HUGO ALVARENGA NOVAES
hugo.an19@gmail.com
Santa Rita do Sapucaí, MG (Brasil) |
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Versos do Natal
No livro “Instruções
Psicofônicas”,
psicografado pelo médium
Francisco Cândido Xavier
e ditado por Diversos
Espíritos, no capítulo
40, notamos abaixo do
asterisco a expressiva
contribuição do nosso
“Chico”, em relação à
mais importante festa do
mundo cristão:
*
VERSOS DO NATAL
Revestiu-se para nós de
grande alegria a parte
final da nossa reunião
de 9 de dezembro de
1954.
Meimei ocupou as
faculdades psicofônicas
do médium e anunciou em
voz clara:
"Meus irmãos, Jesus nos
abençoe.
Graças à Bondade Divina,
nossas tarefas foram
rematadas com a
necessária segurança. As
melhoras dos nossos
companheiros sofredores,
assistidos nesta noite,
serão progressivas,
continuando, assim, no
aconchego de nossas
organizações
espirituais.
Agora, solicitamos dos
presentes alguns
instantes de pensamentos
amigos, tão entrelaçados
quanto possível, em
torno da memória de
Jesus, para favorecermos
a visita de nossa irmã
Cármen Cinira, que algo
nos falará, hoje, acerca
do Natal."
Afastou-se Meimei e a
transfiguração do médium
dá-nos a entender que
outra entidade lhe
tomava o equipamento. E,
decorridos brevíssimos
minutos, com um timbre
de voz que nos soava
harmoniosamente aos
ouvidos, a poetisa
Cármen Cinira, em versos
encantadores e
vibrantes, saúda o Natal
que se aproxima, poesia
essa que ela própria
intitulou.
VERSOS DO NATAL
Enquanto a glória do
Natal se expande
Na alegria que explode e
tumultua,
Lembra o Divino Amigo,
além, na rua...
E repara a miséria
escura e grande.
Aqui, reina o Palácio do
Capricho
Que a louvores e júbilos
se entrega,
Onde a prece ao Senhor é
surda e cega
E onde o pão apodrece
sobre o lixo.
Ali, ergue-se a Casa da
Ventura,
Que guarda a fé por
fúlgido tesouro,
Onde a imagem do Cristo,
em prata e ouro,
Dorme trancada em
cárceres de usura.
Além, é o Ninho da
Felicidade
Que recorda Belém,
cantando à mesa,
Mas, de portas cerradas
à tristeza
Dos que choram de dor e
de saudade.
Mais além, clamam sinos
com voz pura:
- “Jesus nasceu!” - o
Templo dos Felizes
Que não se voltam para
as cicatrizes
Dos que gemem nas chagas
de amargura...
Adiante, o Presépio
erguido em trono
Louva o Rei Pequenino e
Solitário,
Olvidando os herdeiros
do Calvário
Sobre as cinzas dos
catres de abandono.
De quando em quando, o
Mestre, em companhia
Daqueles que padecem
sede e fome,
Bate ao portal que lhe
relembra o nome,
Mas em resposta encontra
a noite fria.
E quem contemple a Terra
que se ufana,
Ante o doce esplendor do
Eterno Amigo,
Divisará, de novo, o
quadro antigo:
- Cristo esmolando asilo
na alma humana.
Natal!... O mundo é todo
um lar festivo!...
Claros guizos no ar
vibram em bando...
E Jesus continua
procurando
A humilde manjedoura do
amor vivo.
Natal! eis a Divina
Redenção!...
Regozija-te e canta,
renovado,
Mas não negues ao Mestre
desprezado
A estalagem do próprio
coração. (Cármen Cinira)
*
Feliz Natal a todos!