ANDRÉ LUIZ ALVES
JR.
locutorandreluiz@hotmail.com
São José dos
Pinhais, PR
(Brasil) |
|
2012 - Fim do
Mundo?
Estamos vivendo
neste ano uma
grande
especulação a
respeito do fim
do mundo. O
assunto é
polêmico, divide
opiniões e é
tema central em
várias rodas de
conversas,
programas de TV,
matérias em
jornais,
revistas e
similares, seja
levado a sério
ou apenas um bom
motivo para uma
piada. Até mesmo
Hollywood se
rendeu à
discussão e
arriscou algumas
produções, o que
deu mais força à
teoria
catastrófica.
Alguns dizem que
é a confirmação
do apocalipse
anunciado nas
escrituras
sagradas, outros
acham que são
apenas profecias
infundadas de
pensadores da
antiguidade, a
grande maioria
não toma o
assunto ao “pé
da letra”. O
fato é que o fim
do planeta Terra
é o tema mais
discutido do
momento.
O boato de que o
mundo irá
desaparecer em
2012, mais
especificamente
em 21 de
dezembro
(1),
é na verdade uma
interpretação
errônea do
calendário da
civilização maia
(considerada uma
das civilizações
mais adiantadas
das Américas em
seu tempo). A
verdade é que os
maias nunca
previram o fim
do mundo.
De acordo com
pesquisadores,
através dos
hieróglifos
analisados,
constatou-se que
um dos
calendários
maia, chamado de
“baktun”, era
composto por 20
ciclos e cada um
desses ciclos
corresponderiam
a 144.000 dias
ou 3.943 anos
solares. A data
de 21 de
dezembro de 2012
segundo o
calendário seria
apenas o fim do
13° baktun, o
que prova que
não há uma
profecia maia a
respeito do fim
do mundo neste
ano. Esta
interpretação do
calendário,
aliada a algumas
correntes
esotéricas, deu
origem à
história do
apocalipse em
2012.
Afinal, o mundo
acaba em 21 de
dezembro? É
evidente que
não. Basta
observar os
acontecimentos à
nossa volta para
constatar que o
planeta
sobreviverá a
mais essa
“previsão”. Não
há sinais
concretos dos
fins dos tempos,
o planeta não
deixaria de
existir da noite
para o dia.
O Espiritismo
explica que
desde o
surgimento do
planeta, o globo
passa por
transformações,
juntamente com
os seres que
aqui habitam,
como é natural
da lei do
progresso, à
qual todos nós
estamos
submetidos. A
marcha do
progresso é
contínua e todos
os Espíritos
tendem a
evoluir. Há
aqueles que
estacionam e
então são
retirados, a fim
de que não
interfiram no
desenvolvimento
dos demais.
Em algumas
épocas, essas
transformações
são mais
acentuadas, como
no período da
passagem do
Cristo pela
Terra, onde
algumas centenas
de Espíritos
ignorantes foram
transferidos
para outro orbe
para não
interferir na
missão do
Mestre.
Outro exemplo
evidente foram
as duas guerras
mundiais
afetando
diretamente a
evolução do
planeta. As
notícias dão
conta de que
alguns dos
Espíritos
responsáveis
diretamente
pelas guerras
não voltarão
mais à Terra.
Espíritos que
não conseguem
acompanhar a
evolução moral
de uma sociedade
são levados a
outras esferas
que condizem com
seu
adiantamento; os
Espíritos se
atraem por
afinidade. Da
mesma forma que
são retirados
Espíritos
atrasados da
Terra, recebemos
Espíritos
compatíveis com
nosso grau de
evolução. Esses
Espíritos um dia
saíram de seu
orbe de origem
por não
contribuir com o
desenvolvimento
moral daquele
lugar.
Os Espíritos
superiores nos
alertam que a
Terra está
chegando ao
final de um
período de
provas e
expiações, para
se transformar
em um mundo de
regeneração. Os
planetas que
estão no mesmo
nível que a
Terra sofrem
provações de
todas as formas,
como
catástrofes,
doenças
incuráveis,
segregações
sociais onde o
mau se sobrepõe
ao bem, causando
sofrimento
necessário à
evolução dos
Espíritos ali
reencarnados. Já
nos mundos
regenerados, não
há espaço para o
egoísmo, o
orgulho, a
intolerância e a
maldade. Não
existem grandes
provações ou
expiações,
prevalecendo a
compaixão, o
amor e a
caridade.
Os desastres
coletivos, as
calamidades
naturais que
ceifam milhares
de vidas sempre
existiram e são
necessários para
acelerar esse
processo de
transição. Ao
contrário do que
muitos pensam,
esses não são
sinais
apocalípticos,
apenas uma
renovação
natural dos
Espíritos e
consequentemente
do planeta.
Há algum tempo
a Terra vem
recebendo
Espíritos mais
adiantados
moralmente e
intelectualmente
para ajudar no
desenvolvimento
do planeta. Nos
últimos anos
experimentamos
um
desenvolvimento
tecnológico
muito grande,
prova da
transformação
pela qual vem
passando o
planeta. Se
observarmos as
crianças em
nossa volta,
podemos perceber
a inteligência
mais acentuada
se comparadas às
crianças da
nossa geração, e
que muitas vezes
são chamadas de
“hiperativas”.
Não existe uma
data específica
para a transição
acontecer.
Sabe-se que
estamos vivendo
as derradeiras
eras de um
planeta menos
ditoso e que o
mundo não
acabará. É hora
de aproveitar a
última
oportunidade que
a providência
divina tem-nos
dado e fazer por
merecer a nossa
permanência no
orbe terrestre.
Cada minuto
perdido é um
minuto a mais de
sofrimento para
o Espírito
consciente de
sua necessidade
de evolução.
(1)
Este artigo foi
escrito antes de
21 de dezembro,
data indicada
para o suposto
desaparecimento
do mundo em que
vivemos. (N. da
R.)