DAVILSON
SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP
(Brasil) |
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O que há por
trás das
assombrações
A grande maioria
das pessoas
deste mundo
prossegue inapta
para compreender
os sinais do
Alto mesmo
tangíveis.
Geralmente, não
se interessa por
eles, e ainda
que tome
conhecimento,
muitos lhes
fazem pouco
caso. Há quem
seja capaz de
forjar fenômenos
registrados em
vídeo com
intuito de
difundir na
Internet, em
sites como o do
You Tube.
Ledo e cego
engano! Ao
querer torcer o
sentido dos
fatos, ou por
chacota, não têm
noção de tamanha
irresponsabilidade
ao exibir
aquelas fraudes
grotescas e
pueris.
Aquelas cenas
seriam apenas
atos de
molecagem, se
eles ao menos
não
desconfiassem
que as
manifestações
espirituais
existem.
Trata-se de um
jeito de provar
a si mesmos que
estariam seguros
de sua frágil
persuasão íntima
(possivelmente
calcada em
crendices
religiosas),
cuja vaidade
necessita
divulgá-la a fim
de receber apoio
dos que como
eles pensam.
Apavoram-se,
arrepiam-se,
esses tipos,
quando sabem da
existência de um
lugar
assombrado.
Apesar disso,
Deus segue
permitindo aos
Espíritos
tornarem
possíveis as
manifestações,
de modo a
produzir
impacto.
E se a pessoa vê
uma assombração,
depara-se com
ela? Dependendo
do caso, pode
sentir um choque
emotivo, sofrer
transtornos
psíquicos que
afetariam a
parte somática.
Uns procuram
ajuda em
consultórios
médicos; outros
se socorrem com
parapsicólogos
ou sacerdotes
com ou sem
batina
para livrar-se
do medo, da sua
angústia. O que
não sabem é que
por trás de
insólitas
aparições,
vozes,
gargalhadas,
gemidos e
barulho de
objetos caídos
ou arrastados
nada há de
“sobrenatural”
ou de “demoníaco”.
Se esses
fenômenos
existem, é
porque estão
consequentemente
catalogados no
rol da Natureza.
Dizemos com
tranquilidade
que nada têm de
sobre-humanos ou
de “incríveis,
fantásticos,
extraordinários”,
segundo exclamam
as matérias
sensacionalistas.
Enfim, não há
nada de
sobrenatural,
visto que há sim
explicação para
eles, a razão de
acontecerem em
locais ermos ou
não, haja vista
relatos de há
muito oferecidos
por
investigadores
responsáveis,
sob critério do
mais puro e
sadio caráter
científico. Eles
começam dizendo
que tais
ocorrências só
se sucedem pelo
fato da presença
de algo muito
específico.
Em virtude de
uma certa
substância de
natureza amorfa,
vaporosa, que se
chama
ectoplasma,
nome dado
por um célebre
médico e
pesquisador-autor
francês (1), é
que decorrem os
fatos em apreço.
Matéria formada
com recursos da
Natureza,
originando-se
dos tecidos
vegetais e de
origem animal e
mineral (2),
essa
curiosa
substância tende
à solidez pelo
processo do
próprio
fenômeno,
assumindo a
forma desejada
sob a ação
exercida através
dela e por meio
de um âmbito que
lhe dê o emprego
necessário para
as funções à
qual se destina.
Tal elemento
energético
procede de um
ser humano, o
médium, isto
é, alguém que o
emita em
abundância. Dono
de uma
capacidade
natural, médiuns
ectoplastas são
os únicos
responsáveis
pelas
demonstrações,
mais
acentuadamente
falando, dadas
através deles.
Prestando-se
esse tipo de
capacidade às
consequências do
que chamamos:
efeitos físicos,
o referido
seguimento de um
processo de
desagregação
molecular
desconhecido
(3),
também
denominado
“plasma
exteriorizado”,
é submetido a
controle.
Propósito do
Alto
— Plasma
exteriorizado
é de autoria do
Espírito André
Luiz que muito
se dedicou ao
tema (4). Ele
afirma que essa
energia
ectoplásmica é
controlada por
Inteligências da
Esfera
Espiritual, as
quais possuem um
propósito:
sugerir ao Plano
Físico a ideia
da imortalidade
da Alma ao
apresentar os
mais
significativos
fenômenos. Pelo
organismo do
médium que reúna
tal condição, as
células, em
nuança
vibratória
diferente,
entrelaçam-se e
se renovam
conforme o
intento dos
moldes mentais.
Em resumo,
alguém que
possua o notável
recurso de doar
ectoplasma, cedo
ou tarde poderá
tornar-se ciente
da sua
mediunidade de
efeitos físicos.
No momento em
que se encontre
em sua própria
casa ou numa
dessas
residências
antigas,
habitadas ou
não, ou num
lugar deserto ou
em antigos
museus, teatros,
poderá ver algo
ou ouvir algum
ruído. Essas
manifestações
são fugazes e
testemunhadas
por um só
indivíduo e, se
tanto, quando
necessário, por
mais outros que,
porventura, lhe
estejam
próximos.
Como dissemos,
esses fenômenos
são
frequentemente
fugidios, e
costumam incidir
mais em antigas
construções,
sobretudo em
descampados. É
provável que
nesses referidos
lugares tenham
ocorrido
tragédias: um
homicídio ou um
suicídio ou
talvez um
acidente
qualquer, ou
quem sabe uma
morte súbita.
Logo que tal se
sucede, conforme
o grau de
desespero, do
pavor da vítima,
rompe-se de modo
violento o laço
vital do corpo
físico ligado ao
duplo etérico ou
perispírito.
Em princípio, a
vítima, por
estar muito
presa à matéria,
por sua
ignorância
espiritual, seus
espasmos
projetam
fragmentos de
fluidos vitais
que impregnam o
lugar e a seiva
etérea das
plantas ao
redor. Por isso,
esses fenômenos
sucedem
inopinadamente
em lugares como
os já
mencionados,
tamanho é o
repasse das
energias tóxicas
e mórbidas,
projetadas pela
aflição de
alguém, possível
vítima de um
cruel
assassinato ou
de um suicídio
ou de alguma
outra funesta
ocorrência.
Todavia, nem
todos os
lugares, nem
todas as
aparições,
ruídos, vozes ou
quaisquer outras
manifestações
procedem de
ocorrências
violentas ou são
horripilantes.
Há casos em que
podem aparecer
imagens bonitas,
sublimadas, como
já ocorreu,
confundidas com
santos Católicos
Romanos por
indivíduos
crédulos. Nós
sabemos que, no
máximo, o que
podem ter visto
foi alguma
Entidade que,
por
consequência,
acabou
proporcionando
ensejo para
corroborar a
crença segundo a
qual só os
santos e anjos
cultuados por
sacerdotes é que
podem ser vistos
por certos
“crentes
especiais”
(leia-se
devotos
do Catolicismo);
por isso, se
lhes proveem a
beatificação, a
canonização.
Nesse caso, o
ectoplasma doado
de modo também
incônscio fora
coerente com a
substância que
existe no local,
simples, mas
sobrecarregada
de magnetismo
virgem. Essas
manifestações
costumam ocorrer
nas proximidades
de regatos,
florestas e
ainda em lugares
inóspitos como
grutas ou
grandes
planícies,
locais que não
tenham afluência
de pessoas, e à
noite em plena
escuridão ou na
penumbra. O
ectoplasma é tão
sensível à luz
solar quanto à
luz da lâmpada
elétrica, embora
seja possível em
circunstâncias
especiais
resistir à luz
do dia ou até à
luz da lâmpada
de cor vermelha
ou amarela.
As manifestações
espirituais não
costumam se
repetir em
lugares
habitados ou não
como com
veemência
desejam os
curiosos, sejam
eles crentes ou
descrentes, em
ambos os casos,
do tipo que
“pagam pra ver”.
Daí, a
frustração, a
zombaria e o
descrédito, a
semear a dúvida
acerca da
autenticidade
dos fenômenos,
ironizando
médiuns e a
mediunidade ou
desrespeitando o
trabalho árduo e
sério de
eminentes
pesquisadores,
homens de
ciência. Estes,
ao contrário dos
pusilânimes e
vaidosos, não se
contentaram com
a existência dos
fatos: aplicaram
todo o seu
intelecto
responsável para
conhecê-los em
sua plenitude.
Assombrações,
lugares
apavorantes
existem,
porquanto
significam um
meio de que se
servem os
Benfeitores do
Além sob
judicioso
intento de
espiritualizar
as criaturas
humanas. “Por
que as
assombrações são
vistas por gente
simples,
ignorante, e não
por
personalidades
intelectualizadas?”,
fizeram-me uma
vez essa
pergunta. Da
mesma forma
perguntamos a um
querido Mentor,
o José Grosso,
um dos
Trabalhadores
Espirituais de
nossa casa
espírita, também
responsável por
nossos trabalhos
socorristas de
Efeitos Físicos.
Ele, de pronto,
respondeu com
tom de voz de
trovão e ao
mesmo tempo
suave, em estilo
nobre, de modo
incisivo e
rimado:
O sabichão que
pensa saber de
tudo
e alardeia o que
pensa saber,
não tem coragem
nem mérito pra
ver
o que veria um
cidadão sem
estudo...
Notas:
1 -
O termo
ectoplasma
foi criado pelo
Dr.
Charles Richet
(1850/1935),
Nobel de
Medicina em
1913,
ao descrever as
experiências
científicas
sobre os
fenômenos de
materialização
de Espíritos,
produzidos pela
médium
Eva Carrière,
em
Argel,
em
1903.
2 -
ANDRADE, Hernani
Guimarães. A
teoria
corpuscular do
espírito (uma
extensão dos
conceitos
quânticos e
atômicos à ideia
do espírito),
1.a
ed. São Paulo,
edição do
próprio autor,
1958. Página
207.
3 -
XAVIER,
Francisco C.
Mecanismos da
mediunidade,
pelo Espírito
André Luiz,
11.a
ed. Rio de
Janeiro,
Federação
Espírita
Brasileira
(FEB), 1958.
Capítulo 17, p.
122.
4 -
_____.
Evolução em
dois mundos,
pelo Espírito
André Luiz,
41.a
ed. Rio de
Janeiro, FEB,
1958. Capítulo
5.o,
tema: “Células e
o corpo
espiritual”,
p. 46.
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