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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 6 - N° 293 - 6 de Janeiro de 2013
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Nas Fronteiras da Loucura

Manoel Philomeno de Miranda 

(Parte 19)

Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do livro Nas Fronteiras da Loucura, de Manoel Philomeno de Miranda, obra psicografada por Divaldo P. Franco.

Questões preliminares

A. Que devemos entender por silêncio mental?

A explicação é dada por Dr. Bezerra: "Em nossa área de ação, o silêncio não é decorrência da cessação da voz, a pa­rada dos ruídos que ferem o tímpano, como ocorre na Terra. Sendo o pensamento o agente, é natural que, em descontrole, produza tal des­carga magnética, especialmente em casos desta ordem, que repercutiriam na enferma como sendo explosão de granadas, gritos, exclamações, o que, em verdade, está acontecendo no campo vibratório dos familiares, embora sem ressonância na área física”. "No mundo é difícil, para muita gente, fazer silêncio oral, quanto mais de ordem mental." Philomeno compreendeu a lição, recordando-se dos males que produzem tanto a palavra leviana, quanto os ruídos mentais desgovernados, quando o indivíduo se cala mas reage com o pensamento em revolta e desejos de revide ou vingança, despejando cargas de magnetismo dissolvente sobre seus opositores ou desafetos. (Nas Fronteiras da Loucura, cap. 24, pp. 175 a 177.) 

B. A oração em favor de uma pessoa chega a produzir um efeito material?

Sim. Segundo Dr. Bezerra, a oração intercessória, realizada com un­ção, com sentimentos elevados, envolve aquele por quem se recorre, considerando-se que toda emissão mental, de acordo com a sua intensi­dade e o conteúdo que lhe dá  frequência, termina por alcançar o objetivo ou a pessoa a que se destina. "A prece é vibração poderosa de que o homem não tem sabido valer-se como seria de desejar." (Obra citada, cap. 25, pp. 178 e 179.)

C. Como é possível alguns Espíritos – como os benfeitores espirituais – não serem vistos por outros presentes no mesmo recinto?

O fato demonstra a grandeza das Soberanas Leis. A frase é de Manoel Philomeno, que diz que, embora estivessem todos no mesmo espaço, ele e o Mentor podiam ver as Entidades delinquentes, sem que a estas isso fosse facultado. Isso ocorria porque sintonizavam em outra faixa vibratória, inacessível à percepção espiritual dos Espíritos que naquele momento estavam voltados à prática do mal. (Obra citada, cap. 25, pp. 179 e 180.) 

Texto para leitura 

90. As horas são breves quando amamos - Dr. Bezerra registrou, em sua preleção final, os agradecimentos a todos os companheiros que se empenharam na ação do bem, sem exigências nem imposições. "As horas passaram em festa de fraternidade, sempre breves quando amamos e lon­gas quando nos deixamos afligir pelo desespero", acentuou o Mentor, adicionando: "Há  muito por fazer em favor do próximo quanto de nós próprios... Quem adia o momento da ação libertadora mais se algema à desdita, retardando, sem motivo, a própria libertação e esta somente chega, quando o homem se ilumina interiormente com a verdade, acionando os recursos do amor a benefício do próximo". Após uma pequena pausa, Dr. Bezerra prosseguiu: "Quem conhece Jesus não tem como escusar-se e quem O identifica, sobremaneira, pela visão da Doutrina Espírita, já não Lhe pode resistir ao chamado para a transformação de si mesmo e do mundo em que vive, tendo-se em vista as provações excruciadoras que visitam a Humanidade". "Cabe-nos não defraudar, sob pretexto algum, o compromisso abraçado que é servir, servir mais, servir sempre sob a égide do Cristo." Dito isto, o Benfeitor transfigurou-se diante dos olhos de todos e, com voz comovida e penetrante, orou ao Senhor da Vida, agradecendo a Ele tudo quanto a sua generosidade nos tem dispen­sado ao longo da vida e por nos haver colocado "na linha de ação". (Cap. 24, pp. 173 e 174) 

91. Os ruídos mentais - Após a prece, Dr. Bezerra convidou Philo­meno a uma breve visita às enfermarias, onde puderam rever Ermance, ainda em sono reparador ao lado da avó Melide, e Fábio ao lado de seu colega, sob a assistência de dona Ruth. Melide, após dizer da dor sel­vagem que se abatera sobre os pais da jovem Ermance, indagou da possi­bilidade de propiciar a eles uma visita à enferma, de modo a assere­nar-se. Aduziu, então, que a mãe da jovem, de alma estiolada, agasa­lhava a ideia da morte, no desejo de estar com a filha. Dr. Bezerra respondeu-lhe: "Compreendemos o carinho da devotada irmã Melide, no entanto, Ermance não pode, nesta situação, ser perturbada por qualquer ruído, necessitando desse repouso profundo. A visita dos pais per­turbá-la-ia muito, em razão da zoada mental de que se encontram acome­tidos, no aturdimento e desespero, terminando por alcançar a jovem através de perigosos dardos de desconforto e saudade... Tomaremos, no entanto, providências para que técnicos de comunicações propiciem-lhes sonhar com a Senhora, já  experiente nestes misteres, mediante o que os acalmará". Após alguns segundos, concluiu: "Somente lhe recordamos que os filhos, por mais amados, não são propriedade nossa, pertencendo an­tes a Deus". A veneranda avó sorriu e compreendeu, humilde, o sentido da frase do Mentor. A expressão "zoada mental", contudo, intrigou muito a Manoel P. de Miranda, a quem Dr. Bezerra elucidou: "Em nossa área de ação, o silêncio não é decorrência da cessação da voz, a pa­rada dos ruídos que ferem o tímpano, como ocorre na Terra. Sendo o pensamento o agente, é natural que, em descontrole, produza tal des­carga magnética, especialmente em casos desta ordem, que repercutiriam na enferma como sendo explosão de granadas, gritos, exclamações, o que, em verdade, está acontecendo no campo vibratório dos familiares, embora sem ressonância na área física... De alguma forma, Ermance aqui está  defendida desses petardos do desequilíbrio doméstico, o que não ocorrerá com alguém em desalinho nas suas imediações vibratórias". "No mundo é difícil, para muita gente, fazer silêncio oral, quanto mais de ordem mental." Philomeno compreendeu a assertiva, recordando-se dos males que produzem tanto a palavra leviana, quanto os ruídos mentais desgovernados, quando o indivíduo se cala mas reage com o pensamento em revolta e desejos de revide ou vingança, despejando cargas de magnetismo dissolvente sobre seus opositores ou desafetos. (Cap. 24, pp. 175 a 177) 

92. O valor da prece intercessória - Dr. Bezerra, no início da noite de 4ª feira, dirigiu-se ao Hospital onde se encontrava internada Julinda (a jovem mulher que praticara aborto, repelindo Ricardo, que agora a subjugava). Dr. Figueiredo, diretor espiritual do Nosocômio, levou o Mentor e Philomeno ao apartamento da enferma, que se encon­trava sob alta dose de antidepressivo, adormecida. Como sabemos, ela fora internada com o diagnóstico de PMD (psicose maníaco-depressiva). Ricardo, que fora adestrado por Elvídio nas técnicas da obsessão, ali estava vigilante. Seu semblante cerrado mostrava o ódio e o desprezo que nutria pela vítima. Julinda, apesar de ter a casa mental sitiada pelo fluido pernicioso do perseguidor, apresentava alguns pontos não dominados integralmente pela Entidade infeliz. Dr. Bezerra aclarou: "Como tomamos conhecimento por ocasião da nossa primeira visita a Ju­linda, o remorso foi a ponte de que se utilizou Ricardo para dominá-la. Ao natural sentimento de culpa que nela se instalou, o inimigo im­pôs a ideia da loucura, amedrontando-a e fazendo-a fixar o momento do aborto delituoso com que terminou por vencê-la, a pouco e pouco. Si­multaneamente, porque desarmada dos valores espirituais, que relegara a plano secundário, não ficou indene às irradiações positivas do amor da mãezinha portadora de credenciais de relevo no nosso plano, quanto das suas orações que a envolvem, ainda hoje, dificultando a ação plena do adversário". E ajuntou: "A oração intercessória, realizada com un­ção, com sentimentos elevados, envolve aquele por quem se recorre, considerando-se que toda emissão mental, de acordo com a sua intensi­dade e o conteúdo que lhe dá  frequência, termina por alcançar o que ou a quem se destina". "A prece é vibração poderosa de que o homem não tem sabido valer-se como seria de desejar." (Cap. 25, pp. 178 e 179) 

93. Uma redoma de força magnética - Ricardo (o obsessor) não con­seguia ver quem ali estava, mas pressentiu a presença dos benfeitores espirituais, afastando-se, molesto. Dr. Bezerra aplicou passes refa­zentes em Julinda-alma, repetindo a experiência no seu corpo, atendendo especialmente aos campos cerebral e genésico. A paciente pôde, então, acalmar-se suavemente, num sono agora refazente. O Mentor a imantara de fluidos especiais, que pareciam resguardá-la da ação perniciosa de Ricardo. Súbito, fez-se no quarto estranho alarido. Era Elvídio que viera, pessoalmente, com alguns acólitos ameaçadores, a pedido de Ricardo. A paciente, apesar da confusão, não deu mostras de ser atingida. A camada protetora de fluidos, como se formasse uma re­doma de força magnética, defendia-a das descargas emitidas pelos per­turbadores. Elvídio percebeu o que acontecera e protestou: "Estamos sendo dilapidados em nossos direitos. Os enviados do Crucificado aqui estiveram e intentaram roubar-nos a presa, o que não lograrão facil­mente. A partir de agora, deixaremos vigilantes dispostos e com recur­sos de enfrentá-los com nossas forças". Descarregou, então, energias viciadas sobre a enferma, mas tudo em vão, porque a paciente seguia tranquila em seu repouso. Como conhecesse algumas das técnicas do magnetismo e da hipnose, ele explodiu, colérico: "Ela absorverá essas forças, que se consumirão, voltando a receber as nossas. Será  questão de tempo e isto não nos falta. É somente esperarmos com calma". Phi­lomeno destaca, nesse ponto, a grandeza das Soberanas Leis. Estavam todos no mesmo espaço, mas porque ele e o Mentor sintonizassem em ou­tra faixa vibratória, podiam ver as Entidades delinquentes, sem que a estas isso fosse facultado. Ricardo ficara confuso, mas tinha esperan­ças, confiante na promessa de Elvídio, que se retirou deixando duas sentinelas de aspecto muito desagradável à entrada do quarto. O Ben­feitor convidou, então, o amigo à prece a Jesus, objetivando o atendi­mento aos envolvidos na trama do sofrimento que para si mesmos haviam engendrado. (Cap. 25, pp. 179 e 180) 

94. Ricardo é levado ao Centro - A prece feita por Dr. Bezerra canalizou reforços de energia superior para o recinto, modificando a psicosfera ambiente que afetou o inimigo de Julinda. Lentamente ele se aquietou e passou a entrar em reflexão, ao império das ondas mentais que o atingiam. O Mentor então falou: "Agora poderemos ir, levando-o conosco, no estado de sono, de que será  acometido dentro em pouco. Co­meçando a pensar, afrouxar-se-ão os vínculos da tensão e ele cederá  ao repouso, que nos propiciará trasladá-lo sob indução hipnótica. A nossa não é uma atitude de violência ao seu livre-arbítrio. No entanto, se desejamos auxiliar Julinda, somos convidados a socorrê-lo primeira­mente, porque a sua insânia de hoje resulta de dores vigorosas de que padece desde antes, ocasionadas pela invigilância dela... Magnetizado o ambiente e porque não mais acostumado a uma psicosfera menos densa, diminui-lhe a fixação do ódio, permitindo-lhe retroceder no tempo, in­conscientemente, e sentir saudades da paz... Teleguiado pelo nosso pensamento, ele sairá  sem despertar suspeita nos vigilantes deixados por Elvídio e assim o conduziremos à Casa Espírita". Assim sucedeu.  Ricardo foi conduzido, psiquicamente, pelo Mentor, à Casa Espírita, onde Genézio Duarte os aguardava, previamente cientificado dos fatos. A sessão mediúnica começou e, após a mensagem inicial do Diretor espi­ritual, tiveram início os esclarecimentos, sob o comando seguro do ir­mão Arnaldo, presidente da Casa Espírita, cuja presença inspirava con­fiança em todos, porque ele era, segundo Philomeno, espírita no sentido correto da palavra. Aproximando-se do médium Jonas, que lhe daria passividade, Ricardo foi despertado pelo Mentor, por efeito de indução mental, e estranhou o que se passava. Após olhar em derredor, assus­tado, pareceu sentir-se em desconforto. Quando atuava sobre Julinda, sua ação era provocada ao próprio talante, mas ali, imantado a um mé­dium educado psiquicamente, sentia-se parcialmente tolhido, com os mo­vimentos limitados, e recebia ainda as vibrações do encarnado que, de alguma forma, exercia influência sobre ele. Ao pensar em desvencilhar-se da incômoda situação, viu que acionava o corpo físico de que se utilizava, sem saber como. Pensou em reagir e ouviu a própria voz pe­los lábios do médium: "Que faço aqui?". Começava então seu diálogo com Arnaldo, o dirigente. (Cap. 25, pp. 181 a 183) (Continua no próximo número.) 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita