Nobre convite
Nasceu em
Edimburgo na
Escócia em 1847.
Quando residia
em Boston,
Estado de
Massachussets –
EUA – fez as
descobertas que
resultaram na
invenção do
telefone em
1875.
Tinha grande
afeição pelo
estudo da
reprodução dos
sons e acabou
por
transformar-se
em professor de
pessoas que
tinham problemas
auditivos. Esse
trabalho
rendeu-lhe uma
grande paixão
que deu origem
ao seu casamento
com uma jovem
deficiente
auditiva da qual
fora abnegado
instrutor.
Interessante
notar que horas
após Alexander
Graham Bell
requerer a
patente do
telefone, um
homem chamado
Elisha Gray
solicitou a
patente de
aparelho
semelhante.
Incrível! Ambos
haviam inventado
o telefone,
independentemente,
e ao mesmo
tempo.
Em O Livro
dos Espíritos,
na questão de nº
419, Kardec
questiona:
419 – P: Por que
a mesma ideia, a
de uma
descoberta, por
exemplo, pode
surgir em
diversos lugares
ao mesmo tempo?
R
–
Já dissemos que
durante o sono
os Espíritos se
comunicam entre
si. Pois bem,
quando o corpo
desperta, o
Espírito se
recorda do que
aprendeu e o
homem acredita
ser o autor da
invenção. Assim,
muitos podem
descobrir a
mesma coisa ao
mesmo tempo.
Quando dizeis:
uma ideia está
no ar, usais de
uma figura de
linguagem mais
justa do que
acreditais; cada
um, sem saber,
contribui para
propagá-la.
Kardec
prossegue:
Nosso próprio
Espírito revela,
assim, muitas
vezes a outros
Espíritos e sem
nosso
conhecimento o
que se faz
objeto de nossas
preocupações
quando
acordados.
Seja nas horas
de sono do corpo
físico, ou não,
todos somos
capazes de
empreender
contato com o
mais alto.
Espíritos
comprometidos
com o progresso
da humanidade
inspiram
criaturas afins;
é a chamada
parceria do
invisível com o
visível.
A história da
humanidade está
repleta de
situações dessa
ordem. Como
outro exemplo,
citamos o caso
de Charles
Darwin, em
1.858. Quando
este revisava
sua grande obra
sobre a teoria
da evolução,
recebeu de um
naturalista
britânico –
Alfred Russel –
um manuscrito
esboçando a
teoria
evolucionista.
Inacreditável! A
obra de Russel
era semelhante à
de Darwin. O já
famoso cientista
Darwin acabou
por apresentar à
comunidade
científica,
junto com o seu
livro, o
manuscrito de
Alfred Russel.
As inspirações
chegam, porém,
para que se
tornem reais, se
faz mister nosso
empenho por
fazê-las
caminhar.
De nada
adiantarão
nobres
inspirações se
estas esbarrarem
em nossa má
vontade.
Ah, a má
vontade! Esta
grande vilã a
interromper
sonhos e
enterrar ideais.
Sempre ela,
taciturna,
mal-humorada,
costuma entravar
o progresso.
Ainda bem que há
quem não lhe dê
atenção, são os
casos de: Bell,
Gray, Darwin e
Russel, que não
ficaram inertes,
trabalharam e,
ao arregaçarem
as mangas, se
colocaram em
condições de
captar as ideias
do plano
espiritual.
É assim mesmo
que funciona.
Quando nos
dispomos a
realizar,
mobilizamos Céus
e Terra para
alcançar nossos
objetivos.
Céus – Auxílio
dos amigos
espirituais que
se sensibilizam
e interessam-se
pelos nossos
projetos. Terra
– Nosso próprio
esforço por
fazer as coisas
darem certo.
Parceria
imbatível!
Porém, a escolha
é sempre nossa.
Convocados a
trabalhar pela
espiritualidade,
temos duas
opções: aceitar
o convite
colocando essas
ideias em
prática, ou
recusar o
convite, nos
conformando em
marcar passo na
senda da
evolução.
Se recusamos o
convite,
malbaratamos
sagrada
oportunidade de
edificação.
Contudo, se
aceitamos essa
nobre
convocação,
embora o caminho
seja muitas
vezes pedregoso,
nos habilitamos
a alçar voos no
campo do bem,
transformando-nos
em peças-chave
para a
concretização de
exuberantes
ideias, ao mesmo
tempo em que
trabalhamos pela
nossa própria
evolução,
porquanto:
Exercitamos a
inteligência;
Conquistamos
simpatia;
Quebramos as
amarras da
indiferença;
Cultivamos a
iniciativa ao
buscar saída
para situações
difíceis.
A
espiritualidade
nos convida
diariamente a
trabalhar em
conjunto, em
pequenas obras
de grande
importância.
Convoca-nos ao
sorriso amigo, à
palavra
reconfortante,
ao abraço
animador, ao
verbo que
esclarece...
Intui-nos a
visitar o
enfermo, a
socorrer o
faminto...
O mundo
invisível nos
impulsiona, mas
deixa a grande
guinada para nós
mesmos. Aduba,
mas deixa que
façamos o
plantio para que
este tenha nossa
marca
registrada.
Há tarefas para
todos que se
dispuserem a
servir de bom
grado.
Tarefas grandes
ou pequenas? O
que importa!
O importante
mesmo é saber
que estamos
realizando
prodigioso
trabalho de
renovação
interior,
colaborando para
a construção de
um mundo melhor!
Pensemos nisso!
Bibliografia:
HART, Michael H.
As cem maiores
personalidades
da História. 5.
ed. Trad.
Antonio
Canavarro
Pereira. Rio de
Janeiro, Difel,
2002. 271-273 p.
KARDEC, Allan. O
Livro dos
Espíritos. 50.
ed. Trad.
Guillon Ribeiro.
Rio de Janeiro,
Federação
Espírita
Brasileira,
1980. 229 p.