarnação: 1. Onde e
quando surgiu no mundo a
ideia da reencarnação? 2.
Qual é, na opinião dos
autores espíritas, o meio de
comprovação mais completo da
existência da reencarnação?
3. Podemos considerar
comprovada a tese
reencarnacionista?
A reencarnação é, como já
dissemos oportunamente, um
dos princípios fundamentais
da doutrina espírita. Seu
objetivo é muito claro: como
todos os Espíritos têm como
meta atingir a perfeição,
Deus lhes faculta os meios
de alcançá-la,
proporcionando a todos a
possibilidade de realizar em
novas existências corporais
o que não pôde ser feito
numa primeira oportunidade.
Ninguém volta ao cenário
terráqueo por castigo. Ao
contrário. A reencarnação é
uma bênção, sobretudo quando
é aflitiva, no plano
espiritual, a situação do
Espírito culpado.
A tese da existência das
vidas sucessivas não é algo
novo nem pertence ao
Espiritismo. Ela se encontra
presente no âmago das
grandes religiões do Oriente
e na obra de filósofos
importantes, como Pitágoras
e Platão.
Oriunda da Índia, a ideia da
reencarnação espalhou-se
pelo mundo e, antes de terem
aparecido os grandes
reveladores dos tempos
históricos, já era ela
formulada nos Vedas. O
Bramanismo e o Budismo nela
se inspiraram, o Egito e a
Grécia também a adotaram
e vê-se que, encoberta às
vezes por um simbolismo mais
ou menos obscuro, esconde-se
por toda parte a ideia das
vidas sucessivas.
Segundo os clássicos do
Espiritismo, o meio de
comprovação da reencarnação
mais completo é, sem dúvida,
a recordação das existências
passadas. Às vezes isso se
dá espontaneamente, na idade
infantil, fato que deu
origem à expressão memória
extracerebral, objeto de
pesquisas por
experimentadores que se
tornaram mundialmente
conhecidos, como os
professores
Hemendra Nath Banerjee
e Ian Stevenson.
Stevenson legou-nos um
clássico na matéria, o livro
20 casos sugestivos de
reencarnação.
Quanto ao doutor
Banerjee, clicando neste
link –
http://www.youtube.com/watch?v=vTuueNc_a3o
– o leitor poderá ouvir a
palestra que ele proferiu no
dia 19 de novembro de 1981,
no Auditório do Senac, em
São Paulo-SP.
A recordação de existências
passadas pode ser também
provocada. Léon Denis, na
obra “O problema do ser,
do destino e da dor”,
relata diversas experiências
de regressão de memória em
que o sujet ou
sensitivo alude a
existências passadas vividas
na Terra. Dentre os relatos
constantes da referida obra,
é digna de nota a
experiência narrada durante
o Congresso Espírita de
Paris em 1900 por
experimentadores espanhóis.
Um deles, Fernandes Colavida,
presidente do Grupo de
Estudos Psíquicos de
Barcelona, referiu ali ter
magnetizado um determinado
médium que, além de regredir
à juventude e infância,
contou como foi sua vida no
Plano Espiritual e em quatro
encarnações anteriores.
Vê-se, pois, que a regressão
da memória a vidas passadas
não surgiu com Morris
Netherton, um dos pais da
terapia das vidas passadas,
que
tem inúmeros seguidores no
Brasil e no exterior.
No tocante à derradeira
pergunta: Podemos considerar
comprovada a doutrina
reencarnacionista? nossa
resposta é, evidentemente,
afirmativa. Existe um número
surpreendente de fatos que
comprovam experimentalmente
a veracidade da reencarnação
e cinco livros
constituem-se, nesse
particular, em consulta
obrigatória para quem quiser
aprofundar-se no assunto:
A Reencarnação, de
Gabriel Delanne; A
reencarnação e suas provas,
de Carlos Imbassahy e
Mário Cavalcante de Melo;
20 casos sugestivos de
reencarnação, de autoria
de Ian Stevenson;
Reencarnação no Brasil,
de Hernani Guimarães
Andrade; e Reencarnação e
imortalidade, de
Hermínio Corrêa Miranda.
Sugerimos, por fim, aos
interessados no assunto, que
leiam o editorial da
edição 263 desta revista,
intitulado “Ivanova,
Carol Bowman e as vidas
sucessivas”, que também
se reporta ao tema ora
examinado. Eis o link que
permite acessá-lo:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/263/editorial.html
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