“Amor é o único antídoto
para alguém vencer a si
mesmo”
Um público numeroso
compareceu ao VI
Seminário
Médico-Espírita
organizado pela
AME-Ribeirão Preto no
início de dezembro
O VI Seminário
Médico-Espírita de
Ribeirão Preto
realizou-se no dia 1º de
dezembro, com presença
de mais de 600 pessoas,
no auditório da
Faculdade UNISEB COC, em
Ribeirão Preto-SP
(fotos).
O presidente da
AME-Ribeirão Preto, Dr.
Tácito Sgorlon, fez as
saudações iniciais ao
público presente e
agradeceu a oportunidade
oferecida pela
instituição
universitária pelo
espaço cedido para a
realização do evento.
Falou também sobre a
importância da revista
Saúde da Alma,
publicação trimestral da
AME-Brasil, com assuntos
atuais sobre a ciência e
a espiritualidade.
Antes das palestras,
apresentou-se o coral da
Unimed-Ribeirão com
várias músicas populares
brasileiras harmonizando
e entretendo a plateia.
A importância de Chico
Xavier para a medicina
Na sequência, o
palestrante apresentou o
tema A Importância de
Chico Xavier para a
Medicina, com um breve
relato sobre a biografia
do médium, pautada pelos
exemplos de moral e
ética em benefício ao
próximo, e as homenagens
póstumas realizadas por
emissoras de televisão e
revistas brasileiras.
O palestrante fez uma
ligação com o pensamento
médico e as correntes
filosóficas que foram se
modificando ao longo dos
tempos, entre 1500 e
1900. Relatou a medicina
psicossomática, que
integra a medicina e a
psicologia nos efeitos
sociais e os atuais
desafios na relação
médico-paciente. Citou o
capítulo 19 do livro
Ação e Reação, em que
Chico Xavier aponta a
relação da dor como
forma de evolução,
expiação e auxílio.
Também apresentou
trechos que o médium
cita nos livros Nosso
Lar, Missionários da
Luz, Evolução em Dois
Mundos, entre outros
livros da série André
Luiz, escritos na década
de 40, e que
posteriormente,
geralmente duas a três
décadas depois, foram
comprovados por
pesquisas na Medicina.
O palestrante também
trouxe ao público
importante questões
bioéticas apresentadas
nos livros Entre a Terra
e o Céu, Sexo e Destino
e No Mundo Maior, que
apontam os
desequilíbrios causados
pelo grande número de
abortos realizados,
focalizando também a
questão da eutanásia e
dos embriões congelados,
bem como as desarmonias
que os vícios da mente
causam no corpo
espiritual. No final,
falou sobre a crescente
importância da
terapêutica complementar
espírita e da utilidade
do perdão para a cura de
almas.
Espiritualidade e
cuidados paliativos
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Vista
parcial
do
público |
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Coral
Unimed
Ribeirão |
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Dr.
Tácito
Sgorlon
da
AME-Ribeirão |
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Dr.
Flávio
Braun -
Pres. da
AME-Santos |
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Dr.
Rafael
Talorraca
-
AME-S.Paulo |
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Músicos
harmonizando
do
ambiente |
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A segunda palestra foi
proferida pelo Dr.
Rodolfo Moraes,
especialista em clínica
médica e presidente da
AME-Franca(SP), que
discorreu sobre a
Espiritualidade e
Cuidados Paliativos.
Começou sobre o modelo
curativo, onde o foco é
a doença, que deve ser
curada. Este é o modelo
preconizado pelas
faculdades de medicina,
onde a doença e sua
erradicação é o
principal, muitas vezes
colocando o paciente em
segundo plano. É
importante que os
profissionais de saúde
tornem-se mais humanos,
se aproximando da
realidade daquele
paciente que sofre e
necessita muito mais do
que apenas a cura de sua
enfermidade. O modelo
paliativo tem o foco no
indivíduo como um todo.
São cuidados prestados
aos doentes em situação
de intenso sofrimento
decorrente de doença
incurável em fase
avançada, promovendo as
necessidades que
requerem apoio
específico, organizado e
interdisciplinar. O
sistema de suporte deve
ser em várias esferas
englobando a família,
amigos e incluir a
religiosidade e a
espiritualidade deste
paciente. Ratificou a
importância da
ortotanásia, que é a
morte no tempo certo e
que o médico não deve se
obstinar pela distanásia,
que é um prolongamento
desnecessário e por
muitas vezes com
sofrimento, não apenas
do paciente, mas também
dos familiares que o
cercam. |
Dependência química e
espiritualidade
A palestra seguinte
também abordou um tema
atual, a questão da
dependência química e
espiritualidade,
apresentada pelo
psiquiatra Rafael
Latorraca, da AME-São
Paulo. Iniciou
conceituando a
dependência não apenas
pela intensidade do uso,
mas também pelas
complicações
psicossociais
decorrentes. Citou as
origens de algumas
drogas lícitas e a forma
de utilização inclusive
para a sociabilização e
questões culturais de
cada povo.
O tamanho do problema é
assustador. Estudos
apontam de 52% dos
brasileiros acima de 18
anos bebem pelo menos
uma vez ao ano e a idade
do inicio do consumo tem
diminuído, sendo
frequente o número de
adolescentes a partir de
14 anos e a intensidade
tem crescido. O mesmo
acontece com o cigarro,
cocaína e maconha,
causando danos físicos e
podendo acarretar
problemas psiquiátricos.
Outro ponto colocado foi
a utilização de
anabolizantes por jovens
e seus efeitos, em busca
de um corpo perfeito.
Ele também colocou as
comorbidades de cada
tipo de droga,
exemplificando os
transtornos e problemas
clínicos que podem advir
deste tipo de
dependência. Ressaltou
que é fundamental para o
dependente buscar a
própria cura para que se
tenha mais êxito,
citando os passos para a
manutenção do bem-estar
e qualidade de
resultados. Relacionando
com a espiritualidade,
citou a parceria com o
Centro Espírita Cairbar
Schutel, de São Paulo,
onde há um trabalho
denominado como
Instituto de Saúde que
passa a agir como
ambulatórios espirituais
reforçando os cuidados
para com os pacientes.
Citou o amor e a família
como meios de
transformação e citou a
questão 207 do Livro dos
Espíritos, que fala
sobre o parentesco,
deixando claro que nada
se perde aos olhos do
Pai Maior por mais que a
situação da dependência
seja dramática àqueles
que optam por não aderir
a um tratamento num
primeiro momento.
Por que será que
adoecemos?
No período da tarde, a
odontóloga Solange
Bataglion, membro da
AME-Ribeirão Preto(SP)
palestrou sobre Por que
adoecemos? A oradora
citou que estamos aqui
no planeta Terra para
aprendermos as leis
Divinas ou naturais e
que, quando fugimos
destas leis, adoecemos.
O momento da doença é
uma oportunidade de
reajuste da consciência
do espírito. E como
ressaltado em Os
Missionários da Luz, do
espírito André Luiz
através da psicografia
de Chico Xavier: “Todos
os nossos órgãos estão
subordinados à nossa
ascendência moral”.
Ao alimentarmos
pensamentos sombrios em
nossas mentes, nossas
células são
bombardeadas, agindo e
reagindo conforme a
qualidade destes
conteúdos, podendo
desenvolver diferentes
mecanismos em nosso
espírito, nos levando à
diferentes doenças.
Nosso sistema
imunológico reage a
estes pensamentos, se
enfraquecendo cada vez
mais. Os estados mental
e psicológico em que a
pessoa se encontra são
os maiores responsáveis
pelo binômio
saúde-doença.
Reflexões sobre
alimentação e
espiritualidade
Logo após, o Dr.
Alexandre Anefalos,
cirurgião
gastroenterologista e
presidente da
AME-Piracicaba (SP)
falou sobre Reflexões
sobre a Alimentação e
Espiritualidade.
Primeiramente, ele
colocou o conceito de
saúde exposto pela
Organização Mundial de
Saúde (OMS) que é o
estado de completo
bem-estar físico, mental
e social e não somente a
ausência de afecções ou
enfermidades. Isto
posto, fez a colocação
de Emmanuel para o mesmo
tema que “saúde é a
perfeita harmonia da
alma”. Esta afirmação
deixa bem claro que
estamos aqui para nossa
evolução. Então como
relacionar isto com a
alimentação? Dr.
Alexandre pontua que em
nenhum trabalho foi
encontrado maior
prevalência de doenças
em vegetarianos (cinco
estudos com 76 mil
indivíduos). Outros
estudos apontam redução
de 31% das mortes por
doença cardiovascular em
homens e 20% em mulheres
vegetarianas, redução de
14% de níveis de
colesterol em
ovolactovegetarianos.
Também redução na
pressão arterial e
colesterol 35% mais
baixo em vegetarianos e
consequente redução dos
níveis de obesidade.
Redução de 50% de
diverticulite nos
vegetarianos e risco de
diabetes 100% maior em
onívoros do que em
vegetarianos ( estudo
realizado com mais de 34
mil adventistas) e
redução em duas o risco
de cálculo de vesícula
em mulheres
vegetarianas, além do
aumento de risco de
câncer entre os que se
alimentam de carne
vermelha. Também falou
sobre o impacto da
alimentação com o meio
ambiente, principalmente
com a pecuária e sua
contribuição para o
efeito estufa.
Finalizando, o dr.
Alexandre citou as
questões 722 e 723 do
Livro dos Espíritos que
versam sobre a
alimentação humana e
incentivou as novas
tecnologias que
estimulam a produção de
proteína vegetal.
Psiquiatria e
Mediunidade
Para terminar o ciclo de
palestras, o psiquiatra
Flávio Braun, presidente
da AME-Santos (SP)
discorreu sobre
Psiquiatria e
Mediunidade expondo
alguns parâmetros
comparativos e
diferenciais entre estes
temas tão discutidos e
de difícil diagnóstico
entre os pacientes e os
profissionais de saúde,
visto que é a
especialidade médica que
mais se aproxima do
Espiritismo. Citou os
estudos de qualidade
científica que analisam
os estados de transe,
hoje comprovados por
exames de neuroimagem, a
abertura que o tema
ganha em congressos
médicos da área
não-espírita. Dr. Flávio
levantou o histórico da
mediunidade e
psicologia, onde alguns
eram francamente contra
e outros com posição
mais aberta, falando
sobre a possibilidade de
algum fenômeno não
patológico estar de fato
ocorrendo nas mentes de
pessoas que eram
julgadas como loucas.
Fez também um paralelo
sobre a mediunidade, a
doença mental e os
transtornos psíquicos,
citando as obras da
Codificação e também
obras mais modernas de
médicos pertencentes a
outras AMEs.
Ao final, os
organizadores do
seminário convidaram o
público para prestigiar
o Programa Espiritismo e
Saúde, coordenado pela
AME-Ribeirão Preto e
veiculado pela Rádio
Educativa 89,7FM, todos
os domingos, das 20h às
22h, também disponível
via Web pela página
eletrônica:
www.radioeducativafm.com.br
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