Allan Vilches:
“Música sem
doutrina é
simples
entretenimento”
O conhecido
cantor lírico
paulista, que
tem encantado as
plateias que o
ouvem, conta
como surgiu seu
envolvimento com
a música e diz
como vê a arte
que domina com
raro talento e
maestria
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Espírita desde
os 12 anos,
natural de
Carapicuíba-SP,
onde reside,
Allan Francisco
Vilches Caíres
(foto) é
presença
marcante em
muitos eventos
promovidos pelo
movimento
espírita.
Formado em canto
lírico, músico
de profissão e
de coração, como
costuma dizer,
vincula-se ao
Núcleo Espírita
Obreiros da Vida
Eterna, na
mesma
cidade.
Com
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quatro CDs
editados, suas
respostas à
presente
entrevista
trazem o tom de
amor à causa e
da alegria de
viver.
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De onde o
interesse pela
música?
O interesse pela
música foi
despertado
quando ganhei um
CD de ópera aos
11 anos de
idade. Foi amor
à primeira
ouvida!
Como você foi
"descoberto" em
seu talento de
voz?
Depois de muito
treinar em casa,
sem nenhum
professor,
seguindo
simplesmente a
voz dos tenores
do CD que
ganhei, tive a
primeira
oportunidade de
cantar em
público no Grupo
Jovens Espíritas
Semeadores da
Paz, do Núcleo
Espírita
Obreiros da Vida
Eterna, e foram
nossos amigos da
mocidade que nos
motivaram a
buscar um
conservatório e
dar continuidade
no estudo da
música.
Como podemos
descrever seu
perfil musical,
em termos de
voz?
Sou um cantor
lírico,
classificação
vocal: tenor
dramático.
Como você
ligou a música à
divulgação
espírita?
O
desenvolvimento
das duas áreas
ocorreu em
paralelo.
Enquanto
frequentávamos
os cursos
doutrinários na
casa espírita,
também
desenvolvíamos o
trabalho musical
em diversas
escolas
(Conservatório
Villa Lobos,
Coral da
Universidade de
São Paulo e
Universidade
Livre de
Música). Em 2001
formamos o Grupo
Vocal Cantores
da Luz no Centro
Espírita, mas só
em 2005, depois
de conhecer a
renomada cantora
Paula Zamp, é
que iniciamos um
trabalho musical
dentro do
Movimento
Espírita com
palestras
envolvendo o
conteúdo
doutrinário e as
canções.
Como tem
sentido o
público em suas
apresentações?
Nosso desafio
tem sido levar o
público a também
soltar a voz e
nestes anos de
trabalho tenho
observado o
despertar de
muitos amigos
para o
desabrochar de
suas melhores
qualidades. A
participação, o
entrosamento, a
vibração dos
nossos amigos
têm sido cada
vez maiores e
mais intensas.
Que tipo de
reação você mais
nota?
A alegria é
nossa
prioridade. Por
isto a primeira
impressão é o
sorriso dos
amigos que têm
contato com o
nosso trabalho;
em seguida
percebemos a
emoção pelo
contato com a
espiritualidade
maior – quem
canta ora duas
vezes; depois,
notamos a
determinação ao
observar pessoas
que nunca
cantaram e se
entregam a esta
atividade com a
melhor das
intenções – o
despertar dos
sentimentos
puros.
Como se dão
as percepções
espirituais
durante as
apresentações?
Descreva um fato
expressivo.
Em nosso
repertório
encontramos
canções
espíritas,
italianas,
evangélicas,
populares,
espanholas,
natalinas,
eruditas,
católicas.
Percebemos que
em cada canção,
em cada casa
espírita, temos
entidades ou
grupos de
Espíritos que
atuam conforme a
necessidade do
local ou do
público ou do
cantor! Um caso
marcante foi
nosso primeiro
encontro com o
expositor José
Medrado na
cidade de Santo
André, durante
uma Semana
Espírita onde
faríamos a
abertura musical
dos trabalhos.
Disse ele que
durante a
execução da
música Kumbaya
observou, por
meio da vidência
mediúnica,
muitos
trabalhadores
vestidos com
trajes típicos,
altos e negros,
que entraram no
salão varrendo
nossas mazelas,
o que levantava
grande poeira.
Ao final da
música tínhamos
um ambiente
preparado e "higienizado"
para captarmos a
essência da
palestra...
Como se faz a
conciliação da
música com a
abordagem
doutrinária?
Foi uma
necessidade!
Música sem
doutrina é
simplesmente
entretenimento;
música com
doutrina
transforma-se em
importante
ferramenta para
o despertar das
consciências.
Hoje não basta
simplesmente
cantar: é
preciso sentir o
que cantamos.
Profissionalmente
você atua também
com a voz?
Sim, temos uma
empresa de
eventos em São
Paulo chamada
Incanttus
Musicais e nosso
foco é a
utilização de
música de
qualidade em
eventos sociais,
empresariais e
culturais.
Atuamos em
casamentos,
serenatas,
palestras
motivacionais em
empresas e
projetos
culturais com
apoio de
prefeituras.
Qual é o
caminho para
quem deseja
cantar com você?
É só entrar no
site
www.allanvilches.com.br
e verificar em
nossa agenda o
lugar mais
próximo para que
juntos possamos
cantar e
construir um
mundo mais
feliz!
Algo mais que
gostaria de
descrever?
Lembramos que a
ciência nos tem
trazido muitos
esclarecimentos
sobre a questão
energética da
música.
Experiências
realizadas já
comprovaram que
a vibração
gerada com a
canção movimenta
nossos elétrons,
átomos e
células, daí a
importância de
tudo que
pensamos,
falamos e
cantamos.
Acreditamos
também que
música é energia
em movimento,
por isto não nos
limitamos ao
repertório
puramente
espírita (música
que fala de
conteúdo
doutrinário),
pois todos os
compositores de
diversas regiões
e de diversos
períodos
enviaram suas
mensagens
sublimes e ainda
hoje estamos
trabalhando para
praticá-las.
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