RICARDO ORESTES FORNI
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Tupã, SP (Brasil) |
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Afirmativa inteligente
55 – Todos os globos que
circulam no espaço são
habitados? (L.E.)
– Sim, e o homem da
Terra está longe de ser,
como crê, o primeiro em
inteligência, em bondade
e perfeição. Todavia, há
homens que se creem
muito fortes, que
imaginam que somente seu
pequeno globo tem o
privilégio de abrigar
seres racionais. Orgulho
e vaidade! Julgam que
Deus criou o Universo só
para eles.
A revista VEJA,
edição 2280, de 1.º de
agosto de 2012, traz em
suas páginas amarelas a
entrevista com o
presidente do Instituto
Weizmann, de Israel. Ele
é o físico Daniel
Zajfamn, que reúne mil
cientistas dedicados ao
desenvolvimento de novas
fontes de energia
renovável à astrofísica,
à cura do câncer e à
nanotecnologia. Em 2009,
uma das diretoras dessa
instituição foi premiada
com o Nobel em Química,
só para termos uma noção
da profundidade da
ciência que nesse local
é desenvolvida.
O que me chamou muito a
atenção na entrevista
deste renomado cientista
foi a sua resposta
quando indagado sobre a
possibilidade de existir
vida em outros planetas.
Disse ele o seguinte:
Sempre procurei entender
as questões mais
complexas do universo.
Tenho sido muito ativo
em tentar reproduzir em
laboratório alguns
fenômenos considerados
essenciais para o
surgimento da vida, como
criar moléculas
complexas como
hidrocarbonetos a partir
de outras mais simples.
O objetivo é descobrir
se o surgimento dessas
moléculas pode ser
espontâneo. Sobre a vida
extraterrestre, se
alguém me fizesse essa
pergunta vinte anos
atrás, eu diria que a
probabilidade era muito
baixa. A única coisa que
sabíamos naquele tempo
era que havia oito ou
nove planetas ao redor
do Sol. Era muito claro
para nós que planetas
como Marte e Júpiter não
tinham locais onde a
vida poderia ter-se
desenvolvido. Hoje,
sabemos que existem
milhares de planetas que
giram ao redor de outras
estrelas. Podemos
estimar em bilhões o
número de planetas que
giram ao redor de outras
estrelas. Antes,
portanto, analisávamos a
hipótese de encontrar
vida em nove planetas.
Atualmente, temos
bilhões de opções. As
chances se
multiplicaram. Por isso,
minha resposta agora é
que pequena mesmo é a
probabilidade de não
existir vida fora da
Terra. Encontrar vida
inteligente em outros
planetas é outra coisa.
Ainda estamos muito
longe de pensar nessa
possibilidade.
(destaque nosso)
Confesso que fiquei
exultante com a
declaração desse
eminente cientista ao
afirmar que pequena é a
possibilidade de não
existir vida em outros
planetas. Uma afirmativa
inteligente. É a ciência
descendo do pedestal do
orgulho e da vaidade
para, ao menos,
considerar que a
possibilidade de vida
nos bilhões de planetas
que existem por esse
Universo sem-fim, é mais
lógica do que a negação
dessa possibilidade.
É compreensível que o
cientista procure a
existência de vida em
outros locais do
Universo baseado nos
conceitos que pode levar
para dentro de um
laboratório. Procura no
laboratório as mesmas
condições que permitem a
vida na Terra. Ele não
sabe, como sabemos nós
espíritas, que o Fluído
Cósmico Universal é
adaptado para cada
planeta, não sendo
exigível que a vida em
outros locais do
Universo necessite das
mesmas condições que
conhecemos atualmente.
Como nos ensina Kardec,
na mesma questão citada
anteriormente, Deus
povoou os mundos de
seres vivos, concorrendo
todos ao objetivo final
da Providência.
Acreditar que os seres
vivos estão limitados ao
único ponto que
habitamos no Universo,
seria pôr em dúvida a
sabedoria de Deus, que
não fez nada de inútil;
ele deve ter determinado
para esses mundos um fim
mais sério que o de
recrear nossa visão.
Nada há, aliás, nem na
posição, no volume, na
constituição física da
Terra, que possa induzir
à suposição de que ela
goze do privilégio de
ser habitada, com
exclusão de tantos
milhares de milhões de
mundos semelhantes.
Hermínio C. Miranda, em
seu livro A Memória e
o Tempo, nos ensina
que burrice é um mal
crônico. É a vontade de
continuar não enxergando
os fatos, as evidências
que poderão se
transformar em provas. A
burrose –
continua o ilustre
escritor e conhecedor
profundo da Doutrina – é
mais passageira. Teima,
mas muda. Como o
Espírito é imortal e
criado para atingir a
perfeição sem nenhuma
exceção, cremos
tranquilamente que toda
burrice passará ao
estágio de burrose.
E toda a burrose,
seguindo a determinação
de que conheceremos a
Verdade e a Verdade nos
libertará, será curada.
Quando isso ocorrer, e
ocorrerá, poderemos
contemplar o céu
estrelado das noites que
se sucedem e fazer um
aceno mental aos irmãos
de outras plagas...