Considerando sua
atividade e
experiência
profissional com
vídeo, como você
vê essa
interação entre
a comunicação
moderna e a
divulgação
espírita?
Vejo os esforços
de contemplar as
mídias modernas
com o conteúdo
espírita como
naturais, uma
vez que se
espelham na
própria história
do movimento
espírita,
especialmente se
considerarmos
que Allan Kardec
produziu, ainda
no século 19,
uma revista
mensal, algo
extremamente
vanguardista
para a época.
Temos que seguir
o exemplo dos
pioneiros e
continuar a boa
luta para
contemplar cada
mídia, seja
tradicional ou
nova.
Como você vê a
introdução dos
conceitos
espíritas na
arte e na mídia?
Creio que as
artes
historicamente
refletem a busca
de respostas que
nos caracteriza
enquanto
humanos, busca
esta que
impulsiona nossa
evolução. O
Espiritismo é
hoje, em minha
opinião, a
fronteira
filosófica que
nos levará a
conhecimentos
nunca antes
imaginados por
nossa espécie,
conhecimentos
estes que têm a
capacidade de
nos introduzir
em um contexto
cósmico. Nossa
literatura,
nosso teatro,
nosso cinema,
portanto, de
forma legítima e
irreversível,
começam a
adentrar
igualmente, pé
ante pé, tal
terreno.
Na produção de
áudio e vídeo
com finalidade
de divulgação
espírita, qual o
cuidado
principal?
Vivemos o
desafio de
introduzir
informações
novas para
grande parcela
da população de
forma atraente,
mostrando o
caráter
unificador que a
doutrina possui.
Some a isso a
tarefa de
mostrar que
podemos ser
alegres e
joviais mantendo
ainda a educação
através dos
ensinamentos
espíritas.
E na arte em
geral, como a
música, o
teatro, a dança
e outras
modalidades?
Seguiria pela
mesma linha de
raciocínio: a
busca pelo Belo
e pelo Justo,
pelo êxtase
sensorial que a
arte causa, mas
nunca
desassociado da
ética universal
que a doutrina
propõe,
incentivando a
reflexão, a
busca pelo eu
imortal.
Precisamos
incentivar o
teatro que
mostra o drama
do túmulo vazio,
quando se acorda
do outro lado, a
dança que busca
encontrar o
movimento do
fluido cósmico
universal, a
música que
pretende
materializar na
Terra o cântico
dos planos
superiores.
Como você,
profissional na
mídia espírita,
tem sentido a
repercussão da
divulgação
espírita junto
ao grande
público?
Fico muito feliz
em notar que as
peças espíritas
nas diversas
mídias têm
encontrado
acolhimento em
plateias cada
vez maiores. O
produtor Oceano
Vieira de Melo
recentemente fez
um cálculo que
aponta o
expressivo
número de 100
milhões de
visualizações
dos últimos 10
filmes espíritas
lançados,
considerando
todas as mídias
onde eles
trafegaram
(cinema, TV
aberta, TV paga,
home video).
Esse dado
demonstra, sem
receio de
errarmos, que a
arte espírita é
necessária,
muito bem-vinda
e penetrará cada
vez mais em
todas as camadas
da humanidade.
Com a expansão
da tecnologia e
dos recursos à
nossa
disposição, qual
o maior desafio
atual?
O desafio
continua sendo
honrar nossos
pioneiros, como
Kardec e
Cairbar, que
estiveram à
frente do seu
tempo. Em outras
palavras, o
movimento
espírita como um
todo e
principalmente
os espíritas
envolvidos na
divulgação da
doutrina
necessitam
utilizar de
forma plena
quaisquer
tecnologias que
estejam à nossa
disposição.
Você considera
que o grande
público tem
assimilado bem a
introdução dos
conceitos
espíritas em
novelas, teatro
e filmes?
Como a doutrina
espírita já
previu, estamos
iniciando um
novo ciclo
planetário em
que a arte
serviria de
arauto dos
tempos novos.
Hoje já vemos
uma torrente
contínua de
filmes e
novelas, por
exemplo, em que
os conceitos
espíritas de
mediunidade e
reencarnação
(nem sempre
apresentados com
acuidade
doutrinária,
claro) estão
sempre
presentes. É
possível,
portanto, que em
pouco tempo os
princípios
espíritas
estejam
espraiados pela
arte como um
todo, quer seja
ela de autoria
de espíritas
confessos, ou
não.
Inicialmente
vemos a
aceitação e, num
segundo momento,
a assimilação
que então
impulsionará a
reforma íntima
de cada
encarnado.
Na experiência
da TV Mundo
Maior, o que
mais lhe chama a
atenção?
Na TV Mundo
Maior tenho o
privilégio de
unir a crença
pessoal ao
trabalho formal,
à atividade
profissional.
Isso gera,
também, uma
responsabilidade
que se agiganta
quando percebo o
momento pelo
qual todos
passamos. Ainda
não dispomos dos
recursos
financeiros e
tecnológicos que
a doutrina
merece para uma
divulgação de
qualidade e
verdadeiramente
massiva, mas não
me furto à
esperança de que
estes dias
virão, em breve,
e que mais
iniciativas como
a TV Mundo Maior
irão aparecer em
vários pontos do
Brasil e da
Terra. |