ROGÉRIO COELHO
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Muriaé, MG (Brasil) |
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Leis morais da vida
Jesus ainda não encontrou no mundo nem o entendimento e tampouco a aceitação que merece
“A tranquilidade independe de paisagens, circunstâncias e ocasiões:
estabelece-se no Espírito como resultado de uma consciência pacificada.”
Joanna de Ângelis
“Leis Morais da Vida” é o nome de um dos livros psicografados por Divaldo Franco, da lavra intelectual da venerável Mentora Joanna de Ângelis... Constitui-se de apontamentos belíssimos que desenvolvem e esclarecem os ensinamentos de Jesus, que Allan Kardec enfeixou no livro “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Dentro da sincera modéstia que caracteriza os Espíritos de escol, a querida Mentora se diz trabalhadora de pouca valia, e alinha sobriamente algumas palavras explicativas na introdução do livro, levando o leitor a acreditar ser irrisória a sua contribuição que objetiva “clarear mentes em aflição, ou que dormem na ignorância das verdades espirituais”.
Na verdade, trata-se de uma obra extraordinária. É um livro que pode ser arrolado dentre os mais primorosos de que temos notícia. A partir da capa que sugere uma alvorada radiosa, no momento em que penetramos o seu conteúdo, vamos sentindo o alvorecer de novas perspectivas em nossas vidas. A luz do conhecimento e do amor vão se fazendo presentes e nos sentimos renovados com as maravilhas que vamos encontrando a cada página compulsada.
Magotes de criaturas equivocam-se nas leiras do bem quando esperam, em retribuição aos seus labores, agradecimentos e reconhecimento que nunca chegam e, ao contrário, vezes sem conta, recebem o troco da ingratidão e indiferença pelo benefício prestado. Desanimam, então, de porfiar nos atos de benemerência, esquecidas do nosso Modelo e Guia Jesus, que amou sem olhar a quem e perdoou de forma ilimitada e incondicional a pequenez e a mediocridade humanas.
A fim de estimular-nos à perseverança desassombrada na senda do bem e do amor ao próximo, Joanna de Ângelis inseriu no cap. 58 do citado livro, uma página intitulada:
CONFIANÇA & AMOR
“Se confias na Providência Divina, não te agastes em face das incompreensões que te surpreendem no ideal do bem a que te afervoras. Possivelmente encontrarás pessoas que desfilam na Terra cercada de bajuladores e ovacionadas pelo entusiasmo geral, sem que, no entanto, se dediquem a qualquer mister de enobrecimento. Por isso mesmo são elogiadas, por outros equivocados, que se demoram na inutilidade.
Se te reservas à alegria do serviço nobre, não esperes resultados favoráveis aos teus empreendimentos superiores.
Se preferes a dedicação exclusiva à Seara do Cristo, defrontarás empecilhos e malquerenças onde esperavas medrarem amor e fraternidade.
Se esperas conseguir a perseverança no lídimo serviço da Verdade, não descoroçoes ante injustiças e difamações.
Na Terra, a felicidade somente é possível quando alguém se esquece de si mesmo para pensar e fazer tudo que lhe seja possível em favor de seu próximo. A felicidade perfeita, se existisse no mundo, se diluiria ante uma criança infeliz, um enfermo ao abandono, um velhinho relegado ao esquecimento...
Não pretendas, portanto, ouropéis enganosos, cortesias especiais, reconhecimento imediato, favoritismo ou, mesmo, entendimento fraternal...
Como não é correto cultivar pessimismo, não é proveitoso sustentar ilusão de qualquer matiz.
Se confias na Misericórdia de Deus, trabalha sem desfalecimentos e ama em quaisquer circunstâncias, sem distinção nem preferências, recordando Jesus que, embora Modelo Ímpar, não encontrou, ainda, no mundo, o entendimento nem a aceitação que merece”.