Nesses dias o Brasil
acompanhou a desencarnação
de uma conhecida personagem
da mídia brasileira, muito
respeitada e amada por
muitos, Hebe Camargo.
Perguntaram-me se eu poderia
ter uma ideia de como ela
teria sido recebida no mundo
espiritual. No mesmo
momento, recordei-me de como
Chico a respeitava e como
foi por ela carinhosamente
apresentado à população
brasileira através de seus
programas.
Se pensarmos na luta que
Chico enfrentou, expondo-se
publicamente em nome de um
Espiritismo quase
desconhecido no início do
século passado, e se
pensarmos em quantas vezes
ele foi criticado por
sacerdotes de religiões
predominantes, na época,
doando noites de angústias
pela sua sensibilidade,
poderemos entender como ele
deveria ser grato à
apresentadora que tão
carinhosamente o tratava, ao
vivo, pela TV.
E se, diante das câmeras,
sem nenhum preconceito, ela
se dizia admiradora de suas
tarefas cristãs, poderemos
concluir que, com grande
probabilidade, o próprio
Chico gostaria de ajudá-la
nessa hora de transferência
para a vida imortal.
Hebe, na sua sinceridade
espontânea, sempre tratou
nosso querido médium mineiro
com um carinho especial e
gostaria de apresentar aqui,
nesta coluna, algumas de
suas entrevistas com Chico,
ao vivo, pela TV
Bandeirantes, em dezembro de
1985. E peço a vocês que
registrem as palavras que
ela usava em suas perguntas,
ao se referir a Chico, para
confirmarem o que acabei de
escrever sobre seu carinho e
respeito pelo médium.
Nesta semana, registrarei
uma pergunta, com a devida
resposta (Vide livro “Jesus
em nós”, editado pela GEEM),
e na semana que vem, mais
algumas.
Vejamos a entrevista:
Hebe:
Chico, você é uma criatura
que em toda a sua vida não
fez outra coisa, senão o
bem, doar-se ao próximo.
Nunca houve um momento na
sua vida em que você disse
assim: estou cansado, vou
parar, não quero mais me
preocupar com o meu
semelhante?
Chico:
Hebe, a sua bondade é
imensa; eu devo dizer que
não me sinto na condição de
alguém que fez ou faz o bem,
mas, durante toda a minha
vida, procurei sempre
cumprir com o meu dever
diante da comunidade e
diante da minha própria
consciência. Então, tenho,
graças a Deus, muita
tranquilidade em minha vida
interior.