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Crônicas e Artigos

Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013

WALDENIR APARECIDO CUIN
wacuin@ig.com.br
Votuporanga, SP (Brasil) 

 


Observemos o sofrimento ao nosso redor e sirvamos


“Quando conseguires superar as tuas aflições para criares a alegria dos outros, a felicidade alheia te buscará, onde estiveres, a fim de improvisar a tua ventura.” (Emmanuel, no livro “Fonte Viva”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, item 73.)

Vivemos num mundo de expiações e provas, onde o bem ainda é menor que o mal, por isso, observamos com frequência, ao nosso redor, essa gama imensa de sofrimentos e dores a enegrecer e ferir o coração humano.

Obviamente, no contexto sábio das leis de Deus, o progresso moral se dará e as criaturas, aos poucos, mediante seus próprios esforços, amparadas pela Providência Divina, deixarão esse vale de lágrimas visando alcançar as zonas superiores da vida.

No entanto, enquanto tal momento não chega, imprescindível que observemos as angústias e as aflições que pontilham no meio social em que vivemos e, de alguma forma, diante das nossas possibilidades, ofereçamos a nossa quota de auxílio e cooperação, no intento de amenizar os padecimentos que torturam nossos irmãos de jornada terrena.

Paremos por alguns instantes para ouvir o lamento doloroso de crianças implorando por um prato de alimento que possa calar os gritos do estômago vazio, e cooperemos na solução do problema.

Identifiquemos jovens que seguem pelos caminhos tortuosos da vida, sem as referências básicas da dignidade familiar, e contribuamos, como pudermos, buscando apontar-lhes direções seguras e promissoras.

Vislumbremos famílias em conflitos, cujos lares permanecem no clima inseguro das agressões e desrespeito, e ajudemos na implantação da paz e da serenidade, formando a base sólida da prosperidade moral.

Doentes existem, acamados, sem recursos financeiros, portadores de grandes padecimentos físicos, aguardando mãos amigas que possam aliviar-lhes as torturas, mesmo que seja um pouco. Com sensibilidade e compaixão poderemos oferecer a nossa quota de amor visando minorar-lhes o sofrimento.

Idosos desprovidos de família ou abandonados pela parentela desfilam diante dos nossos olhos, criando um quadro social comovente e triste, desafiando nossas iniciativas em encontrar um jeito de acalmar seus corações desesperançados. Façamos algo por eles.

Pais desempregados clamam por ocupações dignas, que possibilitem ganhar o sustento da família com o suor de seus esforços. Movimentemos nossa boa vontade e os ajudemos a encontrar postos de trabalho.

Como podemos observar, sem muitos esforços, o contexto social que nos cerca ainda é uma intrincada rede de problemas e aflições, gerador de instabilidade emocional e de insegurança de toda ordem, onde, de um jeito ou de outro, todos sofremos.

Assim, é indispensável compreender que não basta estarmos bem fisicamente, equilibrados financeiramente, ajustados emocionalmente, com exclusividade, pois se nossos irmãos assim também não estiverem, a paz que almejamos e a felicidade que tanto queremos ainda serão apenas sonhos e desejos, e não realidade.

Ninguém conseguirá ter serenidade sozinho, pois que somos seres gregários e, no isolamento absoluto, é impossível de se viver.

As leis de Deus, sendo de compensação, obviamente cada um receberá de acordo com as suas obras, portanto, se já nos interessamos por uma vida mais digna, para obtê-la temos total necessidade de também dignificar a vida alheia.

Dessa forma, conseguiremos neutralizar os nossos sofrimentos à medida que amenizamos os sofrimentos dos nossos irmãos.

Pensemos nisso.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita