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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 292 - 23 de Dezembro de 2012

ANDRÉ LUIZ ALVES JR.
locutorandreluiz@hotmail.com
São José dos Pinhais, PR (Brasil)
 


2012 - Fim do Mundo?


Estamos vivendo neste ano uma grande especulação a respeito do fim do mundo. O assunto é polêmico, divide opiniões e é tema central em várias rodas de conversas, programas de TV, matérias em jornais, revistas e similares, seja levado a sério ou apenas um bom motivo para uma piada. Até mesmo Hollywood se rendeu à discussão e arriscou algumas produções, o que deu mais força à teoria catastrófica.

Alguns dizem que é a confirmação do apocalipse anunciado nas escrituras sagradas, outros acham que são apenas profecias infundadas de pensadores da antiguidade, a grande maioria não toma o assunto ao “pé da letra”. O fato é que o fim do planeta Terra é o tema mais discutido do momento.

O boato de que o mundo irá desaparecer em 2012, mais especificamente em 21 de dezembro (1), é na verdade uma interpretação errônea do calendário da civilização maia (considerada uma das civilizações mais adiantadas das Américas em seu tempo). A verdade é que os maias nunca previram o fim do mundo.

De acordo com pesquisadores, através dos hieróglifos analisados, constatou-se que um dos calendários maia, chamado de “baktun”, era composto por 20 ciclos e cada um desses ciclos corresponderiam a 144.000 dias ou 3.943 anos solares. A data de 21 de dezembro de 2012 segundo o calendário seria apenas o fim do 13° baktun, o que prova que não há uma profecia maia a respeito do fim do mundo neste ano. Esta interpretação do calendário, aliada a algumas correntes esotéricas, deu origem à história do apocalipse em 2012.

Afinal, o mundo acaba em 21 de dezembro? É evidente que não. Basta observar os acontecimentos à nossa volta para constatar que o planeta sobreviverá a mais essa “previsão”. Não há sinais concretos dos fins dos tempos, o planeta não deixaria de existir da noite para o dia.

 O Espiritismo explica que desde o surgimento do planeta, o globo passa por transformações, juntamente com os seres que aqui habitam, como é natural da lei do progresso, à qual todos nós estamos submetidos. A marcha do progresso é contínua e todos os Espíritos tendem a evoluir. Há aqueles que estacionam e então são retirados, a fim de que não interfiram no desenvolvimento dos demais.

Em algumas épocas, essas transformações são mais acentuadas, como no período da passagem do Cristo pela Terra, onde algumas centenas de Espíritos ignorantes foram transferidos para outro orbe para não interferir na missão do Mestre.

Outro exemplo evidente foram as duas guerras mundiais afetando diretamente a evolução do planeta. As notícias dão conta de que alguns dos Espíritos responsáveis diretamente pelas guerras não voltarão mais à Terra.

Espíritos que não conseguem acompanhar a evolução moral de uma sociedade são levados a outras esferas que condizem com seu adiantamento; os Espíritos se atraem por afinidade. Da mesma forma que são retirados Espíritos atrasados da Terra, recebemos Espíritos compatíveis com nosso grau de evolução. Esses Espíritos um dia saíram de seu orbe de origem por não contribuir com o desenvolvimento moral daquele lugar.

Os Espíritos superiores nos alertam que a Terra está chegando ao final de um período de provas e expiações, para se transformar em um mundo de regeneração. Os planetas que estão no mesmo nível que a Terra sofrem provações de todas as formas, como catástrofes, doenças incuráveis, segregações sociais onde o mau se sobrepõe ao bem, causando sofrimento necessário à evolução dos Espíritos ali reencarnados. Já nos mundos regenerados, não há espaço para o egoísmo, o orgulho, a intolerância e a maldade. Não existem grandes provações ou expiações, prevalecendo a compaixão, o amor e a caridade.

Os desastres coletivos, as calamidades naturais que ceifam milhares de vidas sempre existiram e são necessários para acelerar esse processo de transição. Ao contrário do que muitos pensam, esses não são sinais apocalípticos, apenas uma renovação natural dos Espíritos e consequentemente do planeta.

 Há algum tempo a Terra vem recebendo Espíritos mais adiantados moralmente e intelectualmente para ajudar no desenvolvimento do planeta. Nos últimos anos experimentamos um desenvolvimento tecnológico muito grande, prova da transformação pela qual vem passando o planeta. Se observarmos as crianças em nossa volta, podemos perceber a inteligência mais acentuada se comparadas às crianças da nossa geração, e que muitas vezes são chamadas de “hiperativas”.

Não existe uma data específica para a transição acontecer. Sabe-se que estamos vivendo as derradeiras eras de um planeta menos ditoso e que o mundo não acabará. É hora de aproveitar a última oportunidade que a providência divina tem-nos dado e fazer por merecer a nossa permanência no orbe terrestre. Cada minuto perdido é um minuto a mais de sofrimento para o Espírito consciente de sua necessidade de evolução.


(1)
Este artigo foi escrito antes de 21 de dezembro, data indicada para o suposto desaparecimento do mundo em que vivemos. (N. da R.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita