MARCUS
VINICIUS DE AZEVEDO
BRAGA
acervobraga@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)
|
|
O que ensino às
minhas filhas
Ensino não o que
faço, mas aquilo
que eu tento
fazer.
Como Espírito
encarnado,
ensino-lhes a
respeitar suas
limitações,
crescendo um
pouco a cada
dia, mas sem
perder de vista
o ideal da
melhoria
constante.
Não deixo de
mostrar a elas
que cada um é um
irmão que deve
ser respeitado,
em suas
potencialidades
e dificuldades,
e que o dito
inimigo de hoje
pode ser um
grande amigo
amanhã.
Às minhas filhas
tento mostrar o
valor do
dinheiro e a dor
que traz a sua
falta, assim
como o fascínio
que traz o seu
excesso. Falo
que o que
acontece ao
próximo, que
padece de
carências, é
problema nosso
sim.
A cada erro ou
insucesso,
procuro
identificar
junto a elas as
oportunidades de
aprendizado e
afirmo que
devemos ter a
mente aberta
sempre para
novas soluções,
aprendendo a
levantar,
sacudir a poeira
e dar a volta
por cima.
Procuro
mostrar-lhes o
equilíbrio do
verbo ouvir com
o verbo decidir,
na certeza de
que o medo e a
coragem foram
dados por Deus
com um
propósito, a se
ajustar na
dinâmica da
vida.
A elas falo da
importância da
religião, não só
como forma de
aprimorar a
espiritualidade
de cada um, mas
como uma oficina
de trabalho no
desenvolvimento
útil de suas
potencialidades.
A cada dia
apresento a
lição da
iniciativa, de
que elas não
devem ser
omissas, ainda
que a bravura
deva ser
acompanhada da
prudência, que
nos protege das
armadilhas e
joguetes.
Por fim, ensino
a respeitarem os
bens alheios e
coletivos e que
o sucesso fácil
pode se
converter em uma
vergonha maior,
nos caminhos
rápidos e sem
volta.
Como pai, tento
ensinar-lhes
algumas coisas,
antes que o
mundo o faça,
com menos
paciência e de
forma mais
assertiva.