DAVILSON SILVA
davsilva.sp@gmail.com
São Paulo, SP
(Brasil) |
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Por que Jesus
veio ao mundo
A vinda de Jesus
Cristo culminou
com o amor ao
próximo por amor
a Deus,
refletido na
caridade, não a
caridade de se
dar esmola aos
pobres, e sim a
caridade
irrestrita,
independente de
manuais
teológicos e de
fórmulas
políticas. Jesus
compareceu ao
mundo a fim de
cumprir a Lei
Divina,
cristalizando-a
nos corações
para que o homem
deixasse de
render culto a
Deus apenas por
meio de rituais,
liturgias e
hosanas.
Cristo veio
repetir
sumariamente de
forma mais
elevada tudo o
que foi
transmitido
antes dEle junto
ao imenso
rebanho terreno,
os filhos, que
se desviaram do
amor e sabedoria
do Pai
Celestial. Por
esse motivo, Ele
resumiu a lei
proposta nos dez
mandamentos em
uma única regra:
“Amar a Deus
sobre todas as
coisas e ao
próximo como a
si mesmo". Sim,
no fundo, o
verdadeiro
escopo de Sua
missão entre nós
não poderia ter
sido outro.
Transportou-Se
até nós para
atender às
nossas
necessidades
evolutivas e
reeditar o amor
de Deus por Seus
filhos da Terra,
embasado naquela
síntese amorosa.
Ele é o modelo
de perfeição a
Quem devemos
seguir, o
representante
desse amor que
recomenda, acima
de tudo, a
prática da
benevolência com
o próximo. Quis
Jesus exprimir
que aquele que
ama o seu
próximo como a
si mesmo cumpre
todos os outros
nove itens do
decálogo. Ele
demonstrou
efetivamente
como se faz,
desvelando o
panorama da vida
eterna com a Sua
incomparável
pedagogia.
Prescritos os
meios pelos
quais
alcançaríamos os
páramos da mais
alta
espiritualidade,
Cristo tentou
abrir as picadas
sinuosas de
nossa ignorância
espiritual, de
nós, o grande
número dos
distantes do
“caminho do
bem”, as Almas,
ou Espíritos
encarnados.
Jesus visou à
moralização do
homem sem
reclamar para Si
privilégios, sem
ordenar “guerras
santas” a
pretexto de
subjugar aqueles
que não
aceitassem Suas
ideias, que não
Lhe conferissem
honras, e tudo
começou numa
noite de certa
estrela...
Nova era de
grandes lições
A maravilhosa
claridade de um
astro vaticinou
o início de uma
nova era de
grandes lições
que se
irradiariam
quais raios
solares de manhã
auspiciosa. Da
paz de humílima
manjedoura,
passando pela
exemplificação
do trabalho
probo em favor
da subsistência
doméstica, o
Sublime
Peregrino
alcançou alguns
rudes pescadores
de inexpressiva
aldeota,
margeada por um
lago; em
seguida, estes
se tornariam
Seus amigos
diletos e
discípulos.
Após o primeiro
encontro com
aqueles humildes
pescadores do
pequeno povoado
de Tiberíades,
circunvizinhança
da notável
Cafarnaum, o
Mestre
pronunciou as
primeiras doces
e maviosas
palavras que se
transformaram em
comovente peça
sinfônica de luz
e exemplos
sublimados. O
Evangelho
atravessou
milênios graças
à fonte de amor
e confiança
brotada do fundo
do coração
daqueles homens
simples e
sensíveis. Os
séculos
passaram,
passaram as
gerações, mais e
mais pessoas
continuam
enternecidas, ao
relembrar os
atos da vida do
Nazareno, ainda
que em certas
datas de cada
ano,
glorificando-Lhe
a suposta imagem
triste e
ensanguentada.
Uns permanecerão
aclamando-O
“redentor”,
enquanto outros
falarão apenas
de uma mera
personalidade
humana. De fato
Jesus foi mesmo
uma pessoa
simples, oriundo
de inexpressivo
burgo da
Palestina, sem
amigos e
parentes de
prestígio, seja
no clero de Sua
época, seja na
Roma dos césares
imponentes. Para
a materialidade,
um herói
inglório que
teve como fado
um madeiro
infamante e uma
coroa de
espinhos; para a
espiritualidade,
um herói
divino...
Nenhum
pensamento como
o deste Herói
foi capaz de
resumir tamanho
otimismo, de
suscitar-nos o
poder da fé, não
essa fé imposta
pelo dogma do
terror do “fogo
do Inferno”, mas
a da confiança
absoluta em nós
mesmos. Essa fé
é aquela que
recobra e
autoestima, ou
reconhece Deus
em nós, e lança
mão de nossas
potências
capazes de
“remover
montanha”;
entenda-se por
“montanha” a má
vontade, os
preconceitos e
tudo que for
contrário às
boas normas da
conduta
individual e
coletiva.
A Maioria não
compreende
A maioria de nós
não compreendeu
ainda o real
valor e a
dimensão do puro
pensamento de
Jesus como
roteiro
indelével. Aos
homens a quem
falava, Jesus
expressava-Se
com
simplicidade; em
se tratando dos
próprios
discípulos, Ele
Se aprofundava
um pouco mais.
Porém, nem mesmo
estes últimos
conseguiram
captar o fundo
de Suas ideias,
o caráter
estritamente
espiritual de
Seu magistério,
muito embora o
povo já
estivesse apto a
compreender o
intuito de se
adorar a um só
Deus. Poucos dos
que Lhe ouviram
as sublimadas
explicações, os
esclarecimentos
úteis e
indispensáveis à
educação da
alma, puderam
absolutamente
entendê-Lo.
Remetendo-nos ao
Espírito
Emmanuel pela
psicografia de
Chico Xavier:
“Os filósofos e
amigos ilustres
da Humanidade
falaram às
criaturas,
revelando em si
uma luz
refratada, como
a do satélite
que ilumina as
noites terrenas;
os apelos desses
embaixadores
dignos e
esclarecidos são
formosos e
edificantes,
nunca se furtam,
todavia, à
mescla de
sombra; Cristo
trouxe-nos a
fonte da verdade
positiva, o Sol
que
resplandece”.
Principalmente
Jesus veio
auxiliar o
grande número
dos distantes do
caminho do Bem,
em outras
palavras, Ele
desvendou o
mistério da
felicidade
espiritual para
alívio do
calvário de
nossas dores
físicas e
morais. Dessa
forma, Suas
elucidações
concorrem para o
bom êxito da
nobreza moral e
intelectual da
Humanidade,
sobretudo sob a
ciência do
Consolador,
porque esta a
desenvolve e dá
maior força.
Cristo veio ao
mundo em caráter
muito especial,
sem nenhum
interesse
próprio, sem
exigir nada. Em
tempo algum,
teve Ele
preferência por
essa ou por
aquela religião
ou por aquela
seita do Seu
tempo e, aliás,
Ele não criou
religião nem
seita alguma,
tampouco sequer
insinuou que
Seus seguidores
seriam chamados
de “cristãos”,
além de
prescindir de
reconhecimentos
e louvores
ostensivos.
Religiosos das
igrejas cristãs
aguardam a volta
de Jesus,
acreditam
piamente que Ele
descerá do Céu
sobre nuvens,
logo em seguida
a um sinal,
assessorado por
anjos e suas
trombetas para
reunir os
escolhidos,
segundo o
evangelista
Mateus. E se eu
disser que
Cristo já voltou
e está entre nós
desde 18 de
abril de 1857?
Duvida?... É
questão de
inteligência e
boa vontade:
quem tem boca de
perguntar, que
pergunte;
ouvidos de
ouvir, que ouça;
olhos de ler,
que leia...
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