JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte,
MG
(Brasil)
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Com novos métodos
pedagógicos, não se
corrigem erros
teológicos
Quero deixar claro que
não me alegro com as
coisas que vou dizer
nesta matéria, pelo
contrário, de certo
modo, elas me
entristecem, pois amo
todas as religiões. O
meu objetivo é
tão-somente dizer
verdades, e verdades, às
vezes, doem. A Igreja
decresce no Brasil e no
mundo, o que nunca
aconteceu na história
dela.
No passado, muitas
pessoas do Mundo
Ocidental, onde a Igreja
estava mais presente, se
diziam católicas por uma
questão de conveniência,
pois, quem negasse
alguma doutrina católica
dogmática morria na
fogueira da Inquisição.
E isso virou uma espécie
de trauma que ficou
gravado no nosso chamado
inconsciente coletivo
junguiano. Então, apesar
do fim da Inquisição, os
católicos tinham e têm,
até hoje, preconceito de
falar alguma coisa
contra a Igreja.
Mas hoje, como foi dito,
decresce o número de
católicos. As crianças,
por determinação
tradicional dos pais,
são batizadas e fazem a
primeira comunhão, mas,
à proporção que crescem,
somem das igrejas.
Nos últimos tempos, a
Igreja incrementou a
crisma. E creio que esse
incremento da crisma foi
feito mais para chamar
os jovens à frequência
das igrejas. Mas não deu
o resultado esperado,
pois, após esse
sacramento, os jovens
desapareciam novamente.
Em parte, os católicos
estão se casando na
Igreja, outros se casam
só no civil, e ainda
outra parte faz seu
casamento religioso em
outras religiões.
O arcebispo católico Dom
José Maria Pires,
conhecido também como
Dom Pelé, disse na TV
que a crise atual da
Igreja é muito grave,
pois é de dentro para
fora, e não de fora para
dentro, como foi
geralmente no passado,
por parte de seus
inimigos. Um manifesto
dos párocos austríacos,
de 19 de junho de 2011,
contra a demora das
reformas da Igreja,
continua recebendo o
apoio de paróquias de
vários países da Europa,
e está sendo bem
acolhido também no
Brasil e em outros
países da América do
Sul. Entre outras
coisas, as reformas
esperadas são: a
rejeição à proibição de
pregação por leigos; a
ordenação de mulheres.
Cada paróquia deve ter
seu próprio superior:
homem ou mulher, casado
ou solteiro, com um novo
modelo de padre. Uma
oração nas missas para a
reforma da Igreja.
Sintetizando, essa
rebeldia é contra a
cúpula do Vaticano.
Realmente, a Igreja está
precisando de uma
reforma geral,
principalmente no campo
das doutrinas adotadas
por ela no passado
longínquo, não pela
lógica e a razão, mas
pela força. Não cabe
aqui entrar em detalhes.
E os teólogos sabem
quais são essas
doutrinas que vêm
dividindo o Cristianismo
desde que elas foram
criadas. Falo, há muito
tempo, sobre essas
questões.
Ou as reformas da Igreja
acontecem, como já foram
feitas várias nos
concílios ecumênicos de
sua história, ou ela vai
continuar caindo, e
agora em um ritmo
acelerado, pois as
transformações no mundo
atual são mais rápidas.
E será que o excelso
Mestre gosta dessa
morosidade e da
ociosidade das
autoridades da Igreja e
dos teólogos?