A perda irremediável
"Portanto, vede como
andais..." - Paulo.
(Efésios, 5:15.)
Aprende a ver com o
Cristo as dificuldades e
as dores que te rodeiam,
a fim de não
empobreceres o próprio
coração à frente dos
tesouros com que o
Senhor nos enriquece a
vida.
Muitas vezes, a calúnia
que te persegue é a
força que te renova à
resistência para a
vitória no bem e, quase
sempre, a provação que
te sitia no cárcere do
infortúnio é apenas o
aprendizado benéfico a
soerguer-te das trevas
para a luz.
Em muitas ocasiões, a
mão que te nega o
alimento transforma-se
em apelo ao trabalho
santificante através do
qual encontrarás o pão
abençoado pelo suor do
próprio rosto e, por
vezes numerosas, o
obstáculo que te visita,
impiedoso, é simples
medida da esperança e da
fé, concitando-te a
superar as próprias
fraquezas.
O ouro, na maioria dos
casos, é pesada cruz de
aflição nos ombros
daqueles que o amealham
e a evidência no mundo,
frequentemente, não
passa de ergástulo em
que a alma padece de
angustiosa solidão.
Descerra a própria alma
à riqueza divina,
esparsa em todos os
ângulos do campo em que
se te desdobra à
existência e
incorporemo-la aos
nossos sentimentos e
ideias, palavras e
ações, para que todos os
que nos palmilham a
senda se sintam ricos de
paz e confiança,
trabalho e alegria.
Lembra-te de que a
morte, por meirinho
celeste, tomará contas a
cada um.
Recorda que os mordomos
da fortuna material,
tanto quanto as vítimas
da carência de recursos
terrestres, sábios e
ignorantes, sãos e
doentes, felizes e
infelizes comparecerão
ao acerto com a justiça
indefectível, e guarda
contigo a certeza de que
a única flagelação
irremediável é aquela do
tempo inútil, na
caminhada humana, porque
afetos e haveres,
oportunidades e valores,
lições e talentos
voltam, de algum modo,
às nossas mãos, através
das reencarnações
incessantes, mas a hora
perdida é um dom de Deus
que não mais voltará.
Do cap. 9 do livro
Ceifa de Luz, de
Emmanuel, psicografado
pelo médium Francisco
Cândido Xavier.